sábado, 25 de fevereiro de 2006

Post de Domingo (Hoje é sábado), a work in progress.

Acordo cedo, contra a minha vontade. Vou ao iogurte (com nick falso, mind you). Descubrio que o Diogo Mainardi não foi demitido, e continua firme e forte na veja. Três segundos depois, perco o interesse. Em outra comunidade, o debate "Opus Dei: Mitos e a realidade", e começo a rir pensando se tratar de mitose. Entenderam? "Mitos e"... "Mitose". Ah, a manhã, nada que preste é escrito de manhã, ao menos por mim, exceto se fiquei sem dormir. A manhã é bela e proveitosa, se você não durmiu de noite. Mas tem um gosto estranho se acabamos de acordar. Algo inexplicável. Devo ter pego essa sensação após anos a fio acordando as 6 para chegar na porta do Santo Agostinho às 7 em ponto.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

A Ameaça Fantasma

Star Wars não é realístico. É fantasia. Até do ponto de vista comportamental.



Episódio I. Nave da rainha de Naboo presa em Tatooine. Temos um Jedi de 23 anos, várias handmaidens virgens adolescentes nubianas e um escravo de 9 anos. Em quem as moçoilas se interessam? No moleque de 9 anos. Não na celebridade interplanetária, guerreiro e pertencente a uma ordem monástica e celibatária, mas num nerd que gosta de montar coisas.



Vamos tentar reproduzir este exemplo para o mundo real. Imaginem que numa casa esteja um ator de Hollywood, várias estudantes de ensino médio, e um garotinho jogando GameCube. Em quem elas vão demonstrar interesse?



Nenhuma coisa deste filme, entretanto, supera o epísódio III. A estupidez contida nesta única frase desmonta qualquer mérito da trilogia.



"Apenas um Sith lida com absolutos".



Oh, não diga. Ele próprio fala cinco minutos depois que o Palpatine é mal. Absolutamente mal? Então o Obi Wan é um Sith.



Olha, o vizinho ali do 305 falou que ele absolutamente não gostou do show dos Rollings Stones. Deve ser um Sith.



Alias, se 2+2=4 é uma resposta absolutamente correta, a matemática pode ser considerada uma ciência Sith.



Tantos milhões de dólares em efeitos especiais, e tão pouco para revisão de roteiro. Ou talvez os funcionários estivessem absolutamente com medo de contrariar o diretor. OK, vou parar de falar sobre Star Wars.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

O Intelectual Clássico

O intelectual clássico é o homem de letras, e não de diplomas. Os segundos vêm depois dos primeiros.



Certa insatisfação com o mundo moderno é essencial, mas nunca deve contaminar o senso de grandeza dos avanços tecnológicos.



O intelectual moderno acha que os avanços tecnológicos significam avanços culturais. Para um intelectual clássico, o avanço tecnológico é indissociado do avanço cultural. Para o intelectual moderno, são ligados. Por esta razão, para um o intelectual moderno um blogueiro semi-analfabeto vale mais do que Aristóteles que, céus, nem computador tinha.



O intelectual moderno acredita no progresso. Quando chegam a um precipício, o intelectual clássico para, olha, nota que está prestes a cair, e dá um passo atrás. O intelectual moderno, cioso do progressismo, dá um passo à frente.



O intelectual moderno lê Marx, Hegel, e Sartre. O intelectual clássico compreende Marx, Hegel e Sartre.



O intelectual clássico lê Belloc, Chesterton e Mises. O intelectual moderno nem sabe quem foram Belloc, Chesterton ou Mises.



O intelectual moderno acha que Oscar Wilde foi um mártir da causa gay. O intelectual clássico considera Oscar Wilde um excelente autor.



O intelectual moderno acha que a ciência está em guerra com a religião. O intelectual clássico sabe que o intelectual moderno está em guerra com as duas.