terça-feira, 9 de dezembro de 2003





Excelentes artigos
publicado na Tech Central Station sobre quem,
afinal, vota nos republicanos
. O membro típico do partido republicano
é minoritário na população americana, mas existem
aqueles que, como o pessoal do South Park, acha os republicanos babacas, mas os democratas mais babacas ainda.

quinta-feira, 13 de novembro de 2003

Matrix Revolted

O episódio final da trilogia Matrix, que deixou muito em aberto,
tem gerado uma enorme polêmica sobre as possíveis interpretações
da série. Incluindo, é claro, quem afirma que não há
muito que entender devido à confusão e falta de lógica
reinantes. Incoerências à parte, cabe tentar compreender não
apenas o universo em si, mas da visão por traz dele. Arte é, afinal,
uma forma de expressão. Não importa, para o propósito deste
artigo, se Neo era um programa, uma máquina, ou se Zion era real, ou
essas discussões subjetivas sobre aspectos técnicos.


Desde o filme original podíamos notar que os humanos rebeldes matavam
sem dó nem piedade seus pares aprisionados na Matrix. A atitude é
explicada pela habilidade dos “agentes” de se materializar em qualquer
pessoa, mas a falta de remorso, não. Entretanto, podemos notar que houve
uma mudança fundamental no foco da série. O filme original era
sobre a luta da humanidade para libertar-se das máquinas. Os episódios
subseqüentes tratam da luta de Zion por sobrevivência dentro do contexto
de que a própria cidade é um mecanismo de controle das máquinas.
O objetivo não é mais se libertar das máquinas, mas encontrar
uma posição mais confortável dentro do sistema de escravidão.


Com o lançamento de Animatrix, em especial às duas partes
de “A segunda renascença”, que reconta como as máquinas
escravizaram a humanidade. Para alem do horror explícito, o que torna
essa narrativa perturbadora é o tom favorável as máquinas.
Essas seriam vítimas da vaidade e belicosidade humanas. Exiladas no local
berço da humanidade, fundam uma cidade (Zero-One, foneticamente
parecida com Zion, a cidade humana). Esgotadas as tentativas de convivência
pacífica, movidas apenas pelo desejo de auto-preservação,
as maquinas empreendem sua brutal campanha escravizar a humanidade.


O projeto de escurecer os céus e usar os seres humanos como baterias
é ilógico, fisicamente impossível e irracional sobre múltiplos
aspectos. Nem vale a pena discuti-los seriamente, nem é esse o objetivo
desse artigo. O que importa é que, no universo Matrix, inicialmente a
humanidade é culpada pelo conflito, e as máquinas são vítimas.
Essa visão vem balancear a postura do primeiro filme, claramente favorável
aos humanos escravizados por máquinas.


Em Matrix Reloaded, encontramos programas independentes, como o Merovingian
e sua esposa, Persephone. Esposa? Sim, programas de computador, no
Universo Matrix, amam, se casam, e tem filhos. Em Reloaded, a explicação
poderia ser de que, por terem sido programados para existir dentro do Matrix,
os programas deveriam emular reações e comportamentos humanos.
Revolutions desbanca essa teoria com os programas hindus, que, embora existam
fora do Matrix, também se amam, se casam, tem filhos, acreditam
em karma, e tem características étnicas totalmente desnecessárias
para softwares utilitários.


A mensagem de Matrix é bem clara. As máquinas são seres
vivos e possuem um valor intrínseco tão grande quanto os seres
humanos. E, afinal de contras, o que exatamente Neo está vendo em Revolutions?
Quando o agente Smith no corpo de Bane lhe deixa cego, Neo passa a ver o mundo
em vermelho. Será aquela a maneira que as máquinas vêem
a si mesmas? Não são impulsos elétricos nem sinais de equipamentos
eletrônicos, uma vez que Neo é incapaz de ver Logos, a nave na
qual se encontrava. Tampouco podia ver Trinity, tudo o que podia ver eram maquinas
vivas. Pode-se teorizar que a ligação de Neo com a fonte lhe permite
ver tudo o que era ligado a ela. Essa afirmação, contudo, não
é compatível com o próprio filme, no qual vemos o espectro
de uma Sentinela atravessa o corpo de Neo. Ora, as leis da física proíbem
que dois corpos ocupem ao mesmo tempo o mesmo lugar no espaço. Se aquela
sentinela não estava fisicamente ali, em que consistia aquele espectro?
Algo como a “alma” da máquina, assim como Neo conseguia ver
a “alma” de Smith, com óculos e tudo, no corpo de Bane?


Coerentemente, Neo, ao contrário do esperado pela platéia, não
busca salvar a humanidade da escravização das máquinas
ao final do filme. Ele vem para estabelecer uma paz, mesmo que temporária,
entre ambos. Neo salvou tanto as máquinas quanto os humanos do programa
Smith através de seu auto-sacrifício. Afirmar que o universo Matrix
equipara homens e maquinas chega a ser uma interpretação favorável,
já que a superioridade dessas últimas é defendida pelo
Smith e pelo Arquiteto.


A estética dos excluídos


Matrix faz amplo uso da estética dos excluídos e perseguidos.
Em Animatrix, as máquinas são perseguidas por humanos
malvados e se exilam. Em Matrix, o processo se inverte. Provavelmente
que em esse motivo que em Zion a população inteira, até
mesmo o conselho, veste-se em trapos como mendigos. Ora, uma sociedade capaz
de produzir enormes robôs e naves de combate não consegue fabricar
roupas limpas? Trata-se de um fashion statement.


Religião e Filosofia


Abundam em Matrix referencias religiosas de cristianismo, budismo, gnosticismo,
e muitas outras religiões. Mesmo usando simbologia religiosa, não
existe nenhuma forma real de transcendência em Matrix. Filosoficamente,
Matrix pega pesado no existencialismo e na busca de propósito, mas não
chega a explorar o tema ou à alguma conclusão. Toda o debate dos
personagens sobre livre arbítrio tornar-se estéril quando determinismo
impera. Existe também uma certa dose de niilismo descarado. Mas o ponto
principal é o aspecto desumanizante de Matrix. Os seres humanos não
são pouco melhores que máquinas ou programas de computador. Tornam-se
até objetos de uso destes.


O filme resolve-se com a paz entre humanos e máquinas, não com
a libertação humana de seus opressores. O arquiteto não
afirma que todos os seres humanos serão libertados, mas apenas aqueles
que desejam sair. Como esse desejo é condicionado à consciência
de que a Matrix existe, e esta consciência é restrita a uma minoria
que rejeita a programação, trata-se de fração restrita
da população. Aos poucos que vivem em Zion será permitido
co-existir pacificamente com as máquinas, vivendo embaixo da terra, com
toda a superfície da terra sob o poder das máquinas. Uma paz,
diga-se de passagem, de termos e duração desconhecidos. Aos outros,
resta a confortável escravidão.

quarta-feira, 29 de outubro de 2003

Bastiat, esse desconhecido

Poucas pessoas no Brasil conhecem esse jurista e economista francês.
Frédéric Bastiat (1801-1850) é largamente ignorado até
mesmo em seu país natal, é reconhecido como autor de prestígio
em outros países, em especial nos Estados Unidos. Deveria ser surpreendente
que um intelectual desse calibre seja ignorado na França, mas podemos
dizer que é esse o caso?


Felizmente, existe uma grande quantidade de suas obras disponíveis na
Internet em Inglês aqui
e em Inglês e Francês em bastiat.org.
Fica aqui um trecho para dar o gosto do escritor.


"My attitude toward all other persons is well illustrated by this
story from a celebrated traveler: He arrived one day in the midst of a tribe
of savages, where a child had just been born. A crowd of soothsayers, magicians,
and quacks—armed with rings, hooks, and cords—surrounded it. One
said: "This child will never smell the perfume of a peace-pipe unless I
stretch his nostrils." Another said: "He will never be able to hear
unless I draw his ear-lobes down to his shoulders." A third said: "He
will never see the sunshine unless I slant his eyes." Another said: "He
will never stand upright unless I bend his legs." A fifth said: "He
will never learn to think unless I flatten his skull."



"Stop," cried the traveler. "What God does is well done. Do not
claim to know more than He. God has given organs to this frail creature; let
them develop and grow strong by exercise, use, experience, and liberty."




God has given to men all that is necessary for them to accomplish their
destinies. He has provided a social form as well as a human form. And these
social organs of persons are so constituted that they will develop themselves
harmoniously in the clean air of liberty. Away, then, with quacks and organizers!
A way with their rings, chains, hooks, and pincers! Away with their artificial
systems! Away with the whims of governmental administrators, their socialized
projects, their centralization, their tariffs, their government schools, their
state religions, their free credit, their bank monopolies, their regulations,
their restrictions, their equalization by taxation, and their pious moralizations!




And now that the legislators and do-gooders have so futilely inflicted so many
systems upon society, may they finally end where they should have begun: May
they reject all systems, and try liberty; for liberty is an acknowledgment of
faith in God and His works."
(Bastiat, Frédéric
- The Law, Translated by Dean Russell, Second Edition)

quinta-feira, 23 de outubro de 2003

Teatro é cultura

Me foi dito que "Teatro no Brasil é Cinema Nacional ao Vivo"


Pois bem, minha namorada me chamou para ver uma peça. Eu devia ter perguntado
se tinha homem vestido de mulher. É claro que tinha.


Porque brasileiro gosta tanto disso? Até na TV, no seriado “Sexo
Frágil”
, que veio substituir “Os Normais”,
(Sim, eu ainda assisto um pouco de Globo de vez em quando) tem um bando de marmanjo
vestido de mulher. Que coisa! Tudo bem que era assim na Grécia Antiga,
na Londres de Shakspeare e na ópera Japonesa, mas precisa ser assim no
Brasil?


Não estou dizendo que seja misógino, gay, ou nada assim –
só desnecessário, e um pouco chato. Precisa mesmo?


Spock!


Hoje o Jô Soares entrevistou o Leonard Nimoy. Viram, televisão
aberta não é o fim do mundo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2003

King Kong vs Godzilla




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Continuando a série de duelos, tive a oportunidade de assitir a está
pérola
no canal “Film&Arts”. Sim, o clássico do cinema de monstro
japonês de 1962, trash que só ele.


Você sabia... Que os japoneses chamam o Godzilla de “Gojira”?
Pois é, o nome oficial do filme é “Kingukongu
tai Gojira”
. Fascinante.


Supaidâman


É assim que se fala Spider-Man
em japonês
. É sério! Depois dessa alguém duvida
da comicidade de certos nomes em japonês? Agora, olhem que maravilha a
sinopse:


“To fight against the evil Iron Cross Army, led by the space emperor
Professor Monster, a daredevil motorcyclist transforms into the famous Marvel
Superhero, with a racecar and giant transforming robot at his disposal.”


quinta-feira, 18 de setembro de 2003

GI Joe vs Transformers

Essa é para quem gosta de remakes
dos "clássicos".

quarta-feira, 27 de agosto de 2003

A little logic

Meus caros leitores, aqui vai um jogo
de lógica
bem divertido para vocês, aparentemente usado em
dinâmicas de grupo de empresas japonesas. O objetivo levar todas as pessoas
até o outro lado do rio. O jogo tem umas regras estranhas:

- O pai não pode ficar sozinho com as filhas.

- A mãe não pode ficar sozinha com os filhos.

- O bandido (camisa listrada) não pode ficar sozinho com ninguém
da família.

- Somente o pai, a mãe e o policial sabem dirigir o barco.

Até que não é tão difícil quanto parece.
Se alguém precisar, aqui está uma solução.

segunda-feira, 25 de agosto de 2003

"The Shadow mocks, it cannot make"


Interessante artigo
sobre os aspectos religiosos do trabalho de Tolkien, que explora os aspectos
religiosos e católicos da riquíssima obra da trilogia “Senhor
dos Anéis”. Contém spoilers.

segunda-feira, 18 de agosto de 2003

Nietzsche in the city


"O Socialismo é o fantasioso irmão mais jovem do quase
decrépito despotismo, o qual quer herdar. Suas aspirações
são, portanto, no pleno sentido mais profundo, reacionárias. Pois
ele deseja uma plenitude de Poder estatal como só a teve alguma vez o
despotismo, e até supera todo o passado por aspirar ao aniquilamento
formal do indivíduo
: o qual lhe parece como um injustificado luxo
da natureza e deve ser melhorado e transformado por ele em um 'órgão
da comunidade' adequado a seus fins.


Devido a sua afinidade, o Socialismo sempre aparece na vizinhança
de toda excessiva manifestação de Poder
, como o antigo socialista
típico, Platão, na corte do tirano siciliano: ele deseja (e em
algumas circunstâncias promove) o estado ditatorial Cesário deste
século, por que, como foi dito, quer ser seu herdeiro. Mas mesmo essa
herança não bastaria para seus objetivos, ele precisa da mais
servil submissão de todos os cidadãos ao Estado absoluto
,
como nunca existiu nada igual; e como nem sequer pode contar mais com a antiga
piedade religiosa ante o Estado, tendo, queira ou não, que trabalhar
incessantemente por sua eliminação -pois trabalha para a eliminação
de todos os Estados existentes -, não pode ter esperança de existir
a não ser por curtos períodos, aqui e ali, mediante terrorismo
extremo. Por isso ele se prepara secretamente para governos de terror, e
empurra a palavra "justiça" como um prego na cabeça
das massas semicultas
, para despoja-las completamente de sua compreensão
e criar nelas uma boa consciência para o jogo perverso que deverão
jogar." (grifamos) NIETZSCHE, FRIEDRICH W., Humano, Demasiadamente Humano, Compania
das Letras, 2000em>.


Muitíssimo interessante trecho do livro "Humano, demasiadamente
humano
" de Nietzsche, publicado em 1878. O texto é de relativamente
fácil interpretração, leia a ele, não a este comentário.
Mas caso deseje aventurar-se, trata-se de uma obra quase profética das
atrocidades totalitárias cometidas em nome do "bem comum" por
ditaduras socialistas. E quanto ao uso da palavra "justiça"
para empurrar sua ambição pelo poder absoluto goela abaixo das
massas, não deve ser difícil perceber a desenvoltura com que tal
ardil ainda é utilizado.

Observação


A música clássica é a mais nobre forma de música,
superior às demais.


Protestos nus


Pode alguém protestar pelado? Tirar a roupa é uma forma legítima
de protesto? Uns dizem que sim
(link dinâmico), outros que não.



Bigger is better?


Você é geek? Debate com seus amigos qual nave é maior,
a do "Guerra nas Estrelas" ou o "Jornada nas Estrelas"?
Suas discussões ficam sem solução porque ninguém
acha o manual prático da federação?


Seus problemas acabaram!
O site "Starship Dimentions"
compara o tamanho de naves espaciais de vários universos diferentes de
ficção científica.

segunda-feira, 11 de agosto de 2003

Matrix Étinica


Quem assistiu “O
último vôo do Osíris
” (Last Flight of the
Osíris
, Animatrix,
2003) pode ter notado algo interessante. O casal protagonista é de um
homem de etnia negra, e uma mulher de etnia asiática. Alguns estudos
indicam que, pelos padrões estéticos internacionais atualmente
em voga, o homem negro e a mulher asiática estão bem colocados.
Existe um estudo sobre o “gender gap” nos EUA, ou seja,
da diferença proporcional de casamentos enter pessoas de etnias diferentes.
Existe uma discussão razoavelmente ampla nos EUA sobre as dificuldades
de mulheres negras de encontrar parceiros, similar à menos conhecida
situação dos homens asiáticos. O estudo indica que as mulheres
negras dos EUA afirmam que os solteirões negros mais cobiçados
acabam casando-se com mulheres brancas.


Seria então “O último vôo do Osíris”
um reflexo dessa tendência? Será que as pessoas gostariam igualmente
do filme caso os protagonistas fossem um homem asiático e uma mulher
negra?


É uma pergunta complicada. Mas pelo menos a Niobe não tem esse
problema, já que dois dos solteirões mais cobiçados de
Zion, o Morpeus e o Capitão Ballard, estão afim dela. Mas vocês
acreditam que tem quem ache isso um problema?
Se Neo e Matrix tem um relacionamento bom, porque o Morpheus tem que viver um
relacionamento problemático com o triangulo amoroso?? Tem gente que esquece
da Persephone, ou não viu Animatrix.

sexta-feira, 8 de agosto de 2003

Consumo



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Babylon 5 foi uma das melhores series da TV. É aquela mesma que parece
uma cópia estranha do Star Trek, com uns cabeças de osso. Isso
mesmo, passava na Warner e você sempre pulava de canal. Eu mesmo achava
que não devia ser grande coisa. Mas era uma série excelente que
durou 5 temporadas e que vale a pena conferir. A ficção científica
não é o tema principal, mas apenas serve como pano de fundo para
grandes questões. A série esta sendo lançada em DVD nos
EUA, mas, por enquanto, não vai ser lançada aqui. Na amzon.com
o pacote com as 3 primeiras temporadas, de custa $215.99, e uma temporada sozinha
custa $74.99 e vem com 6 DVDs.

A dança do flash


Entre as múltiplas opções de tecnologia interativa, porque
não uma bunda?
O nu pode ser artístico? Se dança é arte, uma bunda
de mulher pelada dançando
é arte também? No Brasil,
possivelmente, embora, notavelmente, o referido traseiro dançante seja,
no que parece, estrangeiro. Mas qual o porquê do interesse por mulheres nuas?

quinta-feira, 31 de julho de 2003

Diálogo e Cuba Libre


"A globalização é maligna!
Brasil sim, ALCA não! ALÇA é anexação! Comércio
internacional é espoliação!"


"Por isso que Cuba, que não tem comércio com os EUA, é
um país riquíssimo?"

"Não, mas porque luta contra o imperialismo
ianque. Cuba é um país miserável por causa do perverso
embargo americano!"


"Mas o embargo não é a ausência de comércio?"

"Sim!"

"Mas se fazer comércio com os EUA é ruim porque eles são
imperialistas e ladrões, porque reclamar do Embargo?"

"Cuba é um paraíso! Olha os indicadores
sociais!"


"Se é um paraíso, por que quase um terço da população
fugiu do país, sob risco de vida, e o restante vive encarcerado e patrulhado?"

"Porque antes era uma ditadura brutal!"

"Mas antes da revolução, existiam três ou quatro presídios
em cuba. Agora, são centenas!"

"É que o país está cheio de
agentes do imperialismo! Aos milhares!"


"Eleições livres, nem pensar né?"

"Democracia para quê? Eles já são
socialistas!"

Muy Ministro


Caminha pela rua. De repente, surge um assaltante. O segurança finge
ignorar, olhando para o lado, assobiando... O assaltante começa a agredi-lo
fisicamente com tapas e pontapés. Grita por socorro:


"Ei, me ajuda, estou sendo atacado!"

"Não está não, e, alem de tudo, ele é meu amigo..."


Em
outras notícias...


"O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, negou nesta
quarta-feira que o governo federal esteja devendo uma resposta firme às
invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Em entrevista
ao programa "Bom Dia Brasil" da Rede Globo, Bastos afirmou que o Brasil
tem um estado democrático que reconhece a existência de uma causa
social, mas que não se trata de 'caso de polícia' "


(matéria dica do Aristocrata)


Nota


O objetivo desse site, obviamente, não era comentar sobre política
e assuntos toscos como estes.

segunda-feira, 28 de julho de 2003

Espaço Lúdico


Para a prefeitura petista de Porto Alegre, lugar de criança de rua é
na rua mesmo. Deu no Estado
de São Paulo
. Para o PT, o fato dos menores estarem jogados à
margem da criminalidade não é nada demais. O terrível ambiente
de criminalidade, drogas e prostituição, para coordenadora de
Políticas Sociais da prefeitura do PT, é um "Espaço
Lúdico
"
para as crianças.


Estupidez isolada? Não, linha oficial da prefeitura petista. Veja o
trecho do livro Meninos e Meninas em Situação de Rua, escrito
pelos técnicos da prefeitura: "A rua dá a esperteza necessária
a estas crianças para não caírem 'nessa jaula de ficar
bonzinho' que a cultura institucional tenta impor para 'reinseri-las' socialmente,
'reintegrá-las'.
". Tirar uma criança da rua é
um crime neoliberal: estaria privando o menor da "esperteza necessária"
das ruas, pela perversa imposição da "cultura institucional"
de estar socialmente integradas.


A prefeitura de Curitiba, de um outro partido político, teve um sucesso
muito maior. Poderia ser questionado se, porque não dependem do discurso
da exclusão social para justificar seu poder, podem se preocupar mais
em resolve-lo do que em "estuda-lo"? Ou, como alguns diriam, "explora-lo"?


É o velho processo de novilíngua (newspeak) descrito por George
Orwell em "1984". Para o IngSoc, paz significa guerra. Para
o PT, rua é espaço lúdico.


(dica da matéria: Diego
Casagrande
)

Filme Brasileiro


"Filme brasileiro bom é filme brasileiro morto." Paulo Salles.
(do blog do FDR)


Resta a dúvida se "Filme Brasileiro" é hipérbole ou oxímoro.


Mas o custo do estudo é caro: assistir filmes de "bandido-coitado".

Rock vs Pagode


A disputa artística ficou para trás. Dessa vez, os roqueiros
do LS Jack saíram
no pau
com os pagodeiros do art popular. Aproveite para ficar contra o seu
tipo de música menos favorito.

Totalitarismo


Quem tem medo do Totalitarismo? O Brasil n?o, mas deveria. Aqui est?
um artigo relevante sobre os processos pelos quais o pa?s tem passado.
Interessante ler um pouco sobre o processo de lavagem cerebral/doutrinaç?o
ideol?gica que o MST implementou no campo com o nome de "educaç?o".
E de onde vem o dinheiro para isso?


Educação
Totalitária



"Filhos de uma geração de ativistas que não duvidavam
em colocar as suas crianças na linha de frente das invasões para
constranger a polícia, os jovens do MST, formados no radicalismo político,
constituem hoje uma massa de 50 mil militantes, perfeitamente disciplinados
e com um único propósito: implantar no Brasil, pela via revolucionária,
o comunismo."

sexta-feira, 25 de julho de 2003

Por um lugar à sombra




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Um calor danado e pouca sombra. Os leões
aproeitam a asa do avião.

Difícil vai ser o piloto chegar até a porta.




