quinta-feira, 10 de abril de 2003


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Freelancer


O que acontece quando você pega o gameplay de jogos clássicos
e coloca trabalhando a seu favor tecnologia moderna? Um excelente jogo. Freelancer
é o encontro do ótimo estilo de jogos como Elite e Wing Commander
Privateer com a moderna tecnologia. O sistema de controle de mouse, duramente
criticado, ficou bom. O jogo não é tão revolucionário
quanto prometia ser inicialmente, mas apresenta sólida jogabilidade com
uma vasta área para explorar, e muita liberdade para jogar.

quarta-feira, 9 de abril de 2003




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In this World


Quem gosta de TV por assinatura já pode ter visto um belíssimo
clipe chamado "In
this World"
do Moby,
que passa toda hora no programa "Music News" nos intervalos da programação
do Canal Sony (segunda vez que falo da Sony em dois dias seguidos, e nem estou
levando cachê!). Eu posso falar que o clip é muito bonitinho e
emocionante, mas nada supera a experiência de assisti-lo.
Uma coisa interessante é que os personagens animados por computador têm
toda a emoção e os humanos, assim como o resto da cidade, compõe
o cenário. Triste, mas esperançoso, vale o download
para os que não vão ver na TV. Outros clipes legais voce pode
ver nessa
página
.

terça-feira, 8 de abril de 2003







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O Patriota


Boa surpresa. Ao contrario de meus preconceitos, "O
Patriota"
esta livre de patriotada. Mel
Gibson
dá uma boa performance, e mata muitos ingleses em batalha,
algo que já provou fazer muito bem em Braveheart.
Também é um pai de uma grande família, algo que coincide
com sua vida real. O filme traz boas performances e uma interessante história
sobre a guerra civil americana. Realmente pegaram pesado e os ingleses fazem
coisas escabrosas, que levam ao relutante herói a se se engajar em uma
luta pela liberdade. E de quebra vingar-se do sádico coronel inglês
que lhe causou profunda tragédia familiar, que se acentua ao final do
filme. A história se passa na época da revolução
americana e o herói é um veterano especialista em combate de guerrilha.
O filme é eficiente em demonstrar a diferença entre o ordenado
combate das tropas regulares e as caóticas estratégias das milícias.
De fato, naquele momento, os casacas-vermelhas ingleses eram praticamente imbatíveis
em uma batalha de campo tradicional. Os americanos tiveram que fazer uso do
terreno e de táticas de





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guerrilha para obter a vitória, fora a providencial ajuda dos franceses.
Quando treinadas e bem utilizadas, as milícias realmente fazem a diferença,
e podem até mesmo causar mais estrago que as tropas regulares. "O
Patriota"
tem boas qualidades e é recomendável para quem
gosta do gênero. Para quem quiser saber de interessantes informações
sobre o filme e os fatos históriocos pode dar uma olhada neste site.


Duelo


Na principal cena de batalha, lá pelo final do filme, ocorre o duelo
entre o herói e o vilão. Cada um utiliza duas armas brancas diferentes,
sendo elas, salvo engano, um sabre de combate e uma adaga para o vilão,
e uma baioneta e um machado tomahawk para o herói. O John
Williams
poderia ter caprichado mais na trilha sonora para esta cena, mas
mesmo assim é uma das boas.


Soldados de chumbo








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Soldados de chumbo tem uma importância simbólica no filme. Curiosamente,
existe uma coleção
de "Figures"
sobre "O
Patriota"
, que pode ser vista aqui.
A imagem do duelo faz parte da coleção.


Conexões


Algumas conexões interessantes do filme. Donal
Logue
(acima), que faz um dos milicianos, "Dan Scott", é
o "Sean Finnerty" da série de TV "Grounded
for Life"
, que passa na Sony nos canais de TV por assinatura. Já
Peter
Woodward
, o segundo em comando dos ingleses, "Charles O'Hara",
faz o papel do personagem "Galen" na obscura sére de TV "Babylon
5: Crusade"
, que aqui no Brasil passou na Warner.


 


 

domingo, 6 de abril de 2003







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A clássica cena de briga entre homem e mulher,
com armas brancas e roupas de couro, no alto de um edifício em
Nova York de madrugada.





Demolidor: B de Bom


 


Vamos pelo que interessa: "Demolidor"
é bem legal! É filme B assumido, mas é um dos bons. Como
Isabela
Boscov
da Veja falou sobre "Malditas
Aranhas"
, é B de Bacana. Jennifer
Garner
é uma daquelas belezas imperfeitas, muito charmosas, e brilha
como Electra. Muita gente, a propósito, se amarrou modelito dominatrix.
Ben Afflect
faz o que sempre faz: sua atuação aqui não vai mudar a
opinião de quem gosta ou não. O departamento de vilões
está bem representado: Colin
Farrell
está ótimo como vilão, totalmente over, lembrando
a atuação de Jeremy
Irons
em "Dungeons
& Dragons"
, e Michael
Clarke Duncan
é convence como Rei do Crime, até pela semelhança
física. O fato de ele ser branco nos quadrinhos e negro no filme é
irrelevante, praticamente imperceptível. O que vale é o tamanho
do sujeito, e da careca também.


O filme é inconstante, e embora alguns momentos sejam realmente bons,
outros são bem fraquinhos. A grande virtude é não ser pretensioso
nem se levar a sério demais. Depois de enfrentar o Demolidor, o assassino
Bullseye promete vingança, mas impõe uma exigência: "Eu
também quero uma fantasia!" Um aspecto interessante em relação
aos outros super-herois do cinema é que o demolidor, pelo menos no começo,
detona os caras maus sem piedade, é um tremendo pega geral. Depois de
uma crise de consciência, lá para o final do filme que ele resolve
que não quer mais detonar os vilões, apenas garantir que sejam
presos, para que possam voltar a perturba-lo no próximo filme. Não
deixa de ser uma necessidade, pois ao contrário do Batman, que uma carteira
diversificada de arquiinimigos, o Demolidor tem poucos. E ainda por cima divide
seu principal Nêmesis com outros heróis.








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Será um preview para o próximo filme?





A propósito, casualmente passeando no Botafogo Praia Shopping eu encontrei
as fantasias utilizadas nas filmagens em exposição na Livraria
Siciliano. A roupa da Electra não realmente não é para
qualquer uma, e o mesmo pode ser dito da fantasia vinho com chifrinhos do Demolidor.
Ficou menos ridículo do que era de se esperar, sendo prova de


que a transição de quadrinhos para a tela de cinema não
é nada fácil no quesito de vestuário. Collant em cores
vivas com sunguinha do lado de fora não é exatamente a quintessência
do vestuário macho, e acertaram ao optar por uma roupa de couro em tons
mais escuros. Até agora só o Christoper
Reeve
conseguiu mandar bem de Super
Homem
com roupa próxima ao original. Os outros heróis, como
os vários Batmans,
o Wolverine,
o Homem Aranha
e o Demolidor se beneficiaram de fantasias mais, digamos, próprias para
o mundo real.


Voltando ao "Demolidor", recomendo o filme para quem gostou dos outros
filmes de super-herói.

sábado, 5 de abril de 2003

Entre a paz e a guerra.







Nos tempos antigos a Guerra era um evento glorificado. Mas o próprio
conceito de guerra era bem diferente do que foi estabelecido no século
passado. Da antiguidade até o séc. XIX, de Alexandre à
Napoleão, as grandes batalhas de campo não duravam mais de um
dia. As guerras eram quase lendárias já que poucos viam de perto
a destruição, eram narradas de maneira quase mítica. Dos
sumérios ao Império Britânico os guerreiros eram heróis
que ocupam locais de prestígio na pirâmide social. O combate também
dependia essencialmente do valor individual, do treinamento, da disciplina,
das táticas, e menos da tecnologia. Isso tudo mudou com a primeira guerra
mundial, com o advento da "guerra total". Todo o país passava
a sofrer os efeitos da guerra. Os avanços tecnológicos determinaram
um aumento gigantesco no potencial destrutivo. A população civil
passou a sentir os efeitos da guerra como nunca antes. Tal realidade ocorreu
devido a um complexo contexto envolvendo novas ideologias nacionalistas, novas
doutrinas militares, e novas tecnologias. Os exércitos tornaram-se verdadeiras
maquinas de matar. Possivelmente, o grande aumento no numero de vidas humanas
destruídas pela guerra pode ter sido o gerador da idéia de pacifismo,
ou seja, de que a guerra não valia a pena.








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Poster frances da primeira guerra mundial






Ao invés de argumentar abstratamente contra a guerra, diversos autores
escolheram o caminho da narrativa dramática, percebendo ser este uma
melhor mídia para o sentimento anti-guerra. Destaco o livro "Nada
de novo no Front Oriental", de Erich Maria Remarque, baseado em suas experiências
como soldado, o filme australiano "Gallipoli", de Peter Weir, e "Glória
feita de sangue" de Stanley Kubrick. "Nada de novo..." deu origem
a dois filmes, cada qual com sua importância específica. O primeiro,
dirigido em 1929 por Lewis Milestone, e o segundo, em 1979 por Delbert Mann.
Esta obra mostra claramente o choque entre os sonhos idealistas dos que iam
a guerra em busca de gloria e a realidade terrível das trincheiras. O
absurdo desperdício de vidas humanas nos dos ataques em massa, os soldados
abatidos aos montes, e a absoluta falta de motivo geram uma desconfortável
sensação de repulsa. Questiona-se, afinal, o que um soldado alemão
tinha, pessoalmente, contra um francês? Houve caso de soldados dos países
beligerantes jogarem uma partida de futebol improvisada na "terra de ninguém"
nos intervalos entre as batalhas e os bombardeiros. Uma hora estão jogando
uma pelada, pouco depois estão se matando, tudo em nome do Estado.


Nacionalismo. Essa é a palavra chave, a principal ideologia da primeira
guerra. O Estado é tudo, o país é tudo, todo sacrifício
é valido. Sobre certo aspecto, era a ideologia de facto única,
com poucas variações. Mesmo a pretensão sobre outros estados
era justificada pelo nacionalismo: a Alemanha planejava controlar países
da Europa oriental por via do "pan-germanismo", enquanto o Império
Russo, utilizava-se, para o mesmo fim, do "pan-eslavismo". Mas a teoria
não importa, é apenas uma justificativa, um elaborado pretexto
para se obter um resultado, ou seja, justificar uma ação do Estado.
Não se lutava pelo Rei, por religião, ou por um ideal, mas pelo
Estado, uma entidade que se pretende onipotente sobre seus cidadãos,
abertamente dispondo de suas vidas e da de seus filhos. Os que tentavam escapar
eram fuzilados como desertores. Os que se recusavam a lutar nos campos de batalha
eram fuzilados como traidores. Sobre essa situação trata "Glória
feita de Sangue", onde se narra uma tentativa de evitar a execução
de soldados franceses que se recusaram a lutar em um fútil ataque. Para
o Estado, o desejo de sobrevivência, ou a ausência do desejo de
morrer por seu nome, é tratado como "Covardia".


"Gallipoli" trata com maestria da futilidade e do puro desperdício
de vidas humanas no dia a dia dos combates. Narra com precisão como a
modorrenta maquina burocrática estatal esmigalha pessoas entre suas engrenagens.
O que vale são as ordens, custe o que custar. Em determinada batalha,
após um pesado bombardeiro, as trincheiras inimigas estão confusas
e desprotegidas, propiciando chances idéias de ataque. Entretanto, o
oficial recusa-se a autorizar o ataque imediatamente por faltarem segundos para
o horário exato da ordem recebida. Durante a espera inútil e estúpida,
os inimigos vão rapidamente reocupando posições defensivas,
preparando armas e apontando as metralhadoras. Quando o ataque é autorizado,
a tropa é previsivelmente dizimada. O desfecho brutal também é
profundamente metafórico, afinal, mais valem alguns segundos, um carimbo,
uma cópia autenticada, uma certidão original em três vias,
do que uma vida humana.


Nenhum das três histórias tem final feliz, mas transmitem bem
suas mensagens anti-guerra. Na primeira guerra mundial, não havia espaço
para individualismo. Quem era cidadão tinha lutar pelo país nos
campos de batalha, era o seu dever. Vinha com o pacote de fazer parte do país,
era uma conduta compulsória. O mero desejo de não morrer era covardia
punível, paradoxalmente, execução, um crime intolerável.
E nem ao menos era uma luta por um ideal nobre, ou pela defesa de valores. Pessoas
eram reduzidas a números nas estatísticas nos campos de batalha.
Nesse clima pesado surgiram diversas correntes pacifistas que reconheciam o
absurdo da situação e pretendia a repetição desses
horrores. Vinham freqüentemente rodeadas de toda sorte de idéias
nobres, mas o principal fator motivador não chegava a ser um paradigma
de profundidade filosófica: o desejo de continuar vivo. Devia negar-se
ao Estado o direito de desperdiçar as vidas de seus jovens.








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O exército alemão na ofensiva.





