sábado, 21 de junho de 2003

Exclusivo: Revelações sobre Star Wars


Está rodando na net uma foto secreta que possivelmente pode indicar
a identidade secreta do Darth Sidious, o elusivo vilão dos filmes Star
Wars
. Pode ser apenas mais um truque do George Lucas para despistar os fãs,
mas nunca se sabe. Será essa a verdadeira identidade do personagem de
"Guerra nas Estrelas"? Decida você mesmo..


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Animatrix


Comprei o DVD do Animatrix,
que realmente é muito legal. Para quem gosta de Matrix e anime, então,
nem se fala. São nove filmes de uns 10 minutos, que juntam tem o tempo
corrido de um filme normal. Os extras também são muito interessantes

Colômbia usa soldados para lutar


Em mais uma chocante medida o presidente Colombiano Alvaro Uribe decidiu usar
soldados
contra rebeldes.
Numa incrível análise da questão, "ativistas"
criticam o governo afirmando que "transformados em militares, os camponeses
poderiam cometer abusos ou mesmo se tornar alvo de ataques rebeldes".
Surpreendentemente,
soldados em combate podem vir a ser atacados!

Direita


O que é direita?
Ora, é o oposto da esquerda. (*)


(*) Linkar o site "Direita" não quer dizer que eu seja,
nem que eu não seja de "Direita".

Olavo Strikes Back


Você pode detesta-lo sem nunca ter lido uma linha do que escreveu. Mas
o articulista Olavo de Carvalho
escreveu dois ótimos artigos (*) essa semana, que recomendo a leitura.
Na pior das hipóteses, os textos estimulam o pensamento, e você
sairá ainda mais convicto! (**)


O
pai dos burros


"Quando explode uma gritaria geral contra a penetração
americana na Amazônia, nenhum jornal ou revista conta ao público
que as ONGs lá presentes são quase todas européias, associadas
ao bloco anti-americano."


"Conclusão: no consenso do jornalismo brasileiro, falsidade
não é defeito, desde que dirigida contra as pessoas certas. Contra
milico, empresário ou político de direita, tudo é permitido."


O
mundo cão da mídia brasileira



"Sobra, portanto, para definir o socialismo, só a coletivização
dos meios de produção. Já que o Houaiss não diz
o que ela é, digo-o eu: é suprimir a existência do poder
econômico independente, concentrando todas as riquezas e o seu controle
nas mãos dos que têm o poder político. Tal é, rigorosamente,
a definição do socialismo: a unificação de poder
econômico e político."


(*) Linkar o site do Olavo não quer dizer que eu seja um "seguidor"
(sic) do mesmo.


(**) Estatisticamente, como quase todo mundo no Brasil é de esquerda,
eu pressuponho que seja o caso do leitor

segunda-feira, 16 de junho de 2003

Coisas do Brasil II


A mega-favela
que a seita marxista MST que pretende fazer (matéria de Capa da Veja)
não lembra um pouco a cidade das maquinas “zero-one” do Animatrix?


E o NYT ainda diz que o Lula tem sombra.


quarta-feira, 11 de junho de 2003

Coisas do Brasil


O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. Também
uma das maiores taxas de juros. O governo é o principal responsável
por ambas. O que faz para solucionar o problema? Gasta mais ainda, quer arrecadar
mais ainda, e ainda reclama que os juros estão altos. É exatamente
oposto do que o país precisa, mas ninguém fala no assunto de verdade.
O presidente Lula consegue a façanha de reclamar de si mesmo. É,
ao mesmo tempo, a autoridade máxima, e o representante da luta contra
o poder. Consegue ocupar com desenvoltura o posto de situação
e oposição. Faz oposição ao próprio governo.

terça-feira, 10 de junho de 2003

Os Afro-negros do Brasil



Recentemente vi alguém chamar Machado de Assis de “afro-descendente”.
Ora, o referido autor era, sabidamente, mulato. Em outras palavras, “mestiço”,
“moreno”, ou, como o IBGE gosta de chamar, “pardo”. Todas
essas definições são corretas, mas não são
“politicamente corretas”. Agora querem chamá-lo de “afro-descendente”,
a definição que seria politicamente correta, mas de fato incompleta.
Conforme de costume, a verdade é politicamente incorreta.


Machado era tão euro-descendente quanto afro-descendente. Não
era nem só uma coisa, nem outra, sendo portanto igualmente incompleto
define-lo simplesmente como um ou outro. Esse tipo de definição
“afro-descendente” vem do conceito racista de que “uma gota de
sangue negro torna a pessoa inteiramente negra”. Por isso que nos EUA a
Hale Berry é "negra".


É o caso do americano de etnia claramente branca que descobre que tinha
um bisavô negro e fala: “Oh! Eu sou negro!”. Usando esse critério,
quase qualquer um no Brasil pode se dizer “afro-descendente” como
vem ocorrendo sob o critério de “auto-declaração”.
Provar que alguém no Brasil não tem um ancestral negro não
é nada fácil, até o FHC já fez declarações
nesse sentido.


Não se trata de dizer que “o racismo não existe no Brasil”,
mas apenas que é diferente aqui. Duas coisas podem existir ao mesmo tempo
e serem diferentes. Observar que são diferentes não é o
mesmo que negar a existência de uma delas. Nos EUA praticamente não
existia miscigenação racial e o mero conceito de uma pessoa possuir
mais de uma etnia sequer era avaliado demograficamente até o passado
recente.


