quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

O Argumento do Mal

Possivelmente o mais antigo dos argumentos contra a existência de é conhecido como o “Argumento do mal”. Consiste na afirmação quem um Deus Onipotente e Misericordioso jamais permitiria a existência de mal no mundo.


Esse argumento tem um grande peso na comunidade cientifica, tendo sido utilizado, entre outros, por Charles Darwin. Não é propriamente um argumento ateísta, não sendo, em si, incompatível com o argumento da Primeira Causa. Então é possível conjugar ambos em uma postura deista, que aceite Deus como causa primeira, mas não um Deus onipotente que interfira no mundo.


A “Questão do mal”, como também é conhecida, sofre de diversos problemas de ordem puramente lógica. Para que faça sentido, é necessário que o bem e o mal existam e sejam absolutos, o que é praticamente inconcebível sem aceitar-se a existência de Deus. Nesse nível, é quase plenamente auto-refutável.


Outra resposta defende que qualquer extrapolação nesse sentido é necessariamente incompleta. O homem vê apenas as coisas visíveis, e não as invisíveis. Não há como se fazer uma analise completa sem um conhecimento igualmente completo que não é disponível ao homem. Aqueles que acreditam que nenhum conhecimento que lhes seja inatingível não se satisfazem com essa postura. Como, por definição, o método cientifico se restringe a explorar conhecimentos verificáveis, tem a tendência de negar tudo que não se enquadre nesse parâmetro.


A elucidação determinante vem do Genesis. O pecado original deu origem a todos os outros. Neste caso não é diferente, porem talvez esse argumento mantenha uma relação especial com o seu preceito básico.


O pressuposto fundamental do “Argumento do mal” é que o homem tem a capacidade de conhecer o bem e o mal. Sem o conhecimento definitivo sobre o que é bom ou mal, tal argumento não pode ser proposto.


De acordo com a Bíblia, o pecado original consiste exatamente em tentar obter o conhecimento definitivo entre o bem e o mal. Conclui-se que, para se fazer o “Argumento do Mal”, é necessário morder o fruto proibido. Não há outra maneira.


A questão aqui é a ausência de humildade pura e simples de admitir-se que o homem não tem um conhecimento maior que o de Deus e, portanto, não pode questioná-Lo. A negação está nesse pressuposto em si, e não na pergunta. O argumento é irrelevante, pois já foi respondido, a priori, antes mesmos de ser proposto. Como qualquer questão sobre fé, trata-se de uma escolha. A discussão acerca desse tema será, conseqüentemente, infrutífera.

domingo, 16 de janeiro de 2005

A Vaidade das Amebas: Genes e Duendes

Entre muitos, tornou-se bastante popular a mensagem de materialismo militante de indivíduos como Richard Dawkings e Carl Sagan. Não é complicado entender, psicologicamente, o torna o discurso tão atrativo. Primeiramente, claro, é o fato de incutir-lhes uma sensação latente de superioridade. Outro fator fundamental é o conforto - e isso é uma característica religiosa - que dá a sensação de liberdade ao saber que não existe ninguém para vigiar ou puni-los, tampouco uma justiça verdadeira. No fundo, a mensagem é o absoluto determinismo que elimina o livre arbítrio - um conceito religioso que não pode ser alcançado empiricamente. Em resumo, um oba oba cósmico, onde ninguém é de ninguém no vale tudo existencial. Não só inexiste punição, como sequer existe certo e errado, e, ainda que existisse, ninguém é responsável pelos próprios atos.


Claro que o preço disso é reduzir o homem, a existência humana e o universo a praticamente nada. É retirar o sentido de tudo. Mais curioso é ver a arrogância daqueles que encontram sentido em não haver sentido. Os que se acham donos da verdade absoluta de que não existe verdade absoluta. Aqueles que estão certos de que não existe certo e errado – e que os que acham o contrário estão errados. Paradoxo, obviamente, é algo que não deve existir também.


Bonito de ver é a vaidade daqueles que basicamente se enxergam como amebas superdesenvolviudas. Sim, porque o que separa o ser humano da ameba são alguns milhões de anos de evolução. Quando você for parar no hospital com um caso agudo de giárdia após comer uma salada suspeita, lembre-se: é briga de família.


Receita materialista para se fazer um homem.

Crie um universo.

Crie um planeta que possa sustentar vida.

Crie vida.

Vai soltando radiação cósmica e erros de cópia. Claro que ambas as coisas são, praticamente sempre, danosas ou inúteis.

Adicione tempo.


PIMBA! Terás o homem. Simples, não? Meus caros leitores e leitoras, tenham cuidado, porque caso achem algo disso improvável, sereis considerados tolos supersticiosos. Assim mesmo. Tem gente que acredita em duendes. E tem gente que acredita que tudo é fruto do acaso. A proporção populacional de ambos deve ser a mesma.


Oh, como se sentem superiores aos seus semelhantes, apesar de terem como auto-imagem um aglomerado de moléculas animadas sem propósito. Como se consideram espertos, ao mesmo tempo se acham um mero mecanismo para a reprodução de aminoácidos – afinal, os genes, não os humanos, são os verdadeiros seres vivos.


Já deu bom dia para um gene hoje? Já leu blog escrito por genes? Claro que já! Eles é que mandam em tudo, até você. Faltam os adesivos “Eu acredito em Genes” e as estátuas temáticas de Genes a serem vendidos em lojas esotéricas. Assim como duende, existe gene para arrumar tudo: riqueza, poder, inteligência, marido, espinhela caída, viagra, passar no vestibular. O gene inteligente é uma molécula de ADN com um chapéu de mago, daqueles com estrelas, numa das helix duplas, e uns óculos de intelectual. O gene da riqueza está cercado da bufunfa, talvez com roupa de tio patinhas e as helix formamdo um cifrão. O da sabedoria tem uma barba, e por ai vai. E isso tudo é ciência pura, viu, *piscadinha*, *piscadinha*, *cotovelada*, *cotovelada*. Cabe a nós, céticos, rirmos baixinho desse pessoal.


sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

Da compatibilidade do capitalismo e do liberalismo com a liberdade, o catolicismo e a moral cristã.

Essa é uma grande questão que vem sido debatida há muito tempo em diversos círculos do saber humano. Muitos argumentam pela incompatibilidade. Ocorre que as origens da escola austríaca de economia estão na escola escolástica ibérica. Qual a relevância disso? Demonstra uma certa compatibilidade, ao menos em um nível teórico. O que raramente é tratado, entretanto, é a incompatibilidade intrínseca do cristianismo com regimes despóticos.


Bem deve ser dito que nenhum sistema econômico nem de longe deve ser encarado como um meio de implantação do cristianismo na sociedade. As coisas não funcionam assim. Não é o sistema econômico que molda o homem, é o homem que molda o sistema econômico. Se colocado assim soa banal, e o é, apenas prova o quão necessário é a repetição de que cada um pode guiar a própria vida melhor do que uma elite burocrática. Na sede do intervencionismo está a crença em si mesmo de doutores e poderosos maior do que na autonomia do individuo.


Isso mesmo, meus caros, não tem mágica. O sistema coletivista e ditatorial molda o individuo. Onde existe a liberdade, é o indivíduo que molda o sistema. Uma nação liberal será tão prospera e solidária quanto o forem os seus habitantes. Uma nação socialista será ruim sempre.


Não existe solução simplista. E, diga-se de passagem, cristianismo não é uma teoria econômica. A psicose modernista de transfigurar a fé cristã num amálgama pasteurizado de normas morais politicamente corretas consiste numa agressão a fé verdadeira.


Ademais, não existe solidariedade forçada. Trata-se de uma contradição em termos, uma vez que, ao ser uma coisa, deixa de ser outra. A possibilidade de florescer a verdadeira solidariedade necessita da existência da opção de não exercê-la. Mesmo que exista um ideal católico de sociedade, não é, por definição, passível de imposição. Ao contrario do que entende o crescentemente insensato “senso comum”, o catolicismo é flagrantemente incompatível com a engenharia social.


Pois não há mérito quando os indivíduos são compelidos a agir pela coletividade, ou da entidade que age em nome do coletivo, o Estado. O mesmo vale para o que é errado. A imposição do coletivismo neutraliza a responsabilidade individual e, por conseqüência, mitiga quaisquer méritos de quem pratica atos coercitivamente. Para o bem ou para o mau - porque autômatos sem consciência são menos responsáveis pelos seus atos que homens livres. Tornam-se sombras, pessoas vazias por dentro, que tem como único critério um pensamento coletivo que lhes é externo.


Porque a virtude encontra-se justamente na escolha de se fazer o que é certo. Na opção que cada um tem de, naquela hora, fazer algo diferente. Retirando-se essa escolha, retira-se do mesmo modo o mérito.


Apenas por principio, a liberdade é o caminho adequado. Isso não é menos importante que a prática, e é necessário o seu estabelecimento como base de qualquer argumentação futura. Isso se dá justamente porque, na prática, a liberdade é um meio muito melhor de organizar-se a sociedade, de todo mundo. Ainda que não o fosse por principio.


Pois entre as nações mais prósperas encontram-se sempre as mais livres. E, entre as mais pobres, as que mais limitam a liberdade. O oposto não ocorre. Países não empobrecem ficando mais livres. Não ocorre uma espiral negativa em direção a pobreza com a ampliação das liberdades humanas. Trata-se de constate histórica de ampla comprovação empírica, ao contrario das criticas, por mais notoriedade teórica que possuam. A popularidade com que contam muitas doutrinas contrárias a liberdade parece ter ascendência no vaidoso desejo de poder dissimulado de bons sentimentos, ou em boas intenções que acharam um meio equivocado para sua aplicação.


Mas, enfim, trata-se apenas de bens materiais. Isso é uma parte importante da existência do homem, mas esta longe de ser tudo. Ou o mais importante. E é sobre estas questões que o cristianismo lida. Como disse O Messias muito melhor do que nossas limitadas concepções, que se de a César o que é de César.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

Microconto: A Trilogia

Manhã

Lutou contra o travesseiro, mas perdeu para os lençóis.


Tarde

Entrou em conflito consigo mesmo, e foi derrotado.


Noite

Resistiu às madeixas, mas não ao suave toque dos lábios.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2005

Homem-Aranha no Cinema Internacional

Se Homem Aranha fosse um filme brasileiro



  • Peter Parker seria picado por uma aranha mutante que comeu soja transgênica da Mosanto.

  • Viveria com seus tios porque os pais foram mortos numa chacina.

  • O motivo da policia persegui-lo não devido a desentendimento, como na versão americana, mas porque, em filme brasileiro, a policia é sempre a vilã.

  • A Mary Jane seria uma cachorra de Baile Funk.

  • Quando derrota bandidos, o Homem Aranha tenta entender os motivos sociais por trás da atitude dita criminosa, e, por fim, soltá-los, visto que a culpa era da sociedade.

  • O Duende Verde é um empresário corrupto que faliu por fraudar o INSS, enlouqueceu e faz uso da tecnologia para tentar salvar os bens bloqueados pelo governo.

  • O sub-emprego como fotografo sem carteira assinada demonstraria a falta de escrúpulos do capitalismo burguês.

  • A mídia seria contra o Homem Aranha justamente porque ele luta pelas causas sociais.


Se Homem Aranha fosse um filme francês



  • Peter Parker seria picado por uma aranha modificada secretamente como arma de guerra nos laboratórios de um grupo da CIA ligado ao Bush para usá-la na sua empreitada pela dominação das reservas de petróleo do Iraque.

