terça-feira, 21 de setembro de 2004

Liberalismo e Socialismo

Para os liberais TODOS são iguais. Só o liberalismo acha isso, e o socialismo é contra. E tem mais: são direitos inalienáveis, naturais. Boa parte entende que são dados por Deus. Mas mesmo os agnósticos, para serem verdadeiramente liberais, tem que reconhecer que esses direitos existem naturalmente, e que eles NÃO são uma concessão do Estado. Um Estado liberal, portanto, nunca pode revogar esses direitos.



Um Estado de esquerda, entretanto, PODE revogar QUALQUER direito porque, para a esquerda, o Estado tem todos os poderes, é tratado como uma divindade. Mesmo os socialistas que afirmam ser contra o estado, em última análise, consideram o "Coletivo" como divindade, e, portanto, acham que o grupo tem o direito de revogar qualquer direito. Nazistas, comunistas, fascistas, todos acham isso. Não aceitam limites para a satisfação dos anseios ideológicos coletivos consubstanciados no Estado. A sujeição da vontade individual à vontade coletiva é a norma nesses regimes.



O único sistema igualitário que pretende dar a máxima liberdade e autonomia é a direita liberal, gostem ou não gostem. Pode reclamar, bater o pé, e invocar comparações absurdas. Usar um grupo antiliberal para difamar os liberais refuta o próprio ponto. Um grupo antiliberal é totalitário e coletivista. Em última análise, o socialismo o indivíduo não tem valor por si só, mas sim o valor que é dado pelo grupo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Análise desenfreada

Elogio sincero, no Brasil, é ofensivo. Apenas os falsos são de bom tôm



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Sobre o neoluditismo: guarda-se comida em tupperwares igual a vovó ensinou. Raramente uma inovação tecnológica foi tão abraçada pela terceira idade.

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Mulher honesta

Querem tirar a expressão "mulher honesta" do código penal. Já outra iniciativa quer elimiar a posse sexual mediante fraude. Ora, que é isso, daqui a pouco os homens vão passar a mentir para obter sexo!

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Paradoxo comedido

Sem falsa modéstia, sua modéstia era verdadeira.

quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Arrecadar é preciso

Mais um burlesco exemplo da subserviência do supremo à sanha arrecadatória do governo. Ao que parece, as chances maiores são de que o STF interprete “Pro Fisco” mesmo que “Contra Legem”. O que importa é arrecadar. Leis são meras justificativas necessárias para dar legitimidade a derrama, raramente servindo de obstáculo substantivo aos intuitos Estatais. Ignoram-se quaisquer princípios para tanto. É o famoso "Tudo pelo Social”. "Exercer a cidadania” aparentemente consiste em apreciar a contínua erosão dos direitos e garantias individuais.

Cristiane F. 13 anos. Drogada e Prostituída.



Façam um subtítulo melhor, é sério. Como seria em outras mídias:




Televisão:


Uma galerinha muito louca montando altas armações.



Jornal:


C., 13 anos, usuária de drogas e vítima da máfia da prostituição.



Hip Hop:


Cristiane era uma garota

Pura e inocente


Mas a sociedade veio


Maldosa incipiente


Viciou-a em droga


Prostituiu seu corpo


Pela droga tudo ela faria


Mas droga mesmo


É a burguesia



Refrão: Burguesia é uma droga - 3X



Tese Acadêmica:


ABSTRACT: Análise de uma jovem de 13 anos que e o processo pelo qual tornou-se usuária de drogas, chegando a prostituir-se para sustentar o vício. Perfil psicológico. Traços marcantes. Análise comportamental.



Politicamente Correta:


Cris, empreendedora precoce, usava os recursos que tinha para obter o que queria, rompendo com o que era aceito pela sociedade no espaço lúdico das ruas.



Internet:


Kris, 1 htinha mt lgl mas q erah viciada em drogas e si prostituía pelo chat do uol.


Nota: Aqui está uma página sobre o filme e informações sobre o que aconteceu com os personagens.

Rio 40 graus

Redentor é um filme brasileiro em sentido amplo. Ou seja, foi feito no Brasil. Mas não é péssimo, ou seja, não é "filme brasileiro". É um filme legal feito no Brasil.



Esses arrogantes de direita sempre malham o que é nosso. Não tem senso crítico

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

Nomes de guerra

Kerry

Comunistas, vocês já têm seu candidato. Aproveitem para comprar um People's Cube na loja.

O que não é mercado

Temos que substituir "Mercado" por "vontade de todo mundo". Em geral quando a mídia se refere ao mercado, está falando da bolsa de valores e de investidores internacionais. O povo não se sente incluído no mercado, acha que é um clube fechado para capitalistas que fumam charuto.

Sede

Um soldado romano chuta um copo d'água oferecido a Jesus por uma mulher. A cruel tortura que inclui impedir privar alguém de beber. Terroristas na Rússia não permitiam que as crianças bebessem água.

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Terror

O atentado na Rússia foi absolutamente horrível. Matar inocentes daquela maneira é a coisa mais pavorosa que se pode fazer. Foi uma atrocidade bíblica, uma vil matança de crianças. Muito difícil condenar suficientemente o ato pior que barbárie, ou expressar o quanto aquilo é ruim, maligno, grotesco.



Quem defende o terrorismo faz um esforço doente, revoltanto, para colocar a culpa em outros que não os terroristas. É um apologista de atrocidades, do tipo que defende tudo em nome do próprio fanatismo, seja ideológico ou religioso.



Alias, para esse tipo de gente, há de se questionar qual a diferença.



