sexta-feira, 17 de dezembro de 2004

Educação

Se fala demais sobre a importância da educação no Brasil. Tem propaganda do governo na TV. Até a ONU participa. A verdade é que nunca se ensinou tanto no Brasil, e nunca os jovens foram tão mal educados.



Jovens de classe média, bem vestidos, sentam no fundo do ônibus. Gritam indecências para mulheres na rua. Tratam as meninas do grupo como bicho, mandam calar a boca. Elas toleram. Esse tipo de comportamento vem de quem, provavelmente, deve passar de ano no currículo estatal estabelecido pelo governo. Inútil.



Antes, mesmos os semi-analfabetos eram pelo menos bem educados. Por favor. Obrigado. Com licença. Expressões que vão sumindo do vernáculo. De nada adianta saber o binômio de Newton ou o teorema de Pitágoras mas tratar mulheres como lixo, e gritar pela rua como vândalos. Os físicos e matemáticos clássicos provavelmente não apreciariam esse comportamento vexatório ou veriam propósito em ensinar conceitos complexos a quem não tem noção do mais básico.



Estamos apenas adestrando bárbaros a reproduzir cacoetes sem compreender ou refletir sobre seu significado. Não é nem conhecimento, nem sabedoria, não é nada. O Estudo que coloca o Brasil lá embaixo em termos de educação é só mera conseqüência disso. Não adianta tentar ensinar matemática ou física melhor, enquanto não se der boa educação. Torrar quase todo investimento público no setor na educação superior onde se concentram as castas ideológicas dos burocratas pouco ajuda. O investimento estatal é péssimo, e inverte as prioridades. Pouco ajuda também que muitos professores estejam mais preocupados em doutrinamento ideológico do que ensinar qualquer coisa.

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