terça-feira, 29 de junho de 2004

O teste da ciência e da religião

(original
em inglês)

por Gene Callahan


Um tema recorrente na cultura ocidental desde o iluminusmo foi que a religião
é inimiga do progresso científico. Para testar seu conhecimento
da profundidade do problema, foi elaborado o seguinte teste. As respostas estão
no final, mas tentem não olhar.


1. Quando Galileu enfrentou a inquisição, defendeu que a terra
se movia em torno do sol, enquanto a inquisição acreditava que
o sol se movia em torno da terra. De acordo com a ciência moderna:


a) A inquisição estava correta

b) Galileu estava correto

c) nenhum estava mais ou mais menos correto do que o outro


2. Colombo teve que lutar a doutrina católica estabelecida que a terra
era plana antes que pudesse persuadir qualquer um para apoiar sua tentativa
de alcançar as Índias em 1492:


a) verdadeiro

b) falso


3. A Igreja Católica afirma que:


a) o ensino da evolução é um pecado

b) a idéia da evolução é perfeitamente compatível
com doutrina católica


4. O modelo geocêntrico do sistema solar era um elemento importante da
doutrina cristã, porque dava mais importância do homem, colocando-o
no centro do universo:


a) verdadeiro

b) falso


5. Kepler foi movido a endossar o sistema solar heliocêntrico baseado
em princípios objetivos e científicos, mais do que por uma opinião
religiosa:


a) verdadeiro

b) falso


6. Todos sabem que a religião é inimiga do pensamento científico
livre, como pode ser evidenciado pelo grande número de grandes cientistas
que são ateus. Identifique os ateus na seguinte lista:


a) Aristóteles

b) Francis Bacon

c) Galileu

d) Descartes

e) Pascal

f) Newton

g) Robert Boyle

h) Michael Faraday

i) Joseph Clerk Maxwell

j) Gregor Mendel

k) Louis Pasteur

l) Max Planck

m) Albert Einstein


7. De acordo com o Dalai Lama, quando a ciência contradiz o budismo:


a) a ciência deve ter feito um erro

b) as palavras do Buda devem ser emendadas


8. A volta científica substituiu o conceito de mundo da idade média,
baseado quase inteiramente na fé, com um conceito de mundo em que a fé
quase não faz parte:


a) verdadeiro

b) falso


 


Respostas

1. c. Como Alfred North Whitehead coloca: "Galileu disse que os movimentos
da terra e que o sol é fixo; o inquisição disse que a terra
é fixa e os movimentos do sol; e os astrônomos newtonianos…
disseram que o sol e a terra se movem. Mas agora nós dizemos que qualquer
destas três indicações é igualmente verdadeira, contanto
que você tenha determinado seus pontos de "repouso" e "movimento"
requeridos pela firmação. " (1967 [1925], Science and the
Modern World, The Free Press: New York, pp. 183-184).


2. Falso. Era amplamente aceito nas idades médias que a terra era esférica.
A idéia que o homem medieval acreditava que a terra era plana foi inventada
no séc. XIX: http://www.ku.edu/~medieval/melcher/19991101.med/msg00361.html


Ver também: Eco, U. (1998) Serendipities: Language and Lunacy, Harcourt
Brace & Company: San Diego, pp. 4-7.


3. b


4. Falso. A Igreja adotou esta idéia de Aristóteles, que a baseou
em sua visão do mundo natural como um organismo. Collingwood diz que
a noção de que a importância da revolução
de Copérnico consistiu em diminuir a importância do homem no universo
"é uma idéia filosófica tola e historicamente falsa."
Indica que o que era talvez "o livro o mais extensamente lido na idade
média," De Consolatione Philosophiae de Boethius, contém
uma passagem longa "no canto minúsculo" do universo ocupado
pelo homem, cujo lugar "dificilmente merece o nome de infinitesimal "
(1960 [1945], The Idea of Nature, Oxford University Press: London, pp. 96-97).


5. Falso. Kepler era um Neoplatonista, e favoreceu o modelo heliocêntrico
porque sua opinião religiosa fez parecer apropriado que uma luz branca
divina estivesse no centro do mundo.


6. Nenhuns deles eram ateus.


7. b


8. Falso. Whitehead indica que os filósofos escolásticos não
ficavam satisfeitos a menos que pudessem oferecer provas rigorosas para os outros
elementos da existência de Deus e outros elementos da doutrina da Igreja.
Por contraste, quando Hume mostrou que a teoria da indução era
ilógica com base na de seu tempo, foi largamente ignorado e a fé
geral na indução permaneceu inabalada. "Os membros do clero
eram em princípio racionalistas, enquanto os homens de ciência
eram satisfeitos com uma simples fé na ordem da natureza" (ibid.,
p. 51).


Como você foi? Um graduado em ciências por uma universidade americana
errou 7 das 8.


