sexta-feira, 22 de julho de 2005

As aventuras de Random Thompson, detetive particular

Meia noite. Beco do Oeste. Um buraco sujo cheio de maltrapilhos que vagam pela vida sem sentido. O cheiro de comida barata emana das chaminés das cozinhas de grotões pustulentos. Meu tipo de lugar. Aqui fica o meu esconderijo, meu reduto, meu escritório.



_ "Senhor Thompson, meu nome é Marcus Valderdayl. Preciso de seus serviços."



Valderley. Laia lastimável de ricaços metidos do lado leste, com suas roupas empetecadas e carrros cromados com detalhes em lima-limão. Valderley. Lembrarei desse nome.



_ "Pois não, Sr. Valderley. Diga-me o que precisa. Sou-lhe todo ouvidos"



_ "É Valderdayl... Dei-o, entendeu?", diz-me Valderley, fazendo biquinho.



_ "Não me interesso por sua vida sexual, mas, como queira, Valderdayl. Diga-me o que o traz ao nosso canto sujo da cidade."



_ "Pois bem, Sr. Thompson. É isto que me traz aqui é uma questão de família."



_ "Seus parentes?"



_ "Não desse tipo de família", diz Valderdayl, tirando uma meleca, "mas de outra, falo de outro tipo de serpente, falo da mafia."



Tudo que eu precisava. Ricos melequentos e mafiosos cruentos.

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