Diversidade


Uma galera do Politicamente Correto reclama, retroativamente, do "Senhor
dos Anéis". Mas se tem algo "multiracial" ou "multicultural"
(sic), é sociedade do anel. Quer mais diversidade que um elfo, dois humanos,
um anão e quatro hobbits?

quinta-feira, 24 de julho de 2003

"Aplicabilidade" e "Alegoria"


O "Senhor dos Anéis" não é uma obra alegórica.
No prefácio de "A Sociedade do Anel", Tolkien afirma
que cordialmente desgosta de alegorias em todas as suas manifestações,
desde que ficou maduro o suficiente para detectar sua presença. Afirma
o autor: "Gosto muito mais de histórias, verdadeiras ou inventadas,
com sua aplicabilidade variada ao pensamento
e à experiência dos leitores. Acho que muitos confundem "aplicabilidade"
com "alegoria"; mas a primeira reside na liberdade do leitor, e a
segunda na dominação proposital do autor
"

A defesa do lugar comum


Era um praticamente um gênio. Tão culto e inteligente, expressava-se
sempre com brilhante elegância lingüística e impecável
construção lógica. Era quase sempre mal-entendido, porque
quase ninguém conseguia entender o que realmente queria dizer.

quarta-feira, 23 de julho de 2003



Perguntas


Se todo fanatismo é ruim, isso incluí o fanatismo anti-fanatismo?


A virtude do equilíbrio foi esquecida no mundo moderno?

Fanatismo Sui Generis


Interessante a falta de imaginação de alguns ateus, que, após
um surto psico-somático quando se acham muito criativos de usar o mega-lugar
comum da muleta.


O fanatismo de alguns ateus chega ao ponto da negação de teorias
científicas pelo fato de não baterem com sua concepção
de mundo. Negam a teoria do Big Bang, totalmente de acordo com os rigores científicos,
e aceita por físicos do mundo inteiro, ateus ou não. O motivo
é que não conseguem compreender como poderia ocorrer esse início
do universo sem a existência de Deus. Como eles se recusam a aceitar que
Deus existe, qualquer fato científico que cause dúvida em sua
(falta de) fé tem que ser negado. É algo curiosíssimo essa
espécie trasnsgênica, o fundamentalismo ateu.


O Alexandre Soares Silva
afirma que os ateus são pessoas integilentes passando por um momento
burro. Será que os acima descritos corroboram essa tese?

quarta-feira, 16 de julho de 2003

Blogger's Cycle





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Mais uma ótima tirinha
do site coxandforkum.com.
Essa ilustra bem o ciclo dos blogs que sera reconhecido tanto pelos blogueiros
quanto pelos leitores. Não que exista uma distinção muito
definida, porque freqüentemente leitor de blog tem o próprio.

quarta-feira, 2 de julho de 2003

Conan no dos outros é refresco!




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Conan foi o filme
que lançou Arnoldão
ao estrelato, sendo um razoável sucesso em 1982. A história segue
um padrão clássico: o herói é retirado do seu ambiente
familiar, tem sua família destruída, acaba se tornando um poderoso
guerreiro e busca vingança. Conan fala pouco com um sotaque carregadíssimo,
tanto que o bárbaro dirige miseravelmente 5 palavras à sua parceira
romântica. Quase um recorde, mesmo para os padrões do "Exterminador
do Futuro". Salvo alguns eventos meio sem pé-nem-cabeça, até
que a trama funciona. O vilão é interpretado por ninguém
menos que James Earl Jones, a voz do Darth Vader. O filme conta a seu favor com
boas cenas de ação, embora impressionem menos numa época
pós-matrix do que nos anos 80. Talvez contraste um pouco na quantidade
de cenas de sexo, hoje em dia mais comportadas. O DVD vem com muitos extras, mas
a maioria não é muito interessante. A melhor parte dos é
o Making Off com varias entrevistas com atores e membros da equipe.

Não é definitivamente um filme para qualquer um. Como prova,
vejamos alguns dados curiosos: (SPOILERS!)


Em três momentos nesse filme, alguém devora o sangue de Conan
pelo pescoço. Um gladiador, uma bruxa/vampira/prostituta e um abutre.
Detalhe: Conan mata o abutre com a boca, mordendo seu pescoço, e depois
engasga.


Mas não fica por ai. A bruxa/vampira/prostituta do nada começa
mandar umas profecias estranhas sobre o Arnold Schwarzenegger enquanto anda
de 4 com roupa de Tigresa. Eles logos partem para a ação e, durante
o sexo, ela faz previsões sobre o futuro dele entre gemidos orgásmicos.
De repente, vira uma vampira da umas mordidas no pescoço, enquanto continuam
com o ato, ele tentando fugir, ela puxando ele junto e mordendo. Bizarria completa.
Para piorar, ele joga a mulher numa fogueira, ela explode, e vira uma bola de
fogo que sai gritando por aí. Lá do lado de fora, sem nenhuma
razão aparente, está o futuro companheiro de Conan, Subotai. Eles
começam a bater um papinho como se nada anormal tivesse acontecido e
viram melhores amigos. O filme tem diversas bizarrias e eventos sem muito nexo,
mas acaba funcionando bem em conjunto.

sábado, 21 de junho de 2003

Exclusivo: Revelações sobre Star Wars


Está rodando na net uma foto secreta que possivelmente pode indicar
a identidade secreta do Darth Sidious, o elusivo vilão dos filmes Star
Wars
. Pode ser apenas mais um truque do George Lucas para despistar os fãs,
mas nunca se sabe. Será essa a verdadeira identidade do personagem de
"Guerra nas Estrelas"? Decida você mesmo..


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Animatrix


Comprei o DVD do Animatrix,
que realmente é muito legal. Para quem gosta de Matrix e anime, então,
nem se fala. São nove filmes de uns 10 minutos, que juntam tem o tempo
corrido de um filme normal. Os extras também são muito interessantes

Colômbia usa soldados para lutar


Em mais uma chocante medida o presidente Colombiano Alvaro Uribe decidiu usar
soldados
contra rebeldes.
Numa incrível análise da questão, "ativistas"
criticam o governo afirmando que "transformados em militares, os camponeses
poderiam cometer abusos ou mesmo se tornar alvo de ataques rebeldes".
Surpreendentemente,
soldados em combate podem vir a ser atacados!

Direita


O que é direita?
Ora, é o oposto da esquerda. (*)


(*) Linkar o site "Direita" não quer dizer que eu seja,
nem que eu não seja de "Direita".

Olavo Strikes Back


Você pode detesta-lo sem nunca ter lido uma linha do que escreveu. Mas
o articulista Olavo de Carvalho
escreveu dois ótimos artigos (*) essa semana, que recomendo a leitura.
Na pior das hipóteses, os textos estimulam o pensamento, e você
sairá ainda mais convicto! (**)


O
pai dos burros


"Quando explode uma gritaria geral contra a penetração
americana na Amazônia, nenhum jornal ou revista conta ao público
que as ONGs lá presentes são quase todas européias, associadas
ao bloco anti-americano."


"Conclusão: no consenso do jornalismo brasileiro, falsidade
não é defeito, desde que dirigida contra as pessoas certas. Contra
milico, empresário ou político de direita, tudo é permitido."


O
mundo cão da mídia brasileira



"Sobra, portanto, para definir o socialismo, só a coletivização
dos meios de produção. Já que o Houaiss não diz
o que ela é, digo-o eu: é suprimir a existência do poder
econômico independente, concentrando todas as riquezas e o seu controle
nas mãos dos que têm o poder político. Tal é, rigorosamente,
a definição do socialismo: a unificação de poder
econômico e político."


(*) Linkar o site do Olavo não quer dizer que eu seja um "seguidor"
(sic) do mesmo.


(**) Estatisticamente, como quase todo mundo no Brasil é de esquerda,
eu pressuponho que seja o caso do leitor

segunda-feira, 16 de junho de 2003

Coisas do Brasil II


A mega-favela
que a seita marxista MST que pretende fazer (matéria de Capa da Veja)
não lembra um pouco a cidade das maquinas “zero-one” do Animatrix?