O fato de que muitas pessoas "sabem" falsidades sobre a história
da ciência e religião não é, obviamente, prova da
veracidade de nenhuma religião em particular, nem uma defesa da religião
em geral. A questão é mais estreita: Mesmo os que não acreditam
não podem beneficiar-se de ter suas cabeças enchidas com uma "história"
inventada para dar suporte a uma ideologia em particular. Para saber quem nós
realmente somos, precisamos de uma visão não distorcida do que
nós fizemos. Como Whitehead diz: "Todas as nossas idéias
estarão numa perspectiva incorreta se nós pensarmos que…
nessas controvérsias a religião estava sempre errada, e que a
ciência estava sempre certa. Os fatos verdadeiros do caso são muito
mais complexos, e se recusam ser resumidos nestes termos simples" (ibid.,
pp. 182 -183).

segunda-feira, 28 de junho de 2004

Entrevista

Compilei minha entrevista com a Rádio Justiça sobre o Direito
do Autor em um arquivo de MP3. Não tenho como hospedá-lo, mas
posso mandar o arquivo por MSN e ICQ para os interessados.

sexta-feira, 25 de junho de 2004

Fronteiras do conhecimento

O tempo é uma dimensão restrita ao nosso universo, inexistindo
antes dele. Nem sequer existe um antes em termos que possamos compreender.


Não há como tentar explicar isso sem recorrer à teologia.

Sistema

O sistema é ser "contra o sistema". O establishment é
o anti-establishment. Adolescentes são imitadores, querem pertencer a
grupos, serem aceitos com base no mimetismo. O que passa por contestação
é meramente a aceitação sem questionamento do senso crítico
que é aceito por todos.


A regra é ser "alternativo". As pessoas são devidamente
iguais, uniformemente "alternativas".


Os "alternativos" são intolerantes quanto a alternativas.

quinta-feira, 24 de junho de 2004

A história da menininha

Era uma vez uma daquelas historinhas que se espalham pela Internet, ganhando
múltiplas versões. É uma historinha bobinha como uma criança,
e por isso mesmo é boa. O que me fez lembrar
dela foi algo muito bem escrito.


A Menininha

(era para ser A Caixinha, mas eu gosto mais assim)


Os tempos não estavam fáceis. O pai viu a filha embalando uma
caixa vazia com papel de presente caro e colocando embaixo da árvore
de Natal.


No dia seguinte, a menininha deu o presente para o pai. O pai abriu a caixa
e brigou:


"Essa caixa esta vazia? Porque você gastou o papel de presente nela?"


"Eu enchi a caixa com beijinhos. São para você, papai."


Nesse momento o pai cai em prantos e abraça a filha, dando muitos beijos.


Depois, sempre que passa por uma dificuldade, o pai pensa nesse momento.


***


Pronto, chorei, tá. Quando eu li a historia me deu vontade de chorar.
Escrevendo, não agüentei. Meu Deus. Chorei mesmo.

Vitória Orkutiana

O Brasil invadiu
o Orkut com um exército
de "Seus
Creysson
" anti-americanos. Já se comemora nas comunidades brasileiras
que o Brasil tenha ultrapassado os Estados Unidos como maior contingente demográfico
no site.

Resposta liberal

Uma das enfadonhas críticas ao liberalismo é a suposta ênfase
excessiva no mercado.


Certamente os liberais são a favor do mercado. Mas o mercado é
um meio, não o fim. Apenas uns poucos anarco-capitalistas têm com
o mercado a mesma relação que os socialistas tem com o Estado:
acham que vai resolver todos os problemas.


Para a maioria, trata-se apenas da maneira mais eficiente de se distribuir
os recursos da sociedade, e escapar da tendência estatal de concentrar
a renda em si mesmo e seus apadrinhados.


Outro lugar comum encontrado em livros jurídicos é de que o Estado
regulador existe para corrigir os excessos do liberalismo. A experiência
contrasta com esse conceito, uma vez que quanto mais livre a economia, melhores
são as condições do trabalho, mesmo em sistemas meio socialistas
como Canadá.

quarta-feira, 23 de junho de 2004

Duelo

Finalmente se encontram. Como era inevitável. Como era seu destino.
O comando de rendição é pronunciado.


- Nunca. Nunca vou me render.


- Qual o propósito de continuar lutando? Estás perdido. Sua causa,
derrotada, sua cidade, em chamas, suas forças, em ruínas. Entregue-se,
vamos.


- Caso tenha que sofrer a derrota, que seja de frente.


- Não me venha com seu orgulho tacanho. Sabe quantos homens se jogaram
às trevas por líderes corruptos e idéias fraudulentas?
Acha que alguém canta seus nomes à noite?


- Se a causa é verdadeira...


