terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

O Intelectual Clássico

O intelectual clássico é o homem de letras, e não de diplomas. Os segundos vêm depois dos primeiros.



Certa insatisfação com o mundo moderno é essencial, mas nunca deve contaminar o senso de grandeza dos avanços tecnológicos.



O intelectual moderno acha que os avanços tecnológicos significam avanços culturais. Para um intelectual clássico, o avanço tecnológico é indissociado do avanço cultural. Para o intelectual moderno, são ligados. Por esta razão, para um o intelectual moderno um blogueiro semi-analfabeto vale mais do que Aristóteles que, céus, nem computador tinha.



O intelectual moderno acredita no progresso. Quando chegam a um precipício, o intelectual clássico para, olha, nota que está prestes a cair, e dá um passo atrás. O intelectual moderno, cioso do progressismo, dá um passo à frente.



O intelectual moderno lê Marx, Hegel, e Sartre. O intelectual clássico compreende Marx, Hegel e Sartre.



O intelectual clássico lê Belloc, Chesterton e Mises. O intelectual moderno nem sabe quem foram Belloc, Chesterton ou Mises.



O intelectual moderno acha que Oscar Wilde foi um mártir da causa gay. O intelectual clássico considera Oscar Wilde um excelente autor.



O intelectual moderno acha que a ciência está em guerra com a religião. O intelectual clássico sabe que o intelectual moderno está em guerra com as duas.






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