  • Moraria com a Tia por ter sido expulso de casa ao ser flagrado fazendo sexo oral com um travesti marroquino.

  • A Mary Jane seria sua prima adolescente.

  • O Homem-Aranha combateria grupos de extrema-direita.

  • Seria perseguido por americanos de um grupo da CIA ligado ao Bush que predente usá-lo na sua empreitada pela dominação das reservas de petróleo do Iraque.

  • O Duende Verde é um turista americano que enlouqueceu ao não conseguir pedir um hambúrguer com fritas num restaurante no Champs Elysees, e solta “bombas” contendo água e sabão para dar banhos involuntários em parisienses.

  • A mídia seria contra o Homem Aranha porque foi falsamente denunciado como terrorista.

terça-feira, 11 de janeiro de 2005

O que é um blog?

Agora que os blogs caíram no gosto do grande público, é preciso tentar explicar para quem não conhece o que, afinal, é um blog. Vejamos a opinião de diversos autores.


Ah, um blog. O que é? O que não é? Oh, isso é uma questão deverás complicada, prezado rapaz ou rapariga. Devemos analisar a questão do ponto de vista científico, entendendo ciência dentro do conceito da palavra que lhe deu São Tomás de Aquino. Blogologia, digamos assim. Primeiramente deveremos estabelecer os princípios pelos quais deveremos iniciar o estudo.

Hercules Raposa Penna


Ai, Geeeeeeente! Blogui é tudu! Axo muito d+ escrever em bloguis! Naum tem nada melhor né genteeeeee! Axim a genti pode falar com nossos amigus todus né! Muito legal! Fuiiiiiiii!

htinha100vergonha@hotmail.com


BLOG EH A MANEIRA DE NÓIS PROTESTARMOS CONTRA A HEGEMONIA DOS ESTADOS UNIDOS!!!!!!! INGLES EH O CARALEO!!!! VIVA O BRASIL!!!!!!!!!! SE OS ESTADUNIDENSES TENTAREM INVADIR A AMAZONIA IRE-MOS DERROTALOS PQ TEMOS AS MELHORES TROPAS DE SELVA DO MUNDO!!!! QUEM TE AMA NÃO TE USA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

VALTER MACEDO


Hahahahahahaha eu sei la cara, eu hein!!!!! parece coisa de mulezinha!!!! falando nisso ontem eu fui na night e peguei umas mulezinha com meu carro!!!! Hehehehehe!!! so mulezinha gostosa andando no meu carro!! mandei bem hehehehehehe!

rodrigo da silva


O "blog" é um novo meio de expressão contemporânea que demonstra a tensão entre a interatividade dinâmica dos meios de comunicação eletrônicos e a visa social urbana dentro do ponto de vista da antropologia cultural. Aplicando a este principio, por meio da multidisciplinaridade, a sociologia, podemos perceber um complexo conjunto de fatores analíticos dentro que deslocam a definição dentro de diversos escopos díspares para dentro de uma dicotomia cujas partes se somam a uma questão abrangente.

Laura Ferreira Palhares

segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

Vamos brincar de Latim

A defesa do sofismo é, per se, um sofismo.

O ar condicionado é condição sine qua non da civilização nos trópicos.

Discussões sobre filosofia acabam virando um quid pro quo daqueles.

A burrice lato sensu é potencializada pela tacanhez strico sensu

Quem avisa amicus é.


(OK, a última foi meio forçada)


Update: Tem coisas que só o Iogurte faz por você: Nemo Meretur (Ninguém merece)

A gentalha da filosofia

O estudo sério do corpo de trabalho filosófico escrito pela humanidade nos últimos séculos leva a conclusão de que quase tudo feito desde o séc XVII é de se jogar fora. Um lixo completo feito por gentalha da pior espécie. Uma verdadeira festa estranha com gente esquisita. Calhordas de baixo nível e sem elegância. Gente que não se poderia receber num jantar. Vejam alguns da fina flor da canalha que é levada tão a sério pelos intelectualóides se acham no direito de mandar na tua vida. Note bem que muitas vezes nem é necessário a recorrer a princípios externos. A própria lógica interna é auto-refutável. Em geral são ateus. Alguns caem na loucura, no niilismo, ou nas duas coisas. Traços freqüentes são simplificações grosseiras, falácias lógicas e raciocínios circulares.