- Ah, por favor. Não me fale de verdade. Poupe-me. Todos eles falam.
Sinceramente, honestamente, se considera melhor que os tolos e fanáticos
que supõe confrontar?


- Não me jogue no mesmo buraco sujo em que rastejam aqueles que serve
e julga combater. A torpeza apenas realça a altivez. Vitórias
temporais são pobres indicadores de razão.


- Estamos perdendo tempo com essa retórica inútil.


- Qual a diferença de minha rendição? A vitória
não seria a mesma?


- No fim, no silencio da noite, posso dizer o intento. Não basta destruir
o inimigo, mas quebrar seu espírito.


- Jamais vencerá nesse caso.


- Acha mesmo que podes me derrotar?


- Não tenho o direito de abandonar a esperança. Resolvamos isso
à velha maneira.


Desembainham as espadas. O Duelo começa.

segunda-feira, 21 de junho de 2004

Spaceshipone rocks!

A nave é linda e tem um design bem diferente. Pela primeira vez o homem
alcançou
a órbita
da Terra apenas com base na livre iniciativa, sem a ajuda do governo. E por uma
fração do preço.

A nave foi construída por Burt Rutan e financiada por Paul Allen, um
dos fundadores da Microsoft. A lançadora White Knight levou a nave spaceshipone
até uma altura de 13.8km. De lá, a nave Spaceshipone separou-se
e voou com seu foguete até 100km de altura em velocidade hipersônica.
Não é para qualquer um.


O piloto, de 62 anos, foi o primeiro homem a voar um veículo para fora
da atmosfera terrestre sem apoio do governo.


"Acho que vou pegar leve agora de dirigir minha bicicleta".


Olhem só as fotos de uma das naves mais maneiras de todos os tempos.








Wunderblogs, o livro



sexta-feira, 18 de junho de 2004

Blog Celebrity Profile II


Miss Veen




















































Classe: Wunderqueen
Arma
preferida:
Mood
swings
Orientação
Ideológica
Libertarianismo
temperado com Olavo de Carvalho
Ponto
fraco:
Gatos
Arque-Inimigos: Tradutores
analfabetos

Paspalhos que comentam blogs
Imune
à:

Ataques
enfurecidos

Politicamente Corretos


Detesta:

Marxistas
chatinhos

Republicanos que compram a action figure da Ann Coulter


Gosta: "Literatura.
Filosofia. Tradução. Mr. De Polli. Otto. Lolô. Gatão.
Nina. Não nessa ordem, não todos os dias, porque cansa e
eu fico facilmente entediada. nada que algum dos itens acima não
resolva, acompanhado de vinho."
Cultura: "Eu
não vi o tal Cidade de Deus. Deve ser esquecível e o típico
filme pra classe média sentir-se redimida (através de um
mea culpa básico) do "mal" que causa à sociedade
por ter mais dinheiro que os favelados não-traficantes, no melhor
estilo Sebastião Salgado."
Modernidade: "Volto
a tocar neste assunto tão mulherzinha [moço de camisa azul
da platéia reprime um bocejo] mas que, alas, julgo interessante
(o blog é meu, vão pastar em outras campos), porque acredito
que muitos homens, os quais se dizem tradicionalistas e detestam mulheres
que falam grosso ou não depilam as pernas [bocejo quase audível
do rapaz com excesso de gel no cabelo e camiseta-de-michê], são,
na verdade, tradicionalistas apenas da boca para fora. São ratinhos
acuados quando o assunto é fidelidade conjugal, são uns
covardes quando preferem se apegar somente às idéias tradicionais
sem jamais terem andado pelo caminho dos próprios Homens Honestos
Tradicionais Que Veneram Mulheres por Compreendê-las ou Perceber
o Encanto do Mundo Feminino sem Serem Gays ou Wimpy Feminists (aliás,
minha teoria é de que os gays não entendem mulheres, ao
contrário do que se imagina; se entendessem, jamais prefeririam
fotos do River Phoenix em roupas de couro a ver Rita Hayworth tirando
as luvas). "
Feminismo: "Não
gosto das típicas feministas lésbicas de seios caídos,
as quais acham que toda relação sexual entre um homem e
uma mulher é um estupro"
Beleza: "E,
sim, eu sou gatinha - nem te conto como fico de espartilho e cat-o'-nine-tails
na mão, é de fazer a Betty Page ficar com inveja."