E o NYT ainda diz que o Lula tem sombra.


quarta-feira, 11 de junho de 2003

Coisas do Brasil


O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Também
uma das maiores taxas de juros. O governo é o principal responsável
por ambas. O que faz para solucionar o problema? Gasta mais ainda, quer arrecadar
mais ainda, e ainda reclama que os juros estão altos. É exatamente
oposto do que o país precisa, mas ninguém fala no assunto de verdade.
O presidente Lula consegue a façanha de reclamar de si mesmo. É,
ao mesmo tempo, a autoridade máxima, e o representante da luta contra
o poder. Consegue ocupar com desenvoltura o posto de situação
e oposição. Faz oposição ao próprio governo.

terça-feira, 10 de junho de 2003

Os Afro-negros do Brasil



Recentemente vi alguém chamar Machado de Assis de “afro-descendente”.
Ora, o referido autor era, sabidamente, mulato. Em outras palavras, “mestiço”,
“moreno”, ou, como o IBGE gosta de chamar, “pardo”. Todas
essas definições são corretas, mas não são
“politicamente corretas”. Agora querem chamá-lo de “afro-descendente”,
a definição que seria politicamente correta, mas de fato incompleta.
Conforme de costume, a verdade é politicamente incorreta.


Machado era tão euro-descendente quanto afro-descendente. Não
era nem só uma coisa, nem outra, sendo portanto igualmente incompleto
define-lo simplesmente como um ou outro. Esse tipo de definição
“afro-descendente” vem do conceito racista de que “uma gota de
sangue negro torna a pessoa inteiramente negra”. Por isso que nos EUA a
Hale Berry é "negra".


É o caso do americano de etnia claramente branca que descobre que tinha
um bisavô negro e fala: “Oh! Eu sou negro!”. Usando esse critério,
quase qualquer um no Brasil pode se dizer “afro-descendente” como
vem ocorrendo sob o critério de “auto-declaração”.
Provar que alguém no Brasil não tem um ancestral negro não
é nada fácil, até o FHC já fez declarações
nesse sentido.


Não se trata de dizer que “o racismo não existe no Brasil”,
mas apenas que é diferente aqui. Duas coisas podem existir ao mesmo tempo
e serem diferentes. Observar que são diferentes não é o
mesmo que negar a existência de uma delas. Nos EUA praticamente não
existia miscigenação racial e o mero conceito de uma pessoa possuir
mais de uma etnia sequer era avaliado demograficamente até o passado
recente.


De qualquer modo, os cientistas não dizem que toda a espécie
humana veio da áfrica? Não seriamos todos, desse modo, “afro-descendentes”?
E até que pontos devem ser misturados localização geográfica
e cor de pele? Tem muitos brancos na Noruega, e muitos negros no Senegal, mas
existem europeus negros e africanos brancos. Seriam os primeiros “afro-europeus”
e os segundos “euro-africanos”?


Fica difícil saber o que o Machado acharia disso tudo. Mas algo me diz
que ele não seria o fã número um do “politicamente
correto”.

quinta-feira, 5 de junho de 2003

Perguntas


Sexo emburrece?


Ser chato é pecado?

Falando sobre astrologia. Ou como perder amigos.


Quando se toca num tema como astrologia e se dá uma opina, é
resultado quase certo que se vá irritar tanto amigos quanto desconhecidos.
Uma posição favorável vai lhe deixar com um ar de tolo
para os que não acreditam. Uma posição crítica vai
enfurecer aqueles simpáticos ao tema, que vão lhe achar arrogante.
O melhor é não falar nada, ou tomar muito cuidado com as palavras.


Sai recentemente uma edição da Galileu sobre o tema. Alguns se
posicionam a favor, outros contra. Os que falam contra quase sempre começam
falando da "importância histórica" da astrologia, falando
com respeito, de modo a logo de cara minimizar o impacto negativo de sua opinião.
Fazem bem.


No final existem duas opiniões mais longas, uma contra, outra a favor.
A contra foi muito bem escrita, tendo delimitado bem o tema. A matéria
a favor foi escrita por Olavo de Carvalho, tendo sido mais útil para
a entender a posição do mesmo sobre a questão da astrologia,
do que sobre a astrologia propriamente dita. Embora tenha sido bem escrita,
não creio que procedam seus argumentos. Tentou-se de vários modos
a criar uma profundidade que, realmente, não existe. Podemos dizer que
foi no estilo "nem sim, nem não, muito antes pelo contrário".
Então não é cientificamente impossível que astrologia
funciona, ou que não existem provas científicas irrefutáveis
contra esse fato. Mas o mesmo pode ser dito em relação ao coelhinho
da páscoa.


Que o Olavo goste de astrologia, que ache que é algo que possa ajudar
no auto-conhecimento, que aprecia todo o valor historio ou o lado "mitopoético"
da coisa, tudo bem. Mas daí a querer deixar em aberto o valor da coisa
como ciência é um passo muito grande. É interessantíssimo
estudar mitologia grega pelo valor que tem em si só, mas daí a
argumentar a veracidade científica dos deuses gregos vivendo no Olimpio
é um passo muito grande.


A grande questão é, ao contrário do que entende o filósofo,
simples. Ainda que, ad argumentandum tantum, seja teoricamente possível
que os astros exerçam alguma influencia no comportamento humano, nada
mudaria em relação à astrologia. Em primeiro lugar, não
há nada que justifique o que isso tenha a ver com o dia, data e hora
do nascimento das pessoas. Não há relação concebível
entre os dois elementos. Se alguma influencia existe, ou esta se dá de
maneira uniforme para todos, ou os fatores que irão causar a diferenciação
quase certamente nada teriam a ver com data do nascimento. Muito provavelmente,
seriam fatores ambientais, genéticos, psicológicos, geográficos.
Mas a realidade factual é que, conforme o argumento "contra"
da revista afirma, a única força dos astros que causa alguma influencia
na terra é a gravidade.


É um pulo absurdamente grande. Então, "se" a lua influencia
a marés, "então" astrologia funciona? Ou "pode"
funcionar? O caminho não é bem por aí. Para existir como
ciência, ela teria que percorrer o mesmo do rigor do método científico.
Até agora, falhou nesse sentido. Para existir como uma forma de "religião",
algo no qual as pessoas acreditam por fé e não por pesquisa racional,
não depende de ciência. Não estou dizendo que ninguém
não pode acreditar em astrologia. Claro que pode. Apenas não venha
dizer que é algo cientificamente comprovável.

Persuasão e Percepção


Na hora de se argumentar, vale muito mais a percepção do que
a realidade. A pessoa deve perceber o seu argumento como bom, independentemente
de sê-lo ou não. É secundário, quase irrelevante,
a força real de seu argumento. O que realmente vale é o quão
bem você o apresenta. A menos, é claro, que se trate de alguém
com capacidade de pensamento objetivo, racional e lógico e senso crítico,
que foram uma minoria estatisticamente desprezível.

quarta-feira, 4 de junho de 2003

Percepção e Realidade


A trilogia de Matrix trata, entre outras coisas, da diferença entre
percepção e realidade. O mundo não é exatamente
como nos percebemos, e existe uma diferença entre o que percebemos e
a realidade. Trata-se de um conceito simples, mas com diversos desdobramentos
complexos.


Um dos personagens no Matrix original trai seus companheiros porque prefere
a fantasia do Matrix à realidade. No jogo futuro "Matrix Online",
os humanos dentro do Matrix se dividirão entre os que lutam a favor da
liberdade humana e os que lutam para manter seu mundo de ilusão. Não
é nada de surpreendente. Se os humanos já se apeguem a ilusões
tão falsas e difíceis de se manter, o que dizer de ilusões
tão elaboradas.


