quarta-feira, 28 de julho de 2004

A saga de Yu-Maan

Que tal seria se alguém escrevesse um romance sobre a campanha inglesa na Zululândia só para fazer um trocadilho.


O protagonista seria um jovem e idealista tenente inglês do exército de sua majestade, recém saído da academia militar. Em campanha, faria amizade com um tenente das tropas tribais auxiliares chamado Umanu. Juntos passariam por muitas aventuras, sobrevivendo ao cerco da temida infantaria Zulu, os guerreiros Imps, em diversas ocasiões. Uma típica história sobre o confronto do idealismo com a realidade da guerra, e da camaradagem entre soldados, e típicos clichés do gênero.


No final do livro Umanu encontraria alguns amigos de sua aldeia natal, que o chamariam pelo seu primeiro nome, Cer.


O problema é que o trocadilho é intraduzível para o inglês.


Que tal Bing, Yu-Maan? Para manter o trocadilho, a trama teria que ser relocada para a China durante a guerra dos boxers. O trabalho não deveria ser difícil thanks to Joseph Campbell.

quinta-feira, 22 de julho de 2004

O medo de perder o poder

É complicado escrever algo que preste nessas terras. Quem se aventura fora das fronteiras do "pensamento único" logo leva bordoada na cabeça por patrulheiros ideológicos aleatórios.


Vejam o "Digestivo Cultural". Ele basicamente ignora o livro e passa a atacar suas supostas influências, sem comprovar o que isso tem a ver com o objeto da crítica. As asneiras ditas nesse artigo se destacam mesmo no competitivo universo da Internet brasileira. Antes de comentar nesse site melhor saber que passa automaticamente a receber e-mail do próprio.


A Veneninho categoricamente tenta determinar o que é arte pela mídia, não pelo conteúdo ao afirmar: "Blogs estão aí, disponíveis para serem acessados, comentados, anexados e colados; e ponto. Livro é arte, arte". Ou seja, as páginas amarelas são "arte", um livro de contos, não.


Por último existem aqueles segundo os quais uns poucos bloggers conservadores tem "medo de perder o poder". Quem já leu, ou parece que leu um autor conservador, ou que parece conservador, é "o poder" contra a "descentralização". Se tivesse lido o blog saberia que é o oposto.


Qualquer um que fuja um pouco da mentalidade dominante está sujeito a esse tipo de crítica de alguém regurgitando os mesmos chavões. Não deixa de ser curioso ver uma maioria esmagadora denunciando os divergentes como "o poder". Ou que acusar alguém que não quer conservar nada de "conservador" não faz muito sentido. Lógica e coerência deve ser coisa de conservador mesmo.


terça-feira, 20 de julho de 2004

Bozo

Como todos sabem, o Bozo atendia telefonemas ao vivo em seu programa no SBT. Claro que sempre tinha um engraçadinho.


"Alô, é o Bozo?"


"Sim, amiguinho! Pode falar!”


"VAI PRA *********, Bozo!"


"Para a ponte que partiu?"


Ou Então


"VAI TOMAR NO **, Bozo!"


"Tomar suco de Caju?"


O cara tinha que ter jogo de cintura mesmo. E quem não lembra da corrida de cavalos, com o preto, o branco, e o malhado? Quando o moleque ou a moleca perdia, o Bozo dizia “Ah, que peninha”.


Bozo também é cultura.

domingo, 18 de julho de 2004

Um projeto bem sucedido

O sucesso de Garfield não foi obtido por acaso, foi tudo planejado desde o começo por seu criador. Uma leitura interessante tanta para os fãs do gato como para quem quer saber como funcionam os bastidores dos grandes mercados de marketing.

terça-feira, 13 de julho de 2004

O que não é capitalismo

A existência de riqueza, crescimento, empresários, lucro, empresas, etc. não é sinônimo de capitalismo.



Pelo menos não do conceito de capitalismo como livre iniciativa, ou seja, livre das garras malignas do Estado.



Se o Estado controla, parasita ou regula o sistema, este deixa de ser capitalista. Os melhores empresários não são o que fazem o menor produto pelo menor preço, nem os que melhor servem aos consumidores, mas aqueles apadrinhados pelo poder.



Quando o governo diz o que você pode produzir, por quanto, quem você vai empregar, quanto vai pagar, de quem vai comprar os insumos e para quem vai vender, e por quanto, isso não é capitalismo. Chame do que quiser (comunismo, social democracia, fascismo, socialismo, nazismo, plutocracia, whatever) menos de capitalismo. That’s all, folks.



Portanto, quando uma mega-empresa faz jogo sujo para destruir uma concorrente está sendo tão capitalista quanto uma convenção de universitários vestidos com camisas de Che Guevara que compraram num shopping.

segunda-feira, 12 de julho de 2004

Liberty Class

Pensei em escrever um longo artigo sobre algum tema complexo. Mas achei melhor fazer uma nave em pixel art.



Esta é a Nave desenhada a lapis. Tudo o que uma nave espacial precisa: canhões da segunda guerra e uma asa delta.



Agora a nave está devidamente colocada no Photoshop, com cores básicas. Como é pixel art, os contornos devem aparecer de maneira nítida, preferêncialmente sem anti-aliasing.



Aqui está a versão "finalizada" com mais detalhes com estrelas ao fundo.

sábado, 10 de julho de 2004

Como não usar a ciência

Comentando o último artigo.


Richard Dawkins tem uma ânsia religiosa de provar a força do acaso. Andou tomando fumo do Micheal Behe e a teoria do Intelligent Design e do Complexo Irredutível. Jogou sujo, tentando desqualificar seu opositor como criacionista, o que ele não é. Agora fica tentando arrumar experimentos para “provar” que o acaso pode formar tudo.


Ele mesmo falou que o “darwinismo” lhe tinha dado a capacidade de ser um ateísta intelectualmente completo. Infelizmente, o papel de teorias científicas não é o de dar alento religioso, e o que ocorre aqui é uma projeção dos desejos íntimos. Não é a toa que alguém assim é tão pouco aberto a críticas.


O problema é o mesmo: a confusão entre uma teoria científica e uma filosofia materialista.


Esse teste não tem muito a ver com teoria da evolução. É menos uma investigação sobre como as espécies evoluíram, e mais uma tentativa de dar suporte ao materialismo filosófico.


Mesmo que você consiga que um computador produza aleatoriamente uma frase de Hamlet, isso não “prova” que essa frase foi composta pelo acaso. Até porque sabemos que não foi.


Nem poderia ter sido sem um computador programado para esse propósito. Frases não fazem sentido naturalmente, precisam de alguém para compreendê-las por meio de uma linguagem pré-estabelecida.


Foi um bom exemplo do que o Olavo chama de paralaxe cognitiva. Um conceito bem interessante que merece ser estudado.

quinta-feira, 8 de julho de 2004

Microconto: A Explicação

"Você disse que me amava."

"Oh, baby, foi um artifício literário."


Esse foi um conto com autoria simultânea no MSN.


quarta-feira, 7 de julho de 2004

Eu aprendi psicologia reversa com o Pernalonga

Só gostaria de me manifestar contra a desigualdade de renda, a concentração social e a exclusão dos excluídos.

Get Medieval

Antes da idade média reinava o barbarismo. A noção de que a vida humana tinha um valor intrínseco foi disseminada justamente na idade média. A eugenia e os assassinatos em massa tornaram-se inaceitáveis.


Mas chegou o materialismo pós-moderno, nada mais do que um arremedo da antiga ordem onde era aceitável a eugenia e o assassinato em massa. E aos novos falsos ídolos foram dados os nomes de ideologias e filosofias reducionistas, e eu seu nome matou-se mais do que os romanos e mongóis jamais sonharam ser possível. Ergueram-se impérios e ditaduras irracionais em nome da razão, e monstros lutaram em nome de utopias.


O materialismo filosófico nada mais é do que uma revolta contra um conceito de mundo, de um retorno para tempos pré-medievais piores do que qualquer conceito de grotesco e deturpado de idade média.


Mas e os crimes cometidos em nome da religião na Idade Média?


Argumentos baseados em exceções e equivalência moral são falácias.


A inquisição foi um desvio que ocorreu em momentos raros durante um período relativamente curto de tempo. Mas a norma das ideologias totalitárias é fazer vítimas.


Uma pessoa é boa todos os dias, exceto por raras exceções. Outra é má todos os dias, exceto por raras exceções. Não são equivalentes.


E a ciência e a tecnologia?


São ótimas. Não se está discutindo tecnologia nem ciência, tão somente concepções filosóficas de mundo. Não se trata de criticar o progresso, já que o argumento é que o materialismo pós-moderno é um retrocesso, um retorno à antiguidade.

terça-feira, 6 de julho de 2004

Queremos Lançamento





domingo, 4 de julho de 2004

Blog Celebrity Profile III


Marcelo de Polli




















































Classe: Medievalista
Tecnológico
Arma
preferida:
Criticas
contundentes
Posição
Política:
Libertarian
Pontos
fracos:
Frequencia
criativa
Inimigos: Os
que quiserem
Imune
à:
Materialismo
Detesta: Estatismo
Passatempo: Traduzir
artigos interessanets

Manter o wunderblogs.com
Autodefinição
do Blog:
"Pessimismo,
bom humor, liberalismo, cristianismo, classicismo, ironia, passadismo"
Modernidade: "Um
europeu é um sujeito que traz em si o que há de mais tradicional
na civilização ocidental. E faz o que pode para eliminar
cada vestígio."
Trabalho: "Quando
a parcela mais insignificante de teu ser ocupar a maior parte de teu tempo,
aí estarás trabalhando"
Liberdade
:
"Engraçado.
Por que tomar banho de chapéu pode, mas se eu quero comprar e você
quer vender não pode?"

 



Foto Comprometedora:



A camisa demonstra todo o estilo

sábado, 3 de julho de 2004

Polêmica Evolutiva

Esse artigo aqui
causou polêmica. Aqui vai uma opinião. Marxismo e o Darwinismo
(em qualquer sentido menos o de teoria científica) fazem parte do mesmo
movimento filosófico do final do séc. XIX que é influente
até hoje.


Ambos se constroem sobre os mesmos pressupostos: ateísmo, materialismo,
animalização do homem, uma visão de que o universo não
é essencialmente bom (ruptura com o principio religioso de que é),
e a aplicação de princípios "científicos"
em áreas não exatamente científicas.


São galhos da mesma árvore. Dizem que Marx leu Darwin e gostou.
Dizem que Darwin tinha uma cópia do "O Capital", mas que nunca
abriu. Mas isso não faz a menor diferença.


Se você considera que filosofia e sociologia não são ciências,
um dos principais defeitos das suas vertentes Marxistas e Darwinistas é
justamente que afirmam serem ciências.


***


Sofistas são como relógios quebrados, as vezes estão certos
por acaso.