Finalmente se encontram. Como era inevitável. Como era seu destino.
O comando de rendição é pronunciado.
- Nunca. Nunca vou me render.
- Qual o propósito de continuar lutando? Estás perdido. Sua causa,
derrotada, sua cidade, em chamas, suas forças, em ruínas. Entregue-se,
vamos.
- Caso tenha que sofrer a derrota, que seja de frente.
- Não me venha com seu orgulho tacanho. Sabe quantos homens se jogaram
às trevas por líderes corruptos e idéias fraudulentas?
Acha que alguém canta seus nomes à noite?
- Se a causa é verdadeira...
- Ah, por favor. Não me fale de verdade. Poupe-me. Todos eles falam.
Sinceramente, honestamente, se considera melhor que os tolos e fanáticos
que supõe confrontar?
- Não me jogue no mesmo buraco sujo em que rastejam aqueles que serve
e julga combater. A torpeza apenas realça a altivez. Vitórias
temporais são pobres indicadores de razão.
- Estamos perdendo tempo com essa retórica inútil.
- Qual a diferença de minha rendição? A vitória
não seria a mesma?
- No fim, no silencio da noite, posso dizer o intento. Não basta destruir
o inimigo, mas quebrar seu espírito.
- Jamais vencerá nesse caso.
- Acha mesmo que podes me derrotar?
- Não tenho o direito de abandonar a esperança. Resolvamos isso
à velha maneira.
Desembainham as espadas. O Duelo começa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário