A clássica cena de briga entre homem e mulher,
com armas brancas e roupas de couro, no alto de um edifício em
Nova York de madrugada.
Demolidor: B de Bom
Vamos pelo que interessa: "Demolidor"
é bem legal! É filme B assumido, mas é um dos bons. Como
Isabela
Boscov da Veja falou sobre "Malditas
Aranhas", é B de Bacana. Jennifer
Garner é uma daquelas belezas imperfeitas, muito charmosas, e brilha
como Electra. Muita gente, a propósito, se amarrou modelito dominatrix.
Ben Afflect
faz o que sempre faz: sua atuação aqui não vai mudar a
opinião de quem gosta ou não. O departamento de vilões
está bem representado: Colin
Farrell está ótimo como vilão, totalmente over, lembrando
a atuação de Jeremy
Irons em "Dungeons
& Dragons", e Michael
Clarke Duncan é convence como Rei do Crime, até pela semelhança
física. O fato de ele ser branco nos quadrinhos e negro no filme é
irrelevante, praticamente imperceptível. O que vale é o tamanho
do sujeito, e da careca também.
O filme é inconstante, e embora alguns momentos sejam realmente bons,
outros são bem fraquinhos. A grande virtude é não ser pretensioso
nem se levar a sério demais. Depois de enfrentar o Demolidor, o assassino
Bullseye promete vingança, mas impõe uma exigência: "Eu
também quero uma fantasia!" Um aspecto interessante em relação
aos outros super-herois do cinema é que o demolidor, pelo menos no começo,
detona os caras maus sem piedade, é um tremendo pega geral. Depois de
uma crise de consciência, lá para o final do filme que ele resolve
que não quer mais detonar os vilões, apenas garantir que sejam
presos, para que possam voltar a perturba-lo no próximo filme. Não
deixa de ser uma necessidade, pois ao contrário do Batman, que uma carteira
diversificada de arquiinimigos, o Demolidor tem poucos. E ainda por cima divide
seu principal Nêmesis com outros heróis.
Será um preview para o próximo filme?
A propósito, casualmente passeando no Botafogo Praia Shopping eu encontrei
as fantasias utilizadas nas filmagens em exposição na Livraria
Siciliano. A roupa da Electra não realmente não é para
qualquer uma, e o mesmo pode ser dito da fantasia vinho com chifrinhos do Demolidor.
Ficou menos ridículo do que era de se esperar, sendo prova de
que a transição de quadrinhos para a tela de cinema não
é nada fácil no quesito de vestuário. Collant em cores
vivas com sunguinha do lado de fora não é exatamente a quintessência
do vestuário macho, e acertaram ao optar por uma roupa de couro em tons
mais escuros. Até agora só o Christoper
Reeve conseguiu mandar bem de Super
Homem com roupa próxima ao original. Os outros heróis, como
os vários Batmans,
o Wolverine,
o Homem Aranha
e o Demolidor se beneficiaram de fantasias mais, digamos, próprias para
o mundo real.
Voltando ao "Demolidor", recomendo o filme para quem gostou dos outros
filmes de super-herói.
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