De uma maneira similar, um argumento que num plano abstrato é bastante
ofensivo pode ser muito bem recebido, e até aceito e repetido, caso seja
bem embalado. Conforme a propaganda dizia, "Com maionese dá".
Um argumento a favor a esta mesma pessoa, que não seja tão educado
ou tão bem embalado, entretanto, pode ser imediatamente rechaçado.
É uma posição irracional, mas tipicamente humana. Saber
manipular esses fatos é essencial na hora da argumentação.

quinta-feira, 10 de abril de 2003


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Freelancer


O que acontece quando você pega o gameplay de jogos clássicos
e coloca trabalhando a seu favor tecnologia moderna? Um excelente jogo. Freelancer
é o encontro do ótimo estilo de jogos como Elite e Wing Commander
Privateer com a moderna tecnologia. O sistema de controle de mouse, duramente
criticado, ficou bom. O jogo não é tão revolucionário
quanto prometia ser inicialmente, mas apresenta sólida jogabilidade com
uma vasta área para explorar, e muita liberdade para jogar.

quarta-feira, 9 de abril de 2003




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In this World


Quem gosta de TV por assinatura já pode ter visto um belíssimo
clipe chamado "In
this World"
do Moby,
que passa toda hora no programa "Music News" nos intervalos da programação
do Canal Sony (segunda vez que falo da Sony em dois dias seguidos, e nem estou
levando cachê!). Eu posso falar que o clip é muito bonitinho e
emocionante, mas nada supera a experiência de assisti-lo.
Uma coisa interessante é que os personagens animados por computador têm
toda a emoção e os humanos, assim como o resto da cidade, compõe
o cenário. Triste, mas esperançoso, vale o download
para os que não vão ver na TV. Outros clipes legais voce pode
ver nessa
página
.

terça-feira, 8 de abril de 2003







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O Patriota


Boa surpresa. Ao contrario de meus preconceitos, "O
Patriota"
esta livre de patriotada. Mel
Gibson
dá uma boa performance, e mata muitos ingleses em batalha,
algo que já provou fazer muito bem em Braveheart.
Também é um pai de uma grande família, algo que coincide
com sua vida real. O filme traz boas performances e uma interessante história
sobre a guerra civil americana. Realmente pegaram pesado e os ingleses fazem
coisas escabrosas, que levam ao relutante herói a se se engajar em uma
luta pela liberdade. E de quebra vingar-se do sádico coronel inglês
que lhe causou profunda tragédia familiar, que se acentua ao final do
filme. A história se passa na época da revolução
americana e o herói é um veterano especialista em combate de guerrilha.
O filme é eficiente em demonstrar a diferença entre o ordenado
combate das tropas regulares e as caóticas estratégias das milícias.
De fato, naquele momento, os casacas-vermelhas ingleses eram praticamente imbatíveis
em uma batalha de campo tradicional. Os americanos tiveram que fazer uso do
terreno e de táticas de





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guerrilha para obter a vitória, fora a providencial ajuda dos franceses.
Quando treinadas e bem utilizadas, as milícias realmente fazem a diferença,
e podem até mesmo causar mais estrago que as tropas regulares. "O
Patriota"
tem boas qualidades e é recomendável para quem
gosta do gênero. Para quem quiser saber de interessantes informações
sobre o filme e os fatos históriocos pode dar uma olhada neste site.


Duelo


Na principal cena de batalha, lá pelo final do filme, ocorre o duelo
entre o herói e o vilão. Cada um utiliza duas armas brancas diferentes,
sendo elas, salvo engano, um sabre de combate e uma adaga para o vilão,
e uma baioneta e um machado tomahawk para o herói. O John
Williams
poderia ter caprichado mais na trilha sonora para esta cena, mas
mesmo assim é uma das boas.


Soldados de chumbo








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Soldados de chumbo tem uma importância simbólica no filme. Curiosamente,
existe uma coleção
de "Figures"
sobre "O
Patriota"
, que pode ser vista aqui.
A imagem do duelo faz parte da coleção.


Conexões


Algumas conexões interessantes do filme. Donal
Logue
(acima), que faz um dos milicianos, "Dan Scott", é
o "Sean Finnerty" da série de TV "Grounded
for Life"
, que passa na Sony nos canais de TV por assinatura. Já
Peter
Woodward
, o segundo em comando dos ingleses, "Charles O'Hara",
faz o papel do personagem "Galen" na obscura sére de TV "Babylon
5: Crusade"
, que aqui no Brasil passou na Warner.


 


 

domingo, 6 de abril de 2003







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A clássica cena de briga entre homem e mulher,
com armas brancas e roupas de couro, no alto de um edifício em
Nova York de madrugada.





Demolidor: B de Bom


 


Vamos pelo que interessa: "Demolidor"
é bem legal! É filme B assumido, mas é um dos bons. Como
Isabela
Boscov
da Veja falou sobre "Malditas
Aranhas"
, é B de Bacana. Jennifer
Garner
é uma daquelas belezas imperfeitas, muito charmosas, e brilha
como Electra. Muita gente, a propósito, se amarrou modelito dominatrix.
Ben Afflect
faz o que sempre faz: sua atuação aqui não vai mudar a
opinião de quem gosta ou não. O departamento de vilões
está bem representado: Colin
Farrell
está ótimo como vilão, totalmente over, lembrando
a atuação de Jeremy
Irons
em "Dungeons
& Dragons"
, e Michael
Clarke Duncan
é convence como Rei do Crime, até pela semelhança
física. O fato de ele ser branco nos quadrinhos e negro no filme é
irrelevante, praticamente imperceptível. O que vale é o tamanho
do sujeito, e da careca também.


O filme é inconstante, e embora alguns momentos sejam realmente bons,
outros são bem fraquinhos. A grande virtude é não ser pretensioso
nem se levar a sério demais. Depois de enfrentar o Demolidor, o assassino
Bullseye promete vingança, mas impõe uma exigência: "Eu
também quero uma fantasia!" Um aspecto interessante em relação
aos outros super-herois do cinema é que o demolidor, pelo menos no começo,
detona os caras maus sem piedade, é um tremendo pega geral. Depois de
uma crise de consciência, lá para o final do filme que ele resolve
que não quer mais detonar os vilões, apenas garantir que sejam
presos, para que possam voltar a perturba-lo no próximo filme. Não
deixa de ser uma necessidade, pois ao contrário do Batman, que uma carteira
diversificada de arquiinimigos, o Demolidor tem poucos. E ainda por cima divide
seu principal Nêmesis com outros heróis.








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Será um preview para o próximo filme?





A propósito, casualmente passeando no Botafogo Praia Shopping eu encontrei
as fantasias utilizadas nas filmagens em exposição na Livraria
Siciliano. A roupa da Electra não realmente não é para
qualquer uma, e o mesmo pode ser dito da fantasia vinho com chifrinhos do Demolidor.
Ficou menos ridículo do que era de se esperar, sendo prova de


que a transição de quadrinhos para a tela de cinema não
é nada fácil no quesito de vestuário. Collant em cores
vivas com sunguinha do lado de fora não é exatamente a quintessência
do vestuário macho, e acertaram ao optar por uma roupa de couro em tons
mais escuros. Até agora só o Christoper
Reeve
conseguiu mandar bem de Super
Homem
com roupa próxima ao original. Os outros heróis, como
os vários Batmans,
o Wolverine,
o Homem Aranha
e o Demolidor se beneficiaram de fantasias mais, digamos, próprias para
o mundo real.