Infelizmente, ao contrário do que afirma o ditado popular, quando um
não quer, apanha do que quer briga. A liga das nações foi
criada com o nobre princípio não só de evitar, como de
proibir a guerra. Como se sabe, o conceito de paz se provou efetivo entre Estados
Democráticos. Desde aquela época, nunca duas democracias travaram
guerra entre si. Mas o mundo na década de 30 estava em grande parte tomado
por regimes totalitários. Milhões de pessoas viviam sob o julgo
do Nacional Socialismo alemão, o Comunismo Sovitético, o Facismo
Italiano e o regime imperial (nazi-fascismo) Japonês. Os países
da Europa Ibérica e da América Latina, em grande parte, não
tiveram melhor sorte. Militaristas e expansionistas, as principais potencias
não-democráticas não partilhavam do ideal de paz estabelecido
pela Liga das nações. Os soviéticos invadem a Polônia,
mas são rechaçados. Os japoneses invadem a China, e ameaçam
guerra contra as potencias ocidentais. A Alemanha, aliada à União
Soviética, treina em solo russo pilotos para a sua futura Luftwaffe (força
aérea), então proibida pelo tratado de Versalhes. A Itália
faz guerra na áfrica expandido suas fronteiras coloniais.


Os aliados históricos ocidentais, traumatizados a morte e destruição
causadas pela primeira guerra, tentam desesperadamente uma política de
apaziguamento. Mesmo diante da chocante retirada do Japão da liga das
nações, o prospecto de uma nova guerra é por demais aterrador.
A Áustria é anexada, mas a despeito disso persistem os esforços
para evitar-se a guerra. Mesmo sob protestos de Churchill, Chamberlain entrega
à Hitler os Sudetos. A Thecoslovakia, uma razoável potencia militar,
cai sem luta à expansão nazista. Os esforços diplomáticos
pela paz apenas facilitam a expansão do nacional socialismo alemão.
Somente com a invasão da Polônia o fracasso da via diplomática
é reconhecido. As potencias ocidentais declaram a guerra contra a Alemanha
e a Europa, novamente, mergulha em um conflito mortal. São surpreendentemente
aterradores os eventos que se seguem. Os aliados contavam, naquele momento,
com o excepcionalmente bem equipado, embora mal motivado exército francês
e uma significativa força expedicionária inglesa na França.


Contudo, o general francês Gamelin, comandante supremo das forças
aliadas, é por demais cauteloso e faz avanços mínimos em
direção à Alemanha. Ocorre que, naquele exato momento,
o exercito alemão estava majoritariamente lutando para subjugar a Polônia.
Este país era, decerto, uma potencia militar que, cerca de uma década
antes, havia rechaçado uma invasão soviética. As fronteiras
ocidentais da Alemanha estavam extremamente mal protegidas e as forças
aliadas poderiam avançar com velocidade, com excelentes chances de vencer
a guerra. Mas devido a um excesso de cautela, os aliados, anacronicamente atrelados
às estratégias da primeira guerra, avançam lentamente e
se fortificam, confiantes que suas defesas eram impenetráveis. Ao total
despreparo tático uniu-se o temor de reviver os horrores da última
guerra.


Mas o mundo havia mudado, e tática de trincheiras era derradeiramente
obsoleta. A blitzkrieg dominaria a Europa. Rápidas unidades blindadas
móveis venciam as partes fracas da linha inimiga, penetravam em seu território
e levavam toda a frente a um colapso. Essa tática forneceu aos alemães
uma vitória decisiva na Polônia, e logo a Wehrmatch marchava em
velocidade total em direção a França, extinguindo uma grande
oportunidade militar perdida. As táticas caducas dos franceses mostraram-se
absolutamente inúteis, e a Lina Maginot provou ser um monumento ao fracasso.
A falta de desejo de luta francês é tanto que, ao ver que a guerra
estava irremediavelmente sendo perdida, há relatos de membros da população
civil colocando carroças em aeródromos militares para impedir
que bombardeiros levantassem vôo contra a Itália. O general Gamelin
tenta desesperadamente evitar que suas forças sejam flanqueadas, mas
não obtém sucesso. O exercito francês, até então
considerado pelos próprios como o melhor do mundo, entra em colapso.








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Bela foto de um bombardeiro americano na segunda guerra





A derrota não foi propriamente material pois os alemães não
tinham material militar particularmente superior aos franceses. A vitória
vem, principalmente, devido ao uso de táticas militares inovadoras que
negavam todo o modo de lutar do oponente e fazia o melhor uso dos próprios
recursos. Os tanques alemães eram aglutinados em grupos próprios,
as temidas divisões panzer. Os tanques franceses, apesar de não
serem nem ruins nem pouco numerosos como poderia supor o senso comum, estavam
espalhados demais entre as unidades de infantaria para poder oferecer alguma
resistência. Os alemães usavam a infantaria para apoiar os tanques,
o que maximizava sua principal característica, a mobilidade. A tática
francesa consistia praticamente no oposto e teve péssimos resultados.
Os que puderam fugiram para a Inglaterra na retirada de Dunquerque, deixando
o grosso do material bélico aliado fica para trás. Durante 80
dias, a Inglaterra, com um exercito perigosamente desequipado, é o único
país não ocupado a se opor contra o Eixo.


A União Soviética encontrava-se neutra nesse conflito até
ser invadida pela sua então aliada, a Alemanha. Nos EUA, prevalece o
isolacionismo até que o ataque surpresa japonês a Pearl Harbor.
Logo em seguida a Alemanha declara guerra aos EUA. Todos os esforços
por paz falharam. Todas as vias diplomáticas imagináveis, o apaziguamento,
a dissuasão e os acordos de não-agressão, falharam. A inflexibilidade
das potencias ocidentais em não confrontar serviu apenas para renovar
o ímpeto expansionista do Reich alemão. Ao invés de acalmar
os ânimos, apenas encheu-os de recursos e confiança. O pacifismo
dos aliados foi acabou sendo uma perigosa arma de guerra na mão dos nazistas
- a Áustria e a Thecoslovakia foram conquistadas sem guerra. A posição
radicalmente contrária à guerra provou ser perigosamente fútil.
A relutância teve um alto preço. Quando a vontade de luta finalmente
atingiu os aliados, a Europa já havia sucumbido às trevas.


Das cinzas desse conflito surgiu a ONU, com a renovada missão de se
tornar um pólo mediador entre as nações. As lições
da história indicam que o pacifismo não pode ser uma postura inflexível,
a qualquer preço. Não lutar uma guerra pode ter conseqüências
terrivelmente mais graves do que luta-la. Devemos almejar a paz, mas saber quando
for o momento de travar uma guerra. Vacilar num momento crucial pode ter um
custo altíssimo. O desafio consiste em saber quando é a hora de
lutar. Neste novo século, permanece o ideal de que a democracia é
o melhor meio pela busca da paz.

So many games to play, so little time


Eu estou com uma boa quantidade de jogos legais para jogar, e sem tempo. Dei
uma olhadinha em Master of Orion III, e ainda nem instalei o Freelancer. Isso
para não falar de Raven Shield, Splinter Cell e Sim City 4.





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Master
of Orion III
é razoavelmente legal. O jogo pode ter a virtude de
distanciar-se da obra da Simtex. Essa inovação, entretanto, acaba
também sendo um vício. Para que mudar tanto as coisas legais?
O sucesso do MOO2
justamente estava no excelente equilíbrio entre inovar nas partes fracas
do MOO
original, e manter os aspectos positivos. MOO3 mexeu onde não devia,
e acabou piorando. Se no MOO2 você podia pré-ordenar uma penca
de tipos diferentes de produção, está restrito a míseros
três no MOO3. Para que a economia, exatamente? Gerenciar as frotas é
algo esquisito e desnecessariamente complexo e trabalhoso. O jogo foi todo montado
com um sistema e interface bizantino. Se queriam mudar tanto, porque não
deram um nome diferente? O MOO3 deveria manter as partes boas do antecessor,
que ainda é, na minha opinião, o melhor jogo de Grande-Estratégia
Espacial.


O tesão do Master of Orion II: Battle at Antares era justamente que
você gerenciava tudo bonitinho, escolhia as tecnologias a serem pesquisadas
(a menos que você fosse escolhesse uma raça nerd tipo os psilons),
e desenhava as próprias naves. O combate era uma experiência bastante
pessoal, visto que as naves que você desenhou, com a tecnologia que você
desenvolveu, ia para o pau sobre seu comando. Fantástico. No MOO3 tudo
tem um ar impessoal. Para ser totalmente honesto, simplesmente não tem
tanta graça. Mas não chega a ser um jogo ruim - simplesmente não
bateu o melhor. Alias, os graficos 3D são bem fraquinhos, e é
capaz de envelheceram pior que os 2D do anterior.


A propósito, lá vai uma piada infame, corterisa do meu amigo Edmo...


MOO2: BAA. A vaca faz MOO, e a ovelha faz BAA. Engraçado. Hahaha. Pois
é.

quarta-feira, 2 de abril de 2003

Dream Destiny



Luz e trevas. Algo e nada. Ordem e Caos. Zero e um. Um mundo cinza visto por lentes binárias. O certo resiste, escondido, talvez perto do mundo melhor que não seja um bordão.