Se pensarmos nos fanatismos geradores de atrocidades como a mesma coisa, talvez fosse possível compreender como existe quem defenda ou negue, de maneira totalmente absurda, as atrocidades cometidas.



Para tal tipo de atrocidade, também há os que defendem a benignidade da mensagem original, que teria sido de algum modo deturpada. O discernimento para entender quando esse argumento é verdadeiro e quando é falso parece de difícil alcance.

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

O verdadeiro papel do Estado

Os operadores do direito muitas vezes se atem a detalhes técnicos, perdendo de vista os princípios que regem o conjunto do ordenamento jurídico. Na verdadeira derrama tributária que vigente Brasil, os advogados que questionam os tributos perdem tempo demais em tecnicismos, não mergulhando no cerne da questão de que o governo não pode simplesmente confiscar o que bem lhe aprouver quando precisar de recursos.


A doutrina por trás da prática administrativa é bem conhecida. As necessidades da administração pública são infinitas, mas os recursos são finitos. Como o governo não fabrica dinheiro, tem que pegar junto à sociedade, compulsoriamente. Na prática, o governo pega a força dinheiro da sociedade, com a justificativa de que tal ato é em nome da própria.


Em termos legais, a Constituição faz um trabalho razoável ao limitar o poder do Estado de tributar. Entretanto, existe uma porta aberta, as contribuições sociais, como a CPMF e o Imposto sobre o lucro líquido, que se tornaram as grandes vilãs. Ao contrário dos demais tributos, o governo pode gastar como bem entender 80% do valor arrecadado por meio dessas contribuições, para as quais não se aplicam diversas restrições legais ao poder de tributar. A exceção tornou-se a regra. Segundo consta, cerca de dois terços dos recursos federais vem das tais contribuições.


É tudo bem simples. Precisa de dinheiro? É só “gerar receita”, ou seja, confiscar da população. Está mais do que comprovado que a maior parte da carga tributária brasileira recai sobre a classe média e os pobres, uma vez que é mais fácil cobrar imposto sobre quem trabalha e consome, justamente quem menos tem dinheiro. O imposto sobre consumo do Brasil é absurdo, e seu efeito é mais grave quando combinado com o altíssimo ônus imposto ao trabalho. Como remédio para isso tudo, propõe-se mais intervenção estatal, como se dar mais poder para políticos em Brasília resolvesse algum problema.


Existem algumas maneiras de se criticar a situação através do direito principiológico. Uma, através dos princípios supra-constitucionais, ou seja, princípios que estão acima da própria constituição. Não se pode, nem que a própria carta magna o determine, aplicar leis e regras que vão de encontro à própria sociedade. Obviamente, tal corrente é polêmica, mas não se faz necessário recorrer a ela, uma vez que é possível alcançar as mesmas conclusões por meio da verificação da harmonia entre os preceitos constitucionais. Princípios como a livre iniciativa, o valor social do trabalho e a vedação do confisco são claramente rompidos pela atual sistema tributário.


A grande questão é que o poder de que fala o artigo 1º § único da Constituição não tem sido exercido em nome do povo, mas em nome do Estado. Os direitos não são dados pelo Estado, nem por força de lei. Existem independentemente de ambos. No máximo, a lei declara ou reconhece tais direitos. A diferença de nomenclatura é relevante. Por esse motivo temos o tratado da “declaração” dos direitos humanos, e a Constituição norte-americana “reconhece” direitos inalienáveis.


A problemática encontra-se na confusão entre interesse da sociedade e interesse do Estado na expressão “interesse público”. Ora, o que interessa ao Estado nem sempre interessa à população, e vice-versa.


Como resolver a questão? Num estado politicamente liberal, que se propõe democrático, o interesse da população sobrepõe-se ao interesse do Estado. A população vem em primeiro lugar, não o Estado. Num estado totalitário ou coletivista, o interesse do Estado suplanta o interesse privado. Cabe ao cidadão obedecer ao interesse “comum” consubstanciado, é claro, na vontade do Estado.


O Estado declara-se mandatário do povo, e outorga-se o direito de agir contra este, em favor próprio. Nesse caso, mesmo eleições livres teriam o escopo de tão somente escolher qual grupo político teria o poder totalitário, ainda que um totalitarismo civil com aparente legitimidade. Democracia é muito mais do que escolher quem ocupa os cargos de liderança, consistindo igualmente na limitação do poder estatal.

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

Orgulho nacional

Depois do da bizarria do incidente da Maratona em Atenas, ainda tivemos que aturar ridículas manifestações de brasileiros. Como retaliação, tinha gente querendo apedrejar a embaixada de Portugal e da Itália. Certamente o agressor era da Irlanda, mas esse não é o principal vício da atitude grosseira e violenta.



O Vanderlei, ao cruzar a linha de chegada, ainda ofegante, disse em entrevista que não guardava rancor, e que gostaria até de oferecer as flores entregues no podium para o x-padre Irlandês que possivelmente lhe custou a vitória. Em contraste com essa nobre atitude, é uma vergonha o que foi dito por seus conterrâneos. Mas o atleta deu orgulho ao Brasil mais uma vez.


quinta-feira, 26 de agosto de 2004

Agamenon

Da coluna do Agamenon: "Mas eu levo dos Jogos da Grécia boas lembranças: uma miniatura do Parthenon e uma medalha de ouro legítima que eu troquei com um atleta cubano por um frango assado. Um milhão de cubanos já estão aglomerados em Havana para saudar a chegada triunfal do frango assado."