De qualquer modo, os cientistas não dizem que toda a espécie
humana veio da áfrica? Não seriamos todos, desse modo, “afro-descendentes”?
E até que pontos devem ser misturados localização geográfica
e cor de pele? Tem muitos brancos na Noruega, e muitos negros no Senegal, mas
existem europeus negros e africanos brancos. Seriam os primeiros “afro-europeus”
e os segundos “euro-africanos”?


Fica difícil saber o que o Machado acharia disso tudo. Mas algo me diz
que ele não seria o fã número um do “politicamente
correto”.

quinta-feira, 5 de junho de 2003

Perguntas


Sexo emburrece?


Ser chato é pecado?

Falando sobre astrologia. Ou como perder amigos.


Quando se toca num tema como astrologia e se dá uma opina, é
resultado quase certo que se vá irritar tanto amigos quanto desconhecidos.
Uma posição favorável vai lhe deixar com um ar de tolo
para os que não acreditam. Uma posição crítica vai
enfurecer aqueles simpáticos ao tema, que vão lhe achar arrogante.
O melhor é não falar nada, ou tomar muito cuidado com as palavras.


Sai recentemente uma edição da Galileu sobre o tema. Alguns se
posicionam a favor, outros contra. Os que falam contra quase sempre começam
falando da "importância histórica" da astrologia, falando
com respeito, de modo a logo de cara minimizar o impacto negativo de sua opinião.
Fazem bem.


No final existem duas opiniões mais longas, uma contra, outra a favor.
A contra foi muito bem escrita, tendo delimitado bem o tema. A matéria
a favor foi escrita por Olavo de Carvalho, tendo sido mais útil para
a entender a posição do mesmo sobre a questão da astrologia,
do que sobre a astrologia propriamente dita. Embora tenha sido bem escrita,
não creio que procedam seus argumentos. Tentou-se de vários modos
a criar uma profundidade que, realmente, não existe. Podemos dizer que
foi no estilo "nem sim, nem não, muito antes pelo contrário".
Então não é cientificamente impossível que astrologia
funciona, ou que não existem provas científicas irrefutáveis
contra esse fato. Mas o mesmo pode ser dito em relação ao coelhinho
da páscoa.


Que o Olavo goste de astrologia, que ache que é algo que possa ajudar
no auto-conhecimento, que aprecia todo o valor historio ou o lado "mitopoético"
da coisa, tudo bem. Mas daí a querer deixar em aberto o valor da coisa
como ciência é um passo muito grande. É interessantíssimo
estudar mitologia grega pelo valor que tem em si só, mas daí a
argumentar a veracidade científica dos deuses gregos vivendo no Olimpio
é um passo muito grande.


A grande questão é, ao contrário do que entende o filósofo,
simples. Ainda que, ad argumentandum tantum, seja teoricamente possível
que os astros exerçam alguma influencia no comportamento humano, nada
mudaria em relação à astrologia. Em primeiro lugar, não
há nada que justifique o que isso tenha a ver com o dia, data e hora
do nascimento das pessoas. Não há relação concebível
entre os dois elementos. Se alguma influencia existe, ou esta se dá de
maneira uniforme para todos, ou os fatores que irão causar a diferenciação
quase certamente nada teriam a ver com data do nascimento. Muito provavelmente,
seriam fatores ambientais, genéticos, psicológicos, geográficos.
Mas a realidade factual é que, conforme o argumento "contra"
da revista afirma, a única força dos astros que causa alguma influencia
na terra é a gravidade.


É um pulo absurdamente grande. Então, "se" a lua influencia
a marés, "então" astrologia funciona? Ou "pode"
funcionar? O caminho não é bem por aí. Para existir como
ciência, ela teria que percorrer o mesmo do rigor do método científico.
Até agora, falhou nesse sentido. Para existir como uma forma de "religião",
algo no qual as pessoas acreditam por fé e não por pesquisa racional,
não depende de ciência. Não estou dizendo que ninguém
não pode acreditar em astrologia. Claro que pode. Apenas não venha
dizer que é algo cientificamente comprovável.

Persuasão e Percepção


Na hora de se argumentar, vale muito mais a percepção do que
a realidade. A pessoa deve perceber o seu argumento como bom, independentemente
de sê-lo ou não. É secundário, quase irrelevante,
a força real de seu argumento. O que realmente vale é o quão
bem você o apresenta. A menos, é claro, que se trate de alguém
com capacidade de pensamento objetivo, racional e lógico e senso crítico,
que foram uma minoria estatisticamente desprezível.

quarta-feira, 4 de junho de 2003

Percepção e Realidade


A trilogia de Matrix trata, entre outras coisas, da diferença entre
percepção e realidade. O mundo não é exatamente
como nos percebemos, e existe uma diferença entre o que percebemos e
a realidade. Trata-se de um conceito simples, mas com diversos desdobramentos
complexos.


Um dos personagens no Matrix original trai seus companheiros porque prefere
a fantasia do Matrix à realidade. No jogo futuro "Matrix Online",
os humanos dentro do Matrix se dividirão entre os que lutam a favor da
liberdade humana e os que lutam para manter seu mundo de ilusão. Não
é nada de surpreendente. Se os humanos já se apeguem a ilusões
tão falsas e difíceis de se manter, o que dizer de ilusões
tão elaboradas.


De uma maneira similar, um argumento que num plano abstrato é bastante
ofensivo pode ser muito bem recebido, e até aceito e repetido, caso seja
bem embalado. Conforme a propaganda dizia, "Com maionese dá".
Um argumento a favor a esta mesma pessoa, que não seja tão educado
ou tão bem embalado, entretanto, pode ser imediatamente rechaçado.
É uma posição irracional, mas tipicamente humana. Saber
manipular esses fatos é essencial na hora da argumentação.