sexta-feira, 29 de abril de 2005

É verdade absoluta, pode dizer

Para que não houvesse verdade absoluta, o relativismo deveria ser absoluto, contradizendo-se.



A idéia que não existe verdade não pode ser verdadeira, ou negaria a si mesma.



Para que fosse verdade que cada um tenha a própria verdade, essa verdade teria que ser universal.


quinta-feira, 28 de abril de 2005

O que aconteceu com os blogs de direita?

Foi um fenômeno raro no Brasil, permitido pelo potencial de liberdade editorial ilimitada da Internet. Era lindo de se ver. Das sombras da dominação do totalitarismo cultural de esquerda surgiam destemidos indivíduos formidáveis, os blogueiros de direita. Os melhores, os mais inteligentes e articulados. Críticos, opinativos, brilhantes. A verdadeira contra-cultura, independente, underground. Foi-se o tempo.


A Direita que defende as Liberdades. A Direita que se opunha a todas as formas de totalitarismo, coletivismo, socialismo, autoritarismo. A Direita que era contra a demagogia, o populismo, o relativismo, o dirigismo.


Agora se parecem irrelevantes como uma revista Bundas, ou um novo Pasquim. Como se sua relevância irradiasse apenas das glórias do passado. Não sei se o Pasquim era tão bom antes. Mas os blogs de Direita eram.


O que foi conseguido? Pouco. Para o marxismo cultural que, para todos os efeitos, ainda vigente nas redações, editoras e universidades, a liberdade de pensamento é coisa de “fascista”. Censura do pensamento oposto é o pináculo da democracia. E é por aí que a coisa vai.


Antes, os blogueiros de direita eram um quebra-gelo rompendo a presença monolítica da hegemonia esquerdista cultural na expressão escrita do Brasil. Comentários brilhantes deram lugar a trocadilhos infames. Ensaios sobre os clássicos foram trocados pela repetição monótona de chavões. Instigantes investigações sobre geopolítica foram substituídas por piadinhas quanto às últimas gafes do presidente. O que aconteceu?

quinta-feira, 21 de abril de 2005

Polêmica de quem não tem nada a dizer

Existe uma comunidade de 'católicos' (nem sei se o termo se aplica) que não reconhecem Bento XVI no Orkut.



Descrição



"Para os que não crêm unam-se a nois no grito ante reacionario que regeita a imposissão e a dominação."



O baixo nível intelectual só é superado pelo baixo nível teológico. Ou o contrário. O debate continua.



Deveras curioso, isso. Compreender a coerência da posição do Papa não prescindede religiosidade católica, visto que até mesmo, como o Diogo Mainardi ou esse aqui, possam ao menos conceber isso com um nível razoável de honestidade intelectual.

quarta-feira, 20 de abril de 2005

Meditação

Quanto aos tristes momentos desprendidos pelos críticos de plantão contrários ao Papa, uma meditação.



Não se pode servir a dois senhores, pois se odiará um e amará ao outro. O Papa serve a Cristo. Será odiado por quem tem outros senhores. Será difamado, injuriado e perseguido, conforme foi prometido. E por isto será abençoado.

terça-feira, 19 de abril de 2005

A homilia do Cardeal

Esta foi a Homilia da Missa de abertura do Conclave, proferida pelo Cardeal Joseph Ratzinger, agora Papa Bento XVI.


"Nesta hora de grande responsabilidade, escutamos com particular atenção aquilo que o Senhor nos diz com as suas próprias palavras. Das três leituras, queria escolher apenas algumas passagens que nos dizem diretamente respeito, num momento como este.


A primeira leitura oferece um retrato profético da figura do Messias – um retrato que ganha todo o seu significado quando Jesus lê este texto na sinagoga de Nazaré, e diz: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura» (Lc 4, 21). No centro deste texto profético, encontramos uma palavra que – pelo menos à primeira vista – parece contraditória. O Messias, falando de Si mesmo, diz que foi enviado «a proclamar o ano da graça do Senhor, o dia da vingança da parte do nosso Deus» (Is 61, 2).


Escutemos, com alegria, o anúncio do ano da misericórdia: a misericórdia divina põe um limite ao mal – disse-nos o Santo Padre. Jesus Cristo é a Misericórdia divina em pessoa: encontrar Cristo significa encontrar a misericórdia de Deus.


O mandato de Cristo tornou-se o nosso mandato, através da unção sacerdotal; somos chamados a promulgar – não só com palavras, mas com a vida, e com os sinais eficazes dos sacramentos, «o ano de misericórdia do Senhor».


Mas o que é que Isaías quer dizer quando anuncia o «dia da vingança do nosso Deus»? Jesus, em Nazaré, na sua leitura do texto profético, não pronunciou estas palavras – concluiu anunciando o ano da misericórdia. Foi talvez, este o motivo do escândalo que se gerou depois da sua pregação? Não o sabemos.


De qualquer modo, o Senhor ofereceu o seu comentário autêntico relativamente a estas palavras com a morte de cruz. «Ele levou os nossos pecados em seu Corpo, sobre o madeiro…», diz S. Pedro (1 Pe 2, 24). E S. Paulo escreve aos Gálatas: «Cristo resgatou-nos da maldição da Lei, ao fazer-Se maldição por nós, pois está escrito: “Maldito seja todo aquele que é suspenso no madeiro”. Isto para que a bênção de Abraão chegasse até aos gentios, em Cristo Jesus, para recebermos a promessa do Espírito, por meio da fé» (Gl 3, 13 ss.). A misericórdia de Cristo não é uma graça que se pode comprar por baixo preço, não supõe a banalização do mal. Cristo carrega no seu Corpo e na sua Alma todo o peso do mal, toda a sua força destruidora. Ele queima e transforma o mal no sofrimento, no fogo do seu amor sofredor.


O dia da vingança e o ano da misericórdia coincidem no Mistério Pascal, em Cristo morto e ressuscitado. Esta é a vingança de Deus: Ele mesmo, na Pessoa do Filho, sofre por nós.


Quanto mais somos tocados pela misericórdia do Senhor, tanto mais entramos em solidariedade com o seu sofrimento – tornamo-nos disponíveis para completar na nossa carne «o que falta à Paixão de Cristo» (Cl 1, 24).


Passemos à segunda Leitura, à Carta aos Efésios. Aqui, trata-se, essencialmente, de três coisas: em primeiro lugar, dos ministérios e dos carismas na Igreja, como dons do Senhor ressuscitado e que subiu ao Céu; em seguida, trata-se do amadurecimento da fé e do conhecimento do Filho de Deus, como condição e conteúdo da unidade no corpo de Cristo; e, por fim, trata-se da participação comum no crescimento do Corpo de Cristo, isto é, da transformação do mundo na comunhão com o Senhor. Detenhamo-nos apenas sobre dois pontos.


O primeiro é o caminho para «a maturidade de Cristo» - assim diz o texto italiano, simplificando um pouco. Segundo o texto grego, devemos mais precisamente falar da «medida da plenitude de Cristo», à qual somos chamados a atingir, para sermos realmente adultos na fé. Não devemos permanecer crianças na fé, em estado de menoridade. E em que é que consiste ser crianças na fé? Responde S. Paulo: significa ser «batidos pelas ondas e levados ao sabor de qualquer vento de doutrina…» (Ef 4, 14). Uma descrição muito atual! Quantos ventos de doutrina conhecemos nestes últimos decênios, quantas correntes ideológicas, quantos modos de pensamento… A pequena barca do pensamento de muitos cristãos foi não raro agitada por estas ondas – lançada dum extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até ao ponto de chegar à libertinagem; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo e por aí adiante.


Todos os dias nascem novas seitas e cumpre-se assim o que S. Paulo disse sobre o engano dos homens, sobre a astúcia que tende a induzir ao erro (cf. Ef 4, 14). Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é freqüentemente catalogado como fundamentalismo, ao passo que o relativismo, isto é, o deixar-se levar «ao sabor de qualquer vento de doutrina», aparece como a única atitude à altura dos tempos atuais. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que usa como critério último apenas o próprio «eu» e os seus apetites.


Nós, pelo contrário, temos um outro critério: o Filho de Deus, o verdadeiro homem. É Ele a medida do verdadeiro humanismo. Não é «adulta» uma fé que segue as ondas da moda e a última novidade; adulta e madura é antes uma fé profundamente enraizada na amizade com Cristo. É esta amizade que se abre a tudo aquilo que é bom e que nos dá o critério para discernir entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre engano e verdade.


Devemos amadurecer esta fé adulta. A esta fé devemos guiar o rebanho de Cristo. E é esta fé – e somente a fé – que cria unidade e se realiza na caridade. Em contraste com as contínuas peripécias daqueles que são como crianças batidas pelas ondas, S. Paulo oferece-nos a este propósito uma bela palavra: praticar a verdade na caridade, como fórmula fundamental da existência cristã. Em Cristo, verdade e caridade coincidem. Na medida em que nos aproximamos de Cristo, assim também na nossa vida, verdade e caridade se fundem. A caridade sem a verdade seria cega; a verdade sem a caridade seria como «um címbalo que tine» (1 Cor 13, 1).


Vejamos agora o Evangelho, de cuja riqueza queria extrair apenas duas pequenas observações. O Senhor dirige-nos estas maravilhosas palavras: «Já não vos chamo servos… mas chamei-vos amigos» (Jo 15, 15). Tantas vezes sentimos que somos – e é verdade – apenas servos inúteis (cf. Lc 17, 10). E não obstante isto, o Senhor chama-nos amigos, faz-nos seus amigos, dá-nos a sua amizade. O Senhor define a amizade de um duplo modo. Não existem segredos entre amigos: Cristo diz-nos tudo quanto escuta do Pai; dá-nos toda a sua confiança e, com a confiança, também o conhecimento. Revela-nos o seu rosto, o seu coração. Mostra-nos a sua ternura por nós, o seu amor apaixonado que vai até à loucura da cruz. Confia-se a nós, dá-nos o poder de falar com o seu Eu: «Isto é o meu Corpo…», «Eu te absolvo…». Confia o seu Corpo, a Igreja a nós.


Confia às nossas débeis mentes, às nossas débeis mãos a sua Verdade – o mistério de Deus Pai, Filho e Espírito Santo; o mistério do Deus que «amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho unigênito» (Jo 3, 16). Fez de nós seus amigos – e nós, como respondemos?


O segundo elemento, com que Jesus define a amizade é a comunhão das vontades. «Idem velle – idem nolle», era também para os Romanos a definição de amizade. «Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando» (Jo 15, 14). A amizade com Cristo coincide com aquilo que o terceiro pedido do Pai-Nosso exprime: «Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu». Na hora do Getsêmani, Jesus transformou a nossa vontade humana rebelde em vontade conforme e unida à vontade divina. Sofreu todo o drama da nossa autonomia – e é exatamente pondo a nossa vontade nas mãos de Deus, que nos dá a verdadeira liberdade: «Não se faça como Eu quero, mas como Tu queres» (Mt 26, 39). Nesta comunhão das vontades, realiza-se a nossa Redenção: ser amigos de Jesus, tornar-se amigos de Deus. Quanto mais amamos Jesus, tanto mais O conhecemos, tanto mais cresce a nossa verdadeira liberdade, cresce a alegria de ser redimidos. Obrigado Jesus, pela tua amizade!


O outro elemento do Evangelho que queria acenar é o discurso de Jesus sobre o dar fruto: «Fui Eu que vos escolhi e vos destinei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15, 16). Aparece aqui o dinamismo da existência do cristão, do apóstolo: Escolhi-vos para que vades… Devemos animar-nos nesta santa inquietação: a inquietação de levar a todos o dom da fé, da amizade com Cristo. Em verdade, o amor, a amizade de Deus foi-nos dada para que chegue também aos outros. Recebemos a fé para a dar a outros – somos sacerdotes para servir outros. E devemos dar um fruto que permaneça.


Todos os homens querem deixar um rasto que permaneça. Mas o que é que permanece? O dinheiro não. Os edifícios também não; muito menos os livros. Após um certo tempo, mais ou menos longo, todas estas coisas desaparecem. A única coisa que permanece eternamente é a alma humana, o homem criado por Deus para a eternidade.


O fruto que permanece é, portanto, aquilo que semeamos nas almas humanas – o amor, o conhecimento; o gesto capaz de tocar o coração; a palavra que abre a alma à alegria do Senhor.


Então vamos e rezemos ao Senhor para que nos ajude a dar fruto, um fruto que permaneça. Somente assim a terra se transforma de vale de lágrimas, em jardim de Deus.


Enfim, voltemos mais uma vez, à Carta aos Efésios. A Carta diz – com as palavras do Salmo 68 – que Cristo, tendo subido ao Céu, «distribuiu dons pelos homens» (Ef 4, 8).


O Vencedor distribui dons. E estes dons são apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. O nosso ministério é um dom de Cristo aos homens, para construir o seu Corpo – o mundo novo. Vivamos o nosso ministério assim, como dom de Cristo para os homens! Mas nesta hora, sobretudo, rezemos com insistência ao Senhor, para que depois do grande dom do Papa João Paulo II, nos dê novamente um Pastor segundo o seu coração, um Pastor que nos leve ao conhecimento de Cristo, ao seu amor, à verdadeira alegria. Amém."


Fonte: CNBB


Deus abençoe o Papa Bento XVI!

É raramente que temos o privilégio de vera ortodoxia católica sendo coroada por um ato humano-divino de proporções históricas testemunhado por todas as nações do mundo. Comemoremos!

domingo, 17 de abril de 2005

Realmente Incríveis

Comprei o DVD Os Incríveis. Sim, comprei, na era do bittorrent. Trata-se de uma obra-prima, de um clássico. Porque não se fazem filmes bons assim? Ora, seria injusto pedir que todos os filmes sejam tão bons – se todos os filmes forem super, então nenhum é.


Oscar, Globo de Ouro, Festival disso, daquilo. Prêmio demais, e filme bom de menos. Deviam dar os prêmios ad hoc, na espera de um filme bom. E alguém pode explicar como Os Incríveis não concorreu para melhor filme, direção e roteiro? Novas formas de celebrar a mediocridade, indeed.


Ah, tem mais uma coisa. Quando eu entro num desses carrinhos 1.0 me sinto como o Mr. Incredible. Até o carro-de-super-herói tiraram deles. Usam carros normais, voam em aviões do governo, fazem um rocket drop de um trailler. Ora, que indignidade para com os heróis.


O DVD tem extras, em Edna Mode, tem um curta O ataque do Jack Jack (Zezé, por estas terras). Go get it.


Bom, para não ficar de mãos abanando, aqui tem uma foto da Elastigirl com o Brad Bird.

segunda-feira, 11 de abril de 2005

Se Piratas do Caribe fosse um filme brasileiro

Piratas da Rio Branco: A Maldição da Pérola Negra

2005, cor, Brasil

Direção: Walter Salles

Produção: Robert Redford


João Pombo ... Jack Sparrow

Viradeiro ... Will Turner

Bete Ganso ... Elizabeth Sawn

Capt. Noronha ... Capt. Norrington

Barbudo ... Barbossa


Brasil. Uma terra de contrastes. Uma terra de desigualdades. Na selva de pedra do capitalismo selvagem, um homem se levanta contra as injustiças da sociedade. (Essa é a introdução para metade dos filmes brasileiros. A outra metade muda "selva de pedra" por "caatinga", "floresta amazonica", "centro de Botucatu", etc)


João Pombo (Rodrigo Santoro, em drag) é um camelô que vende CDs piratas e chega numa Kombi no centro do Rio com sua "mercadoria".


Viradeiro (Eduardo Moscovis) trabalha honestamente vendendo muamba numa loja de informática.


Catp. Noronha (Dan Stulbach) ganha a vida honestamente reprimindo, toda semana, a pirataria de computadores e as muambas.


Bete Ganso (Uma dessas atrizes que faz malhação) é a cachorra do Capt. Noronha, mas também sai com o Viradeiro. O filme causa polêmica a usar uma garota de 17 anos em cenas de gosto questionável, e o filme sofre intervenção do Sírio Darlan. Tudo se resolve, claro, na amizade, porque ela faz 18 anos durante as filmagens.


Barbudo (Tony Tornado, numa performance memorável) é o chefe da pirataria local que havia roubado os pontos de João Pombo. Mas ao roubar CDs piratas amaldiçoados da Joselina Pérola Negra, está vagando sem eira nem beira.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

A Esperança Católica

A cerimônia do funeral do Papa João Paulo II foi uma das visões mais bonitas. A forte Emoção dos católicos. Milhões de peregrinos que se juntaram numa das maiores manifestações religiosas da era moderna. A estética. A missa rezada em frente da Basílica de São Pedro marcando a vida do Papa. A esperança da Ressureição. Não é o fim para o Papa, mas é apenas o começo. O povo pede: "Santo Subito". Cardeais rezando em Latim com suas vestes vermelhas, e Patriarcas das Igrejas Orientais, com seu colorido, em Grego. Toda a majestade do vaticano, e toda a humildade de um simples caixão de madeira.


Podemos meditar sobre algumas das virtudes de Karol Wojtyla. Obteve o respeito não apenas de seus seguidores, mas dos que discordavam. Um dos pesos sobre o ocupante do Trono de Pedro é anunciar a Boa Nova para o Mundo. E foi isso que testemunhamos nesta ocasião, como há muito não se via. Todo o mundo prestou homenagem ao Vigário de Cristo. Líderes de todas as crenças e nações, inclusive rivais, pacificamente render sua homenagem ao Santo Padre.


Resta agora aos fiéis rezarem para que o Espírito Santo ilumine o Conclave na escolha do novo Papa. Que este momento seja o início de muitas vidas em Cristo.

A Liberdade Católica

Para que se possa compreender o tipo de pressão exercida sobre os pontífices pelos que clamam por reforma, aqueles resmungos que ecoam pela mídia e por bocas que não devem saber o que falam, sugiro a leitura do artigo “St. Peter in Chains” da revista Spectator.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Religião e Política

Atribuir qualquer alinhamento político para Cristo é de uma petulância absurda. Nós é que temos que tentar ser próximos a Cristo, e não tentar puxar Cristo para próximo do nosso alinhamento político.



Ideologia é a idolatria moderna. Socialismo é apenas uma delas. Pouco importa se você chama isso de “direita”, “esquerda” ou “centro”.


Um Sistema coletivista sempre é ruim. Sempre é totalitário. Uma democracia liberal pode ser boa, mas apenas tão boa quanto o povo, a cultura que a compõe.



Mas o sistema nunca é bom em si. Alguns sistemas econômicos e políticos que prezem a liberdade apenas permitem que o bem se manifeste de forma mais forte.



Seguir Cristo é uma ato de vontade, uma decisão que de ver tomada de modo livre.



Socialismo, esquerdismo, e similares querem as coisas na base da marra, sempre. Querem fazer caridade com dinheiro alheio. Querem que se distribuir a riqueza dos outros à força. Sempre na base da coerção, de preferência estatal. Sempre com ganho pessoal, também. Dirigentes de ONG e políticos de esquerda bem sucedidos são todos ricos, ganham muito melhor que um empresário médio. Isto simplesmente não é certo. Não existe virtude na caridade violenta – a atividade Estatal nesse sentido sempre é violenta, baseada na ameaça de retaliação. O que foi forçado sequer é caridade. Não existe solidariedade à força.


O que existe são palavras bonitas e falsas, silogismos, enganação. Fruto do insidioso desejo de transformar o cristianismo num socialismo politicamente correto, vazio de conteúdo espiritual. Destruir pela corrupção das idéias o que não se conseguiu destruir na violência.


Chamam o Papa de Conservador apenas porque ele deseja conservar a doutrina da Igreja. Não tem nada a ver políticas "modernas" pós-Revolução Francesa e seus conceitos políticos de esquerda e direita.


O Cristianismo está fora desse esquema mesquinho de idéias do Séc. XX. A Eugenia está ai – é um retorno à ordem pré-cristã do mundo. Assim como bárbaros, matam-se os que são considerados um estorvo. Claro, agora com palavras bonitas, maquiando o assassinato para as sensibilidades modernas. É a cultura da morte. As duas ideologias totalitárias do Séc. XX pregavam a Eugenia. Ambas foram destruídas. Destruir um império, um país, um exercito, é mais fácil que destruir suas idéias. Pode ser tomado numa guerra ou implodir na própria podridão. Estão em escombros, mas suas idéias podem continuar fortes, com outros nomes, outras roupagens. Lobo na pele de cordeiro é o truque mais velho do mundo. Mas a historia nos ensina que estes ficaram velhos porque funcionam.

segunda-feira, 4 de abril de 2005

A teoria do Amor

O amor existe ou não existe. Não existe meio amor, amor dúbio, amor indeciso. Não se deixa de amar.


Essa é minha teoria. Desconfio que o amor é diferente das demais emoções humanas. Deus ama, e deu ao homem essa capacidade. Mesmo sendo um amor humano e imperfeito, tem características excepcionais.


O amor não é mero conjunto de reações neuroquímicas no cérebro; transcende a interação de neuroreceptores e feromôneos. O amor não está restrito as leis do universo físico, como o tempo. O amor existe no eterno. Portanto, não é possível deixar de amar alguém. A não-existência do sentimento nega-lo-ia na eternidade. O amor verdadeiro existia antes do mundo, existe agora e existirá para sempre. Mesmo que todos os sóis do universo se apaguem, o amor continuará.


***


When the heart is broken the stomach commands the mind.


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A paixão esconde os defeitos. O tempo os faz aparecer.

sábado, 2 de abril de 2005

O Papa


Está de volta com O Criador

sexta-feira, 1 de abril de 2005

Broken

Você não tem noção do que é esse momento eterno queimando no meu cortex. Essa ferida aberta jorrando fel ardido e pustulento na minh'alma.


Quebrar? Nunca. Now matter how fucking horrible, to give in to despair is the worst sin. Broken? Never.


April's Fool? What a fucking joke.