Voltando ao "Demolidor", recomendo o filme para quem gostou dos outros
filmes de super-herói.

sábado, 5 de abril de 2003

Entre a paz e a guerra.







Nos tempos antigos a Guerra era um evento glorificado. Mas o próprio
conceito de guerra era bem diferente do que foi estabelecido no século
passado. Da antiguidade até o séc. XIX, de Alexandre à
Napoleão, as grandes batalhas de campo não duravam mais de um
dia. As guerras eram quase lendárias já que poucos viam de perto
a destruição, eram narradas de maneira quase mítica. Dos
sumérios ao Império Britânico os guerreiros eram heróis
que ocupam locais de prestígio na pirâmide social. O combate também
dependia essencialmente do valor individual, do treinamento, da disciplina,
das táticas, e menos da tecnologia. Isso tudo mudou com a primeira guerra
mundial, com o advento da "guerra total". Todo o país passava
a sofrer os efeitos da guerra. Os avanços tecnológicos determinaram
um aumento gigantesco no potencial destrutivo. A população civil
passou a sentir os efeitos da guerra como nunca antes. Tal realidade ocorreu
devido a um complexo contexto envolvendo novas ideologias nacionalistas, novas
doutrinas militares, e novas tecnologias. Os exércitos tornaram-se verdadeiras
maquinas de matar. Possivelmente, o grande aumento no numero de vidas humanas
destruídas pela guerra pode ter sido o gerador da idéia de pacifismo,
ou seja, de que a guerra não valia a pena.








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Poster frances da primeira guerra mundial






Ao invés de argumentar abstratamente contra a guerra, diversos autores
escolheram o caminho da narrativa dramática, percebendo ser este uma
melhor mídia para o sentimento anti-guerra. Destaco o livro "Nada
de novo no Front Oriental", de Erich Maria Remarque, baseado em suas experiências
como soldado, o filme australiano "Gallipoli", de Peter Weir, e "Glória
feita de sangue" de Stanley Kubrick. "Nada de novo..." deu origem
a dois filmes, cada qual com sua importância específica. O primeiro,
dirigido em 1929 por Lewis Milestone, e o segundo, em 1979 por Delbert Mann.
Esta obra mostra claramente o choque entre os sonhos idealistas dos que iam
a guerra em busca de gloria e a realidade terrível das trincheiras. O
absurdo desperdício de vidas humanas nos dos ataques em massa, os soldados
abatidos aos montes, e a absoluta falta de motivo geram uma desconfortável
sensação de repulsa. Questiona-se, afinal, o que um soldado alemão
tinha, pessoalmente, contra um francês? Houve caso de soldados dos países
beligerantes jogarem uma partida de futebol improvisada na "terra de ninguém"
nos intervalos entre as batalhas e os bombardeiros. Uma hora estão jogando
uma pelada, pouco depois estão se matando, tudo em nome do Estado.


Nacionalismo. Essa é a palavra chave, a principal ideologia da primeira
guerra. O Estado é tudo, o país é tudo, todo sacrifício
é valido. Sobre certo aspecto, era a ideologia de facto única,
com poucas variações. Mesmo a pretensão sobre outros estados
era justificada pelo nacionalismo: a Alemanha planejava controlar países
da Europa oriental por via do "pan-germanismo", enquanto o Império
Russo, utilizava-se, para o mesmo fim, do "pan-eslavismo". Mas a teoria
não importa, é apenas uma justificativa, um elaborado pretexto
para se obter um resultado, ou seja, justificar uma ação do Estado.
Não se lutava pelo Rei, por religião, ou por um ideal, mas pelo
Estado, uma entidade que se pretende onipotente sobre seus cidadãos,
abertamente dispondo de suas vidas e da de seus filhos. Os que tentavam escapar
eram fuzilados como desertores. Os que se recusavam a lutar nos campos de batalha
eram fuzilados como traidores. Sobre essa situação trata "Glória
feita de Sangue", onde se narra uma tentativa de evitar a execução
de soldados franceses que se recusaram a lutar em um fútil ataque. Para
o Estado, o desejo de sobrevivência, ou a ausência do desejo de
morrer por seu nome, é tratado como "Covardia".


"Gallipoli" trata com maestria da futilidade e do puro desperdício
de vidas humanas no dia a dia dos combates. Narra com precisão como a
modorrenta maquina burocrática estatal esmigalha pessoas entre suas engrenagens.
O que vale são as ordens, custe o que custar. Em determinada batalha,
após um pesado bombardeiro, as trincheiras inimigas estão confusas
e desprotegidas, propiciando chances idéias de ataque. Entretanto, o
oficial recusa-se a autorizar o ataque imediatamente por faltarem segundos para
o horário exato da ordem recebida. Durante a espera inútil e estúpida,
os inimigos vão rapidamente reocupando posições defensivas,
preparando armas e apontando as metralhadoras. Quando o ataque é autorizado,
a tropa é previsivelmente dizimada. O desfecho brutal também é
profundamente metafórico, afinal, mais valem alguns segundos, um carimbo,
uma cópia autenticada, uma certidão original em três vias,
do que uma vida humana.


Nenhum das três histórias tem final feliz, mas transmitem bem
suas mensagens anti-guerra. Na primeira guerra mundial, não havia espaço
para individualismo. Quem era cidadão tinha lutar pelo país nos
campos de batalha, era o seu dever. Vinha com o pacote de fazer parte do país,
era uma conduta compulsória. O mero desejo de não morrer era covardia
punível, paradoxalmente, execução, um crime intolerável.
E nem ao menos era uma luta por um ideal nobre, ou pela defesa de valores. Pessoas
eram reduzidas a números nas estatísticas nos campos de batalha.
Nesse clima pesado surgiram diversas correntes pacifistas que reconheciam o
absurdo da situação e pretendia a repetição desses
horrores. Vinham freqüentemente rodeadas de toda sorte de idéias
nobres, mas o principal fator motivador não chegava a ser um paradigma
de profundidade filosófica: o desejo de continuar vivo. Devia negar-se
ao Estado o direito de desperdiçar as vidas de seus jovens.








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O exército alemão na ofensiva.





Infelizmente, ao contrário do que afirma o ditado popular, quando um
não quer, apanha do que quer briga. A liga das nações foi
criada com o nobre princípio não só de evitar, como de
proibir a guerra. Como se sabe, o conceito de paz se provou efetivo entre Estados
Democráticos. Desde aquela época, nunca duas democracias travaram
guerra entre si. Mas o mundo na década de 30 estava em grande parte tomado
por regimes totalitários. Milhões de pessoas viviam sob o julgo
do Nacional Socialismo alemão, o Comunismo Sovitético, o Facismo
Italiano e o regime imperial (nazi-fascismo) Japonês. Os países
da Europa Ibérica e da América Latina, em grande parte, não
tiveram melhor sorte. Militaristas e expansionistas, as principais potencias
não-democráticas não partilhavam do ideal de paz estabelecido
pela Liga das nações. Os soviéticos invadem a Polônia,
mas são rechaçados. Os japoneses invadem a China, e ameaçam
guerra contra as potencias ocidentais. A Alemanha, aliada à União
Soviética, treina em solo russo pilotos para a sua futura Luftwaffe (força
aérea), então proibida pelo tratado de Versalhes. A Itália
faz guerra na áfrica expandido suas fronteiras coloniais.