Hegel

Lunático dialético. Nessa época era moda era tentar reduzir tudo do universo a duas ou três regras fundamentais. De acordo da dialética de Hegel todas as idéias do mundo eram teses ou anti-teses, que resultavam em sínteses. Ou algo assim. Difícil saber. O terror da revolução francesa ocorreu justamente porque ela foi o primeiro regime de liberdade no ocidente. Entenderam? O terror é prova da liberdade. As teorias de Hegel são como obras conceituais pós-modernas. Muita gente que diz de entende para tirar onde de intelectual. É como na saída de cinema de filmes ruins europeus. Devido a essa multiplicidade de interpretações, saiu muita coisa estranha de suas teorias, em especial de ideólogos revolucionários e totalitários.


Marx

Burguês metido a rufião. Nunca trabalhou da vida, pegava a empregada, mas não deixava o filho resultante desde caso comer na mesma mesa. Vivia a custa da mulher e do amigo rico. Esses detalhes seriam irrelevantes não fosse a afirmação que apenas os trabalhadores podiam criar teses para se libertar do julgo burguês. Deu inicio a uma longa linha de burgueses que defendem que apenas os trabalhadores podem desenvolver teses marxistas. Era uma espécie de pioneiro do Walter Salles, banqueiro playboy que faz filmes comunistas com dinheiro publico.


Entendam o raciocínio. Qualquer burguês que escreva uma teoria econômica, filosófica ou política obviamente é um mentiroso que quer explorar os proletários. A maioria esmagadora, senão a totalidade dos escritores comunistas era burguesa. Todos repetem a mesma coisa. Isso ainda é levado a sério.


Existe também a alegação que o comunismo é “cientifico” a despeito da total ausência de constatação empírica. Mas ciência empírica é coisa de burguês. Gigantes da economia refutam com ampla capacidade tudo que Marx escreveu como lixo. Mas economia é coisa de burguês. A experiência história mostra que foi um desastre total. Mas história é coisa de burguês. E por ai vai. Pegue qualquer coisa que refute o que marxismo, afirme que “é coisa de burguês”, e está feito o contra-argumento. Já veio embutido na própria teoria. É o personal contra-argumentator Tabajara. Seus problemas acabaram.


Uma nota interessante é que torcia pelos “enérgicos americanos” quando estes invadiram o México e tomaram-lhes um terço do território. Obviamente, virou herói dos latino-americanos cultos em sua luta contra o imperialismo. Esse fato sugere que na América latina a definição de culto deve ser diferente do resto do mundo.


Hume

Panfletário barato. Curiosamente, o comportamento que descreve como regra geral basicamente demonstra que toda sua teoria é auto-refutável. Trata-se de algo tão obvio que deveria apenas influenciar mentes desavisadas com um desejo muito forte de serem enganadas.


Senão vejamos. Hume dizia que razão humana não existia. A razão era um lacaio para a vontade. Em outros termos, a pessoa cisma com alguma coisa, e, por mais estúpido que seja, depois inventa uma teoria imbecil para justificar.


Hume era ateu. Queria inventar teorias para dar suporte sua idéia. Como não pode fazer isso racionalmente, decidiu tirar do bolso uma regra dogmática afirmando que milagres não existem e quem disser o contrário não é confiável. Motivo: Ele, Hume, cismou de ser ateu e resolveu inventar uma teoria imbecil. Simples.


Funciona assim. Afinal, alguém estava lá para ver os milagres?


