sábado, 29 de julho de 2006

Pure 80's




Nada mais 80's que Stan Bush cantando The Touch, da trilha de Transformers: The Movie. Se algo assistível já passou na MTV, foi este clipe. A inconfundível cabeleira mullet, os defeitos especiais de laser, tudo para compor alguns minutos de diversão. Imagino que transformers fosse passado no Brasil, o Optimus ia se transformar num jegue o Megatron numa espingarda. É notável, mas vão ter que gramar para achar um protagonista brasileiro com um senso ético mais apurado que um robô japonês de um desenho animado. Enquanto isso, a nova versão vem aí.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

O eterno duelo entre conhecimento e falsidade

Sensacional ensaio sobre Michael Polanyi, inversão moral e niilismo.



"Polanyi, the scientist, became convinced that the source of the nihilism and self-destruction that he witnessed rested on a false understanding of the nature of knowledge and the act of knowing. He called this false notion of knowledge “Objectivism” and sometimes “Scientism”. This ideal of knowledge elevated methodological doubt as the primary element in dependable knowledge. That which was really real was that which could be known by the dispassionate, distanced, neutral observer on the basis of direct observation. All tradition was to be doubted and was indeed the enemy of truth. The world was divided into a rather small of world of assured “facts” and dubitable “beliefs”. Facts were things that were so well-established by observation and doubt-inspired testing that they were established as public facts and dependable knowledge. Everything else was “belief” or opinion or values. In a free society one is entitled to hold the beliefs one wants but they are clearly an inferior kind of knowledge that must give way before public facts. To assert a belief as universally valid is thought of either as an act of ignorance or an immoral grab for power and perhaps both. Polanyi recognized that this popular understanding of what is objective and therefore trustworthy is deeply flawed and in particular cannot account for science itself and especially for the process of scientific discovery which depends on long schooling in a community of tradition and a passionate faith in the existence of truth. Polanyi thought that Augustine had got it right, “I believe in order to understand,” and that belief was foundational to all knowing and that nothing could be doubted except on the basis of some other belief. There are many other elements in his sophisticated critique of “the modern mind” including his important idea of “tacit knowledge.” But this is enough exposition to get to his important idea of “moral inversion.””



Via Pontifications. Leiam tudo.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

O terror niilista de Lovecraft

Quando escreveu “At the Mountains of Madness”, Lovecraft estava desmistificando suas criações. Os deuses malignos nada mais eram que aliens. Por mais medo que você vai ter do Alf, ou dos Aliens que devoram o estomago do Sigourney Weaver, não são tão impositivos quanto o terror sobrenatural. Dizem até que o livro "Eram os deuses astronautas" foi inspirado no original conceito de Lovecraft de astronautas antigos.


O terror que Lovecraft buscava era outro. O terror do niilismo. Porque o mundo de Lovecraft não tem bom nem mau, certo e errado. Tem caos, desgraça e destruição. Não existe bem ou qualquer possibilidade de redenção. Até o mal é materialista e cai naquele terror que Nietzche alertava contra. Pior que os deuses pagãos malignos querendo pegar você são uns alienígenas antigos poderosos que se lixam para sua existência. Toda a humanidade é uma porcaria inútil. E nem é uma crítica propriamente dita, isso. É mais sincero, honesto e interessante o que o Lovecraft faz com esse materialismo do que Sartre ou Marx.


E o niilismo, em ultima análise, limita o quão a obra do Lovecraft pode ser interessante. Tudo bem, dá medo mesmo realmente o caos absoluto do terror sombrio, mas é repetitivo. Pode ser brilhante, mas é um X-Files brilhante. Os personagens ou se dão mal ou não resolvem nada. E nem tem como resolver, porque tudo é ruim. Então, what's the point?


É interessante notar que a obra de Lovecraft era pouco conhecida em sua época, tendo sido mais admirada depois, graças aos esforços de August Derleth, que cunhou o termo "Mythos" e o ampliou com novas histórias. Foi um grande divulgador, mas não é muito querido dos fás hardcore. Isso porquê Derleth é caótico, e tenta criar uma dicotomia bem e mal no universo caótico e ateu do Lovecraft.


Sob muitos aspectos o que Lovecraft representa é uma certa cosmovisão bastante peculiar. O mundo é fruto caos, nós não temos importância, o bem não existe. Já ouviram antes? A diferença é que ele faz isto com estilo, e dá a esta idéia o sentido que ela verdadeiramente tem, de uma história de terror.

Dream Destiny Returns

Deste dia em diante, inaugura-se Dream Destiny 2.0. Como prova de meu intento, mudei nome dos links. Template novo dá preguiça. Quem sabe um dia eu mudo para o typepad.