sábado, 10 de julho de 2004

Como não usar a ciência

Comentando o último artigo.


Richard Dawkins tem uma ânsia religiosa de provar a força do acaso. Andou tomando fumo do Micheal Behe e a teoria do Intelligent Design e do Complexo Irredutível. Jogou sujo, tentando desqualificar seu opositor como criacionista, o que ele não é. Agora fica tentando arrumar experimentos para “provar” que o acaso pode formar tudo.


Ele mesmo falou que o “darwinismo” lhe tinha dado a capacidade de ser um ateísta intelectualmente completo. Infelizmente, o papel de teorias científicas não é o de dar alento religioso, e o que ocorre aqui é uma projeção dos desejos íntimos. Não é a toa que alguém assim é tão pouco aberto a críticas.


O problema é o mesmo: a confusão entre uma teoria científica e uma filosofia materialista.


Esse teste não tem muito a ver com teoria da evolução. É menos uma investigação sobre como as espécies evoluíram, e mais uma tentativa de dar suporte ao materialismo filosófico.


Mesmo que você consiga que um computador produza aleatoriamente uma frase de Hamlet, isso não “prova” que essa frase foi composta pelo acaso. Até porque sabemos que não foi.


Nem poderia ter sido sem um computador programado para esse propósito. Frases não fazem sentido naturalmente, precisam de alguém para compreendê-las por meio de uma linguagem pré-estabelecida.


Foi um bom exemplo do que o Olavo chama de paralaxe cognitiva. Um conceito bem interessante que merece ser estudado.

Nenhum comentário: