quinta-feira, 28 de abril de 2005

O que aconteceu com os blogs de direita?

Foi um fenômeno raro no Brasil, permitido pelo potencial de liberdade editorial ilimitada da Internet. Era lindo de se ver. Das sombras da dominação do totalitarismo cultural de esquerda surgiam destemidos indivíduos formidáveis, os blogueiros de direita. Os melhores, os mais inteligentes e articulados. Críticos, opinativos, brilhantes. A verdadeira contra-cultura, independente, underground. Foi-se o tempo.


A Direita que defende as Liberdades. A Direita que se opunha a todas as formas de totalitarismo, coletivismo, socialismo, autoritarismo. A Direita que era contra a demagogia, o populismo, o relativismo, o dirigismo.


Agora se parecem irrelevantes como uma revista Bundas, ou um novo Pasquim. Como se sua relevância irradiasse apenas das glórias do passado. Não sei se o Pasquim era tão bom antes. Mas os blogs de Direita eram.


O que foi conseguido? Pouco. Para o marxismo cultural que, para todos os efeitos, ainda vigente nas redações, editoras e universidades, a liberdade de pensamento é coisa de “fascista”. Censura do pensamento oposto é o pináculo da democracia. E é por aí que a coisa vai.


Antes, os blogueiros de direita eram um quebra-gelo rompendo a presença monolítica da hegemonia esquerdista cultural na expressão escrita do Brasil. Comentários brilhantes deram lugar a trocadilhos infames. Ensaios sobre os clássicos foram trocados pela repetição monótona de chavões. Instigantes investigações sobre geopolítica foram substituídas por piadinhas quanto às últimas gafes do presidente. O que aconteceu?

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