quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Misantropos e chatos

Existe um movimento misantropo de auto-exterminio da humanidade, dizendo que ninguém deve ter filhos. Admitidamente é tentador pensar que esse movimento tem a vantagem intrínseca de livrar a piscina genética da humanidade dos genes desse pessoal. Esquerdista por excelência, claro, sendo estes favoráveis ao aborto e todos os métodos de controle de natalidade, voluntários, involuntários, reais, fictícios, que tenham existidos ou venham a ser inventados. Case closed.


Deve-se respeitar o livre arbítrio individual de cada um, é claro, mas é esse o problema. Quem não respeita quem quer ter filhos. Cansa-me essa ideologia pateta de que menosprezar quem tem. Prova definitiva: a série "Sex in the City" é a campeã dessa causa anti-filhos. Tudo que a série "Sex in the City" defende é cafona, idiota e errado. Case closed.


Esse papo de "apenas o indivíduo importa" (ui) é auto-contraditório. Se ninguém mais importa no mundo, para quer ler blogs? Para que comentar? Ninguém importa, good fellow. Pode escrever o próprio blogue, com senha, e comentar sozinho. Não vejo graça, mas, enfim, pelo menos ficou com uma frase de efeito legalzinha. Parece-me algo típico de cinco-contra-um, justiça com as próprias mãos, Onan e seu individualismo exacerbado, gritando, sozinho, no clímax de self-love, que apenas o individuo importa.


Nem em termos evolutivos, nem religiosos, o lado misantropo faz sentido. Ter filhos não é o mesmo que ser um escravo dos genes. Só na cabeça dos naturalistas bitolados. Ora, comer (comida) também é ser escravo da genética? Methinks not. O mandamento divino vale para todo mundo, mesmo para quem não quer. Quem não gostar, não segue, uai. Mas não reclama de quem aceita. What's the deal? Quem quer ter filhos, que tenha-os, quem não quer, que não os tenha. Liberdade para Cuba. Thank you.


(Post Frakenstein, composto de pedaços de comentários menores em outro blog.)

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