Os aliados históricos ocidentais, traumatizados a morte e destruição
causadas pela primeira guerra, tentam desesperadamente uma política de
apaziguamento. Mesmo diante da chocante retirada do Japão da liga das
nações, o prospecto de uma nova guerra é por demais aterrador.
A Áustria é anexada, mas a despeito disso persistem os esforços
para evitar-se a guerra. Mesmo sob protestos de Churchill, Chamberlain entrega
à Hitler os Sudetos. A Thecoslovakia, uma razoável potencia militar,
cai sem luta à expansão nazista. Os esforços diplomáticos
pela paz apenas facilitam a expansão do nacional socialismo alemão.
Somente com a invasão da Polônia o fracasso da via diplomática
é reconhecido. As potencias ocidentais declaram a guerra contra a Alemanha
e a Europa, novamente, mergulha em um conflito mortal. São surpreendentemente
aterradores os eventos que se seguem. Os aliados contavam, naquele momento,
com o excepcionalmente bem equipado, embora mal motivado exército francês
e uma significativa força expedicionária inglesa na França.


Contudo, o general francês Gamelin, comandante supremo das forças
aliadas, é por demais cauteloso e faz avanços mínimos em
direção à Alemanha. Ocorre que, naquele exato momento,
o exercito alemão estava majoritariamente lutando para subjugar a Polônia.
Este país era, decerto, uma potencia militar que, cerca de uma década
antes, havia rechaçado uma invasão soviética. As fronteiras
ocidentais da Alemanha estavam extremamente mal protegidas e as forças
aliadas poderiam avançar com velocidade, com excelentes chances de vencer
a guerra. Mas devido a um excesso de cautela, os aliados, anacronicamente atrelados
às estratégias da primeira guerra, avançam lentamente e
se fortificam, confiantes que suas defesas eram impenetráveis. Ao total
despreparo tático uniu-se o temor de reviver os horrores da última
guerra.


Mas o mundo havia mudado, e tática de trincheiras era derradeiramente
obsoleta. A blitzkrieg dominaria a Europa. Rápidas unidades blindadas
móveis venciam as partes fracas da linha inimiga, penetravam em seu território
e levavam toda a frente a um colapso. Essa tática forneceu aos alemães
uma vitória decisiva na Polônia, e logo a Wehrmatch marchava em
velocidade total em direção a França, extinguindo uma grande
oportunidade militar perdida. As táticas caducas dos franceses mostraram-se
absolutamente inúteis, e a Lina Maginot provou ser um monumento ao fracasso.
A falta de desejo de luta francês é tanto que, ao ver que a guerra
estava irremediavelmente sendo perdida, há relatos de membros da população
civil colocando carroças em aeródromos militares para impedir
que bombardeiros levantassem vôo contra a Itália. O general Gamelin
tenta desesperadamente evitar que suas forças sejam flanqueadas, mas
não obtém sucesso. O exercito francês, até então
considerado pelos próprios como o melhor do mundo, entra em colapso.








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Bela foto de um bombardeiro americano na segunda guerra





A derrota não foi propriamente material pois os alemães não
tinham material militar particularmente superior aos franceses. A vitória
vem, principalmente, devido ao uso de táticas militares inovadoras que
negavam todo o modo de lutar do oponente e fazia o melhor uso dos próprios
recursos. Os tanques alemães eram aglutinados em grupos próprios,
as temidas divisões panzer. Os tanques franceses, apesar de não
serem nem ruins nem pouco numerosos como poderia supor o senso comum, estavam
espalhados demais entre as unidades de infantaria para poder oferecer alguma
resistência. Os alemães usavam a infantaria para apoiar os tanques,
o que maximizava sua principal característica, a mobilidade. A tática
francesa consistia praticamente no oposto e teve péssimos resultados.
Os que puderam fugiram para a Inglaterra na retirada de Dunquerque, deixando
o grosso do material bélico aliado fica para trás. Durante 80
dias, a Inglaterra, com um exercito perigosamente desequipado, é o único
país não ocupado a se opor contra o Eixo.


A União Soviética encontrava-se neutra nesse conflito até
ser invadida pela sua então aliada, a Alemanha. Nos EUA, prevalece o
isolacionismo até que o ataque surpresa japonês a Pearl Harbor.
Logo em seguida a Alemanha declara guerra aos EUA. Todos os esforços
por paz falharam. Todas as vias diplomáticas imagináveis, o apaziguamento,
a dissuasão e os acordos de não-agressão, falharam. A inflexibilidade
das potencias ocidentais em não confrontar serviu apenas para renovar
o ímpeto expansionista do Reich alemão. Ao invés de acalmar
os ânimos, apenas encheu-os de recursos e confiança. O pacifismo
dos aliados foi acabou sendo uma perigosa arma de guerra na mão dos nazistas
- a Áustria e a Thecoslovakia foram conquistadas sem guerra. A posição
radicalmente contrária à guerra provou ser perigosamente fútil.
A relutância teve um alto preço. Quando a vontade de luta finalmente
atingiu os aliados, a Europa já havia sucumbido às trevas.


Das cinzas desse conflito surgiu a ONU, com a renovada missão de se
tornar um pólo mediador entre as nações. As lições
da história indicam que o pacifismo não pode ser uma postura inflexível,
a qualquer preço. Não lutar uma guerra pode ter conseqüências
terrivelmente mais graves do que luta-la. Devemos almejar a paz, mas saber quando
for o momento de travar uma guerra. Vacilar num momento crucial pode ter um
custo altíssimo. O desafio consiste em saber quando é a hora de
lutar. Neste novo século, permanece o ideal de que a democracia é
o melhor meio pela busca da paz.

So many games to play, so little time


Eu estou com uma boa quantidade de jogos legais para jogar, e sem tempo. Dei
uma olhadinha em Master of Orion III, e ainda nem instalei o Freelancer. Isso
para não falar de Raven Shield, Splinter Cell e Sim City 4.





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Master
of Orion III
é razoavelmente legal. O jogo pode ter a virtude de
distanciar-se da obra da Simtex. Essa inovação, entretanto, acaba
também sendo um vício. Para que mudar tanto as coisas legais?
O sucesso do MOO2
justamente estava no excelente equilíbrio entre inovar nas partes fracas
do MOO
original, e manter os aspectos positivos. MOO3 mexeu onde não devia,
e acabou piorando. Se no MOO2 você podia pré-ordenar uma penca
de tipos diferentes de produção, está restrito a míseros
três no MOO3. Para que a economia, exatamente? Gerenciar as frotas é
algo esquisito e desnecessariamente complexo e trabalhoso. O jogo foi todo montado
com um sistema e interface bizantino. Se queriam mudar tanto, porque não
deram um nome diferente? O MOO3 deveria manter as partes boas do antecessor,
que ainda é, na minha opinião, o melhor jogo de Grande-Estratégia
Espacial.


O tesão do Master of Orion II: Battle at Antares era justamente que
você gerenciava tudo bonitinho, escolhia as tecnologias a serem pesquisadas
(a menos que você fosse escolhesse uma raça nerd tipo os psilons),
e desenhava as próprias naves. O combate era uma experiência bastante
pessoal, visto que as naves que você desenhou, com a tecnologia que você
desenvolveu, ia para o pau sobre seu comando. Fantástico. No MOO3 tudo
tem um ar impessoal. Para ser totalmente honesto, simplesmente não tem
tanta graça. Mas não chega a ser um jogo ruim - simplesmente não
bateu o melhor. Alias, os graficos 3D são bem fraquinhos, e é
capaz de envelheceram pior que os 2D do anterior.


A propósito, lá vai uma piada infame, corterisa do meu amigo Edmo...


MOO2: BAA. A vaca faz MOO, e a ovelha faz BAA. Engraçado. Hahaha. Pois
é.

quarta-feira, 2 de abril de 2003

Dream Destiny



Luz e trevas. Algo e nada. Ordem e Caos. Zero e um. Um mundo cinza visto por lentes binárias. O certo resiste, escondido, talvez perto do mundo melhor que não seja um bordão.