Foto Comprometedora:





Miss Veen na night, embrigada pelo

belo excesso de bebida e livros de David Foster Wallace

Blog Celebrity Profile I


Alexandre Soares Silva




















































Classe: Cavaleiro
e Aristocrata
Arma
preferida:
Bengala
Posição
Política:
Neocon
Maluco
Pontos
fracos:
Sangra
pelos ouvidos ao ouvir diálogos das novelas das 8

Desmaia ao ouvir o mantra místico "Araguaia"
Arque-Inimigos: Chatos
em festas

Estudantes de filosofia
Imune
à:
Comentários
sarcásticos

Semiótica
Detesta: Vulgaridade

Ateus
Passatempo: Humilhar
e oprimir o povo brasileiro

Ofender os politicamente corretos
Autodefinição: "Sou
o Verdadeiro Porfírio Rubirosa do Sono"
Modernidade: "Good
Heavens! Agora até bater nos criados é gay!..."
Arrogância: "Mas
eu sou tremendamente humilde. É até bonito de ver. Não
entendo."
Intelectual: "Continuo
dizendo que não sou, mas se eles estão tão empenhados
em dizer que eu sou, e em duvidar da minha palavra a respeito, ok, então
eu sou um intelectual (se bem que me parece estranho que eles achem que
alguém é intelectual só porque ouve Schubert.)"


 


Foto Comprometedora:



Mesmo em sua juventude entregue à libertinagem hippie,

Alexandre não dispensava o uso de uma cartola

quinta-feira, 17 de junho de 2004

Libertarian Ethics

Defendi razoavelmente posições libertárias, que não
são obviamente imunes à crítica.


Um dos mais conhecidos representantes do movimento libertário nos EUA,
Lew Rockwell, recentemente
elogiou
e recomendou o último filme do Micheal Moore. Rothbard,
outro ícone, elogiou Che Guevara. E, por fim, Mises,
um dos principais teóricos da Escola Austríaca de Economia, fazia
uso de um discurso que se aproxima do relativismo moral.


Recentemente, participei de uma discussão com alguns estudiosos sobre
o tema. Internet realmente é um recurso e tanto. Um libertário
elaborou uma ótima série de comentários quanto ao tema
discutido no livro "Human Action", os quais transcrevo a seguir:


"So, without any further ado: references to Human Action that evince
Mises's ethical subjectivism (or "relativism" or "nihilism",
depending on what vocabulary you want to use; I prefer "subjectivism"
because Mises believes that all values are relative to the constitution of a
valuing subject in its given context or circumstances).


These are from the Scholar's Edition (Auburn, AL: Ludwig von Mises Institute,
1998).


pp. 1-3: Mises contrasts the moral way of considering problems of peace
and prosperity, with the economic way. Note that he considers the "moral
way" in two paragraphs (the second and third paragraphs of the introduction).
The first paragraph encompasses not only the natural law conception, but also
special revelation and dialecticalism. Note also that the "economic way"
that he gives on p. 2 is most definitely not a statement of the principles of
English moral utilitarianism.


pp. 94-96, p. 104: Ultimate ends cannot be compared. Although Mises ostensibly
restricts the scope of his remarks to economic theory rather than philosophy
generally, I believe the tone and thrust of this passage is clear.


pp. 145-153: This passage is Mises's outline of a general idea he also developed
in Liberalism, viz. that a classical liberal democracy is useful to anyone who
has desires that depend on material prosperity and peace. I think it's this
way of considering social institutions in terms of their usefulness (utility)
that motivated Mises to call himself a "utilitarian". Note that English
moral utilitarianism would still suffer the same criticism as natural law: By
what mark do we recognize "the greatest happiness for the greatest number"
as a moral standard? (pp. 153-155 is also interesting in this connection.)



pp. 164-165: Another statement of Mises's "utilitarianism" -- the
classical liberal democracy satisfies the widest, most polyvalent coincidence
of wants ever to arise. It is "the great means for the attainment of all
(man's) ends." Later, on pp. 179-180, Mises suggests that, for the above
reason, liberalism could come to be the great point of minimal agreement for
any number of moral perspectives.


pp. 279-280: Even freedom is a means, not an end, for Mises.


pp. 285-286: Mises describes inequality of wealth, not as something that
anyone is entitled to by virtue of any rights that society presuppose (as Rothbard
was more inclined to justify it), but rather as the most efficient device of
social incentive and responsibility that can be implemented.


pp. 715-719: In this passage, Mises decries the method of trying to find
the "legitimate" scope of government with reference to "natural
laws". This is the only passage in Human Action where he focuses specifically
on the natural law method, rather than speaking about moral discourse in general.


pp. 719-725: This passage is one of the more interesting and philosophically
challenging of the whole book. Here, Mises suggests that even freely-given charity
may cause the same kinds of harm as state intervention. A free action is not
necessarily good just because it's free; Mises's "utilitarian" praxeological
perspective allows an assessment of any institution aiming at social justice.
In this passage, I think it becomes clearer that Mises's criticisms of conventional
moral modes of discourse are not based solely on their role in economic theory
or even in political philosophy, but that they operate at the very level of
individual reciprocity.



Hope all of this is interesting and illuminating.
" (Jeremy Same,
discussão na comunidade "Austrian Economics")


quarta-feira, 16 de junho de 2004

Libertarian Comics




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