Capítulo I.
Nosdlanor calmamente lê um jornal pendurado na Banca. Astrobaldo o interrompe.
-Então, ontem eu fui lá em Buzanga da Murugamba.
-É? Fazer o que lá? Longe pra burro.
-Fui consertar o carro. Mas não importa. Lá o mecânico me contou algo surpreendente.
-O carro não tinha nada?
-Não. Tinha, mas não é isso. Ele me contou que se você oferecer 15 reais pra uma mulher na rua, ela dá uma volta com você e paga um boquete. Que medo.
-O que?
-Já pensou? Oi, tudo bem? Quer ganhar 15 reais? Bizarria total.
-Isso deve causar um desnível no mercado...
-Pois é, ele falou que as casas de massagem da região fazem pouco dinheiro porque qualquer mulher na rua topa por 15 reais.
-Qualquer uma?
-Eu sei lá, você acha que eu testei? Seja como for, cheguei a duas conclusões insofismáveis:
1) Usar copos e talheres descartáveis quando em Murugamba, e
2) Eca.
-Não sei vai adiantar...
-Porque as pessoas me falam isso? Eu tenho cara de quem gosta dessas coisas? Não responda! – exclama Astrobaldo, enquanto faz um gesto de “pare” com a mão - Preferia discutir os paradoxos auto-refutáveis das teorias materialistas do Séc. XVII. Mas não, não, falam disso, que coisa - coloca a mão no queijo de maneira pensativa.
-Em inglês é Blow Job. O dicionário do Word não conhece o vocábulo. Segundo especialistas em etimologia, essa palavra...
É interrompido por Astrobaldo, que, ignorando seu amigo, gesticula com em círculos com o indicador apontando para o alto.
-Eu acho vou oferecer 15 reais para uma garota conversar comigo sobre os paradoxos auto-refutáveis das teorias materialistas do Séc. XVII. Será que ela topa?
-Acho que ela vai preferir o boquete.
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