Estava? Centenas de pessoas? Ah, mas é mais provável que não seja verdade. Porque? Sei lá, porque deu na telha do Hume. Vejam a pedra basilar do ceticismo moderno, um sujeito que dizia que razão não existe. Isso no iluminismo. Na era da razão, um sujeito vem e diz que razão não existe, não serve para nada. Hume desenvolveu uma teoria racional explicando que teorias racionais não existem. O que fazem? Levam ele a sério. Devia se chamar ilusionismo.


Esse pessoal que se diz muito cético e racional faz totens para o Hume. O ceticismo moderno é irracional e consiste em criar teorias ridículas baseadas em vontades e desejos pré-estabelecidos. Qualquer pessoa racional deve ser cética em relação a eles.


Antes deles tentaram obter provas contra o cristianismo pela arqueologia, e deram com os burros n'água. Então chega esse sujeito veio com essa teoria esdrúxula. Também fez um argumento anti-design também. Não só era um argumento muito ruim como parece seguir a regra sobre razão. O sujeito não gostar de algo, então inventa uma teoria qualquer. O principal ensinamento de Hume talvez tenha sido que se pode usar qualquer teoria que satisfaça tua vontade, por mais que seja ruim.


Comte

Clinicamente louco. Inventou o positivismo. Considerado um dos pais da sociologia. FHC que o diga. Fez sucesso no Brasil. Os dizeres “Ordem e Progresso” na bandeira brasileira saíram a mente pirada do Comte.


Nietzsche

Clinicamente louco. Esse ai queria virar o super homem, mas, ao invés de criptonita, terminou em hospícios com fama de quem abraça cavalos. Um dos poucos méritos não zoolóficos era afirmar que o marxismo é coisa de imbecil. Era contra o cristianismo, moralidade, ética, solidariedade, essas coisas. Claro que fez um sucesso danado.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2005

Mania

Um traço de minha personalidade, segundo a análise do Jung, é a mania de falar em verdades absolutas. Mas eu sei pouco, na verdade. Mas acredito em certas coisas, e não é possível acreditar nelas sem crer, ao mesmo tempo, que são verdades absolutas. Vem no pacote.


Seja mais gentil. Diga Olá.


Ah, sim. Olá!


Melhor.


Na verdade, todo mundo pensa assim. Mesmo que acha que "cada um tem sua verdade", no fundo, considera isso uma verdade absoluta. Pois, do contrário, para alguns, a verdade seria absoluta, e não relativa, o que invalidaria a premissa de relatividade. Paradoxalmente, o relativismo também prima ser um absoluto, e, em ambas as circunstancias, refuta a si próprio.


Para de falar sério! Conta uma piada ai!


Esta bem, olha aqui um desenho do Jaspion dublado, bem engraçado.


Melhorou. Tipo assim, você fala umas coisas muito solenes. Tem que falar mais assim, de você, sabe, para tornar o blog mais agradável.


Oh, tem razão, tem razão. Acho que nem eu leria o meu próprio blog. Se bem que ninguém deve ler o que escreve. Espero que não seja só eu que, ao ler o que eu próprio escrevi, ache uma porcaria.


Todo mundo deve achar o que você escreveu uma porcaria. Eu sou apenas um recurso narrativo, e não acho grandes coisas.


Não foi bem isso que eu quis dizer. Quando as pessoas lêem o texto que elas mesmas escreveram. Como, por exemplo, isso que eu acabo de escrever. Estou procurando por erros, e já acho que podia ter escrito melhor.


Pois é, e agora, como vai terminar esse post?


 Assim, ó.


Comigonãotá!


quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

O Átomo Da Verdade

Existe somente uma única e tríplice pergunta, uma resposta e uma verdade.



A pergunta é se Cristo era O Filho de Deus, morreu pela redenção dos pecados e ressuscitou no terceiro dia. A resposta é sim. Essa é A Verdade.



O que for construído fora disso não tem futuro.



*

Para o sujeito ser totalmente cristão, tem que ser, sob definições muito especificas das expressões, um ateu, um cético e um agnóstico.



Ateu por negar outros deuses e crenças.



Cético por duvidar das teorias religiosas, pseudocientíficos e pseudo-racionais que tentem desmerecer A Verdade



Agnóstico por reconhecer a incapacidade da humana decaída pelo pecado original de conhecer a Deus, e, conforme as escrituras, depender da Revelação.


Sou Brasileiro e daí?

Esse povo é brasileiro não desiste nunca...


De ser fracassado.

De ser anti-americano.

De eleger idiotas.

De acreditar no governo.

De acreditar em governo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

Em boa companhia

Até que fui bem no teste, eu diria: Santo Agostinho, São Tomás de Aquino (que, por algum motivo, o site esqueceu da santidade), e Platão. Ayn Rand, bem, só pode ser por causa da defesa da liberdade do homem (e da mulher, não gritem comigo, feministas). Guilherme de Ockham, sempre uma honra.


1. St. Augustine (100%)

2. Aquinas (71%)

3. Plato (66%)

4. Ayn Rand (54%)

5. Ockham (53%)

6. John Stuart Mill (45%)

7. Spinoza (45%)

8. Jean-Paul Sartre (39%)

9. Aristotle (39%)

10. Kant (39%)

11. Epicureans (28%)

12. Stoics (27%)

13. Prescriptivism (24%)

14. Jeremy Bentham (24%)

15. Cynics (23%)

16. David Hume (23%)

17. Nietzsche (20%)

18. Nel Noddings (17%)

19. Thomas Hobbes (7%)

Sobre catástrofes e o Cristianismo

Quando um evento particularmente ruim acontece, costumam também ocorrer questionamentos religiosos. O maremoto na Ásia é apenas um exemplo disso. Foi provocado, ou poderia ter sido impedido por interferência divina?



O cristianismo nos ensina que Deus é onisciente e pode impedir qualquer evento de ocorrer.



Na minha humilde compreensão, não devemos nos perguntar porque Ele impediu ou não certo evento de acontecer. Nem tentar arrumar explicações de que "chegou a hora". Não temos como saber os motivos de Deus, nem de compreendê-Lo. É algo simplesmente fora da compreensão humana.



É interessante notar que esse questionamento é tipicamente conhecido como a "questão do mal". Freqüentemente usa-se a existência do mal no mundo, especialmente quando que não pode ser explicado pelo livre arbítrio, como argumento contra a existência um Deus pessoal, bom e onipotente. Esse tipo de questionamento é resultado de tentar compreender o que não pode ser compreendido.

sábado, 1 de janeiro de 2005

National Esculhambation

Praetor Maximus: "Today we fight! If we charge the enemy hordes with all our of hearts and all of our courage, even if defeated in life, we shall find victory on eternity!"

Soldado # 23: "Falou grosso."

(Notes from an unpublished novel, pag. 1)



A tradição nacional de esculhambação é tal que existe uma dificiculdade quase instintiva em se expressar momentos solenes em nossa língua



Os problemas ocorrem ao se escrever qual texto mais sério. Logo saem piadinhas sobre Hobbits alegres e Sauron queimando o Um Anel no fogo.



E o lado negro da força, daquele que se afirma que ninguém pode voltar? Esse o rapaz alegre conheceu trêbado em outros carnavais. Com esse espírito circulam, em traseiras de ônibus no Rio, anúncios com a foto da Ana Maria Braga e os dizeres "Exame de próstata: É preciso tocar nesse assunto".



Para qualquer discurso em crescendo dramático, logo se espera um "Ih o cara, aí" de um Bussunda vestido com a camisa do Tabajara F.C.



Não parece tratar-se de algo inerente à língua, mas à cultura. Possível, contudo, é superar os entraves e fazer um bom trabalho.

Feliz Ano Novo

Abençoado seja o ano de Nosso Senhor de 2005.