quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

The Dog ate my Free Will

Alguém já parou para pensar a quantidade de esforço filosófico desprendido numa tentativa de se negar o livre arbítrio?


Determinismo (biológico, genético, social, econômico, socioeconômico, histórico, evolutivo, materialista, psico-genetico-evolutivo com cebolas), niilismo, pessimismo, dadaísmo, e por ai vai. Coisa de quem acredita no demônio de Laplace.


Primeira Causa? Deísmo.


Senso de responsabilidade, razão, livre arbítrio, cognição, reflexão, diferença ontológica, culpa, solidariedade? Uma grande piada de Deus ou da natureza, caso consiga distinguir alguma diferença.


Curiosamente, para quem sabe que o livre arbítrio existe, tanto pelo conhecimento religioso quanto pelo empírico, isso tudo é quase sem sentido.


É como uma criança que quebra um vaso. A culpa não é dela. Nunca. Foram outras causas.


“Calma, não é nada disto que você esta pensando!”. E não é mesmo. Determinismo, baby. Não é culpa minha.


Agora, quando arranham o carro do determinista, ele fica chateado. Porque? Foi uma seqüência inevitável de causas naturalísticas. Nada que role nenhum sentimento.


Nada pessoal. Nada é pessoal. Nada é pessoa.


No direito, loucura é uma forma de negação do livre arbítrio. Na filosofia, ao que parece